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10 de março de 2017

ALUNOS DE PELO MENOS 1,4 MIL ESCOLAS PÚBLICAS DO DF ESTÃO SEM LIVROS DIDÁTICOS



Após 30 dias do início do ano letivo, pelo menos 1.450 instituições de ensino do Distrito Federal (DF) não têm livros suficientes para todos os alunos matriculados.

Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo Programa Nacional do Livro Didático, essas escolas optaram por livros da Editora IBEP, que não cumpriu os prazos de postagem.  Além disso, segundo o FNDE, a projeção do material didático necessário para todo o ano letivo é feito com base no censo escolar, e o número de matrículas efetivadas superou a projeção para este ano.

Cláudia*, estudante do 9º ano da Escola Classe 8, em Taguatinga, região a 30 quilômetros do centro de Brasília, confirma que parte dos alunos está sem livros. “Quem pegou livros depois do carnaval, só recebeu três, e não tem os outros.” Na escola de Cláudia, faltam livros para quatro matérias: história, geografia, inglês e artes.

No Centro de Ensino Fundamental 11, também em Taguatinga, a situação é ainda pior: nenhum dos livros foi entregue e as crianças do 6º ano estão sem material didático. “A tia [professora] estava escrevendo no quadro, e a gente estava copiando no caderno porque não tem livro”, conta Beatriz*, de 11 anos.

A Secretaria de Educação do DF admite a falta de livros e diz, em nota, que trabalha para garantir que as séries afetadas recebam o material o quanto antes. A secretaria também responsabiliza o FNDE, que tem a função de distribuir os livros por meio do Programa Nacional do Livro Didático. A secretaria diz que o conteúdo não sofre prejuízo.

Para João*, entretanto, pai de Cláudia e Beatriz, falta clareza nas informações, já que a secretaria não faz previsões sobre quando o problema será resolvido.

Estou com duas meninas matriculadas na rede pública de ensino. Elas não receberam os livros até agora. Já vai fazer um mês de aula, o conteúdo todo está atrapalhado, e as professoras não têm mais o que nos dizer para explicar o atraso na entrega. Os alunos têm que sentar juntos porque não tem livro. A professora disponibiliza pouco material didático porque senão fica muito caro ficar tirando xerox e levando para a escola.”

Sexta-feira, 10 de Março de 2017 ás 09hs45

9 de março de 2017

CRESCE NÚMERO DE MULHERES QUE APLICAM EM TÍTULOS PÚBLICOS NO PAÍS




O aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho na última década também estimulou a participação delas em um dos investimentos mais populares do Brasil. Levantamento feito pelo Tesouro Direto mostra que, de 2006 a 2016, a proporção de mulheres que aplicam em títulos públicos aumentou de 16% para 26,3%.

No fim do ano passado, o Tesouro contabilizava 271,5 mil mulheres cadastradas, contra 854,7 mil homens. A presença feminina era ainda menor em 2002, de 7,6%, quando começou o programa do Tesouro Direto.

O levantamento mostra ainda que metade das investidoras tem entre 26 e 45 anos e é composta por mulheres solteiras. A maioria das aplicações é concentrada em valores que vão de R$ 10 mil a R$ 50 mil. As ocupações mais comuns são administradora (8,1%), bancária (7,3%), estudante (4,1%), médica (3,9%) e advogada (3,8%).

Para Juliana Inhasz, professora de economia do Insper, as características da aplicação estão alinhadas com o perfil comportamental da mulher nos investimentos. “Estudos mostram que a mulher é mais conservadora e busca investimentos mais seguros e de longo prazo, pois a ideia é ter uma renda maior no futuro, independente do objetivo”, afirma.

O valor das aplicações feitas pelos homens soma R$ 32,4 bilhões, mais de três vezes maior do que é investido pelas mulheres (R$ 9,1 bilhões). Para Juliana, o fato é explicado pela renda média também ser menor para as mulheres. O crescimento do estoque de aplicações, porém, foi maior entre as mulheres: alta de 83% no ano passado, contra 72% entre os homens.

Mesmo com mais mulheres aplicando nessa modalidade, Juliana não vê mudanças significativas na distância entre homens e mulheres no Tesouro nos próximos anos. “Apesar da maior inserção no mercado de trabalho, muitas mulheres ainda fazem pausas para a maternidade, o que deve manter esse quadro estável na próxima década”, diz.

Entretanto, ela considera que os avanços são consideráveis. “Com a democratização da informação, investidores que nunca se imaginavam comprando um título público hoje podem fazer isso. Por outro lado, com a internet e as redes sociais, não existe um filtro do que é relevante ou não. Há canais que, muitas vezes, não passam informações verídicas”, alerta Juliana. (AE)

Quinta-feira, 9 de Março de 2017 ás 10hs20