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Amigos SP

28 de outubro de 2021

PETROBRAS FECHA COM LUCRO DE R$ 31,14 BILHÕES NO 3º TRIMESTRE

 


Com a cotação do petróleo disparando no mercado internacional e os combustíveis cada vez mais caros no Brasil, a Petrobras registrou lucro de R$ 31,14 bilhões no terceiro trimestre deste ano. Assim, reverteu o prejuízo de igual período do ano passado. A retomada do consumo da gasolina e do óleo diesel, à medida que a vacinação avança no País, também ajudaram a petrolífera a engordar o caixa. Além disso, a estatal contou com um dinheiro extra que entrou com acordo firmado com sócios chineses no pré-sal e alguns benefícios tributários.

 

O resultado surpreendeu o mercado financeiro, que esperava lucro de R$ 21,4 bilhões, segundo projeção de cinco instituições ouvidas pelo Prévias Broadcast - BTG Pactual, Credit Suisse, Goldman Sachs, Senso Investimentos e Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). No terceiro trimestre do ano passado, a empresa teve prejuízo de R$ 1,5 bilhão. O lucro contraria as intenções do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que, na quinta-feira (28/10), em sua live semanal, disse que a Petrobras "tem que ser empresa que dê lucro não muito alto, como tem dado". A empresa tem sido alvo de ataques do presidente, por conta dos reajustes.

*Estadão

Quinta-feira, 28 de outubro 2021 às 21:01

27 de outubro de 2021

INTEGRANTES DA CPI ENTREGAM RELATÓRIO FINAL À PGR E AO STF


Um dia depois do encerramento oficial dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, integrantes do colegiado se reuniram com o procurador-geral da República, Augusto Aras. Ele recebeu uma cópia do relatório final do senador Renan Calheiros (MDB-AL), aprovado pela comissão na terça-feira (26/10).

 

Com 80 pedidos de indiciamento, entre eles o do presidente da República, Jair Bolsonaro, por nove crimes, senadores independentes e de oposição que foram maioria na CPI defendem que o PGR “cumpra seu papel” e dê seguimento aos fatos apurados pela comissão. Por ser um tribunal político, uma comissão parlamentar de inquérito não pode, por si só, punir qualquer cidadão. Apesar de poder recomendar indiciamentos, o aprofundamento das investigações e o eventual oferecimento de denúncia dependem de outras instituições. No caso do presidente, ministros de Estado, deputados e senadores, isso cabe ao procurador-geral da República, chefe do Ministério Público Federal (MPF).

 

No encontro, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), fez um breve relato dos trabalhos da comissão, lembrou o número de mortos em decorrência da pandemia de covid-19 e destacou a resistência do governo federal na compra de vacinas como um dos aspectos mais graves apurados pelo colegiado. “Foram mais de 600 mil mortos. Nós não queremos vingança. Queremos justiça. Que as pessoas que contribuíram para isso possam ser responsabilizadas pela justiça dos homens e confiamos no trabalho da Procuradoria-Geral da República e de todo o Ministério Público Federal”, disse Aziz.

 

Aras, por sua vez, destacou aos senadores as providências tomadas pelo MPF desde o início da pandemia. Entre as ações, ele lembrou a instauração do inquérito epidemiológico, cujo objetivo é analisar causas e prevenir novos episódios de problemas sanitários. O procurador-geral também ressaltou a atuação feita em momentos mais críticos da pandemia, seja para assegurar o fornecimento de oxigênio, de kits para intubação de pacientes e a busca por responsabilização no caso de desvios de recursos destinados ao enfrentamento do novo coronavírus.

 

Augusto Aras lembrou ainda o modelo de atuação do Ministério Público, que prevê o trabalho descentralizado. Segundo ele, é por isso que casos como o da Prevent Senior e da Precisa Medicamentos, que já são objeto de apurações do Ministério Público, correm de forma independente na primeira instância, respectivamente, em São Paulo e em Brasília. Há ainda ações penais já apresentadas no STJ e em outros tribunais, todas com o acompanhamento de integrantes do Ministério Público.

 

Para dar agilidade à análise das conclusões da CPI, ficou acertado no encontro que caberá a Augusto Aras o encaminhamento da análise de quem tem prerrogativa de foro. No caso de indiciados a quem cabe análise por outras instâncias do Ministério Público, como a Procuradoria-Geral da República do Distrito Federal, do Amazonas, do Rio de Janeiro e de São Paulo, ficou acertado que a própria CPI fará essa repartição de competências. O fatiamento, segundo assinalou o próprio Aras, deve ser feito o quanto antes para não atrasar o prazo de 30 dias para que a PGR se manifeste sobre o documento.

 

Especificamente sobre o relatório, o procurador-geral reiterou que uma equipe qualificada analisará, sob sua coordenação direta, todas as informações e adotará as providências cabíveis, “sempre sustentadas no respeito à Constituição e às leis” que, destacou, é o que assegura credibilidade ao trabalho do Ministério Público.

STF

 

Da PGR, os senadores seguiram para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde também entregaram uma cópia do parecer final da CPI ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura, na Suprema Corte, a disseminação de notícias falsas. O grupo agradeceu o compartilhamento de informações de Moraes com a CPI e pediu atenção especial para a apreciação dos pedidos aprovados na última sessão do colegiado. Um deles pede a quebra do sigilo telemático do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais em razão da live na qual ele relacionou a vacina contra a covid-19 à aids.

 

Outro requerimento aprovado pede uma investigação de Moraes pela mesma manifestação realizada pelo presidente durante a transmissão ao vivo. Os parlamentares também encaminharam a Moraes os depoimentos dos empresários Otávio Fackoury e Luciano Hang, para contribuir com o inquérito das fake news.

 

Ainda nesta quarta-feira, o grupo de senadores pretende entregar o relatório ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Outra medida é votar em plenário a criação da Frente Parlamentar Observatório Covid-19, para continuar acompanhando os desdobramentos da CPI e as investigações de outras instituições. (ABr)

Quarta-feira, 27 de outubro 2021 às 15:14

26 de outubro de 2021

CPI DA COVID APROVA RELATÓRIO QUE INDICIA BOLSONARO E MAIS 79

 


Parecer do relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), foi aprovado por 7 votos contra 4, após seis meses de atividade parlamentar

Após seis meses de atividades, a CPI da Covid aprovou, na terça-feira (26/10), por 7 votos a 4, o relatório final das investigações, que pede o indiciamento de 78 pessoas físicas e de duas empresas por suspeita de irregularidades relacionadas ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. O primeiro da lista é o presidente Jair Bolsonaro, ao qual o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), imputou nove crimes que, segundo parlamentares do colegiado, podem lhe render, ao menos, 78 anos de prisão.

 

O relatório aponta Bolsonaro como um dos principais responsáveis pela maior tragédia sanitária da história do país, que já causou mais de 605 mil mortes. A CPI o acusa de prevaricação, charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo); crimes contra a humanidade (nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos).

 

O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informou que, na manhã de hoje, o relatório será entregue ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para possível abertura de ações penais ou aprofundamento das investigações. Também nesta quarta-feira, representantes da comissão entregarão o documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

 

Ainda não está definida a data em que o relatório final será apresentado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Caberá a ele, um aliado do Planalto, decidir sobre o início da tramitação de um eventual pedido de impeachment contra Bolsonaro a partir dos crimes de responsabilidade apontados pela CPI.

 

A lista de indiciados inclui também, entre outros, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, e os filhos políticos do presidente da República - o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Os três são acusados de incitação ao crime.

 

O nome do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), foi incluído na lista de indiciados horas antes do início da reunião de ontem da CPI. O relator acatou um pedido do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que apontou responsabilidades de ambos no colapso do sistema de Saúde de Manaus (AM), ocorrido em janeiro deste ano. A crise na capital amazonense foi o fato determinado que justificou a criação da CPI.

 

Já as duas pessoas empresas indiciadas no relatório são a Precisa Medicamentos e a VTCLog, acusadas de irregularidades em contratos com o Ministério da Saúde para, respectivamente, a compra de vacinas e a logística da distribuição de imunizantes.

 

A comissão também aprovou, ontem, um requerimento para enviar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a fala de Bolsonaro que associou falsamente as vacinas contra a covid-19 e a Aids. Os senadores querem que as declarações sejam incluídas no inquérito das fake news, que tem o presidente entre os investigados.

 

A CPI aprovou ainda um pedido de quebra do sigilo telemático de Bolsonaro. O objetivo é receber das redes sociais uma série de informações sobre o chefe do governo, como, por exemplo, dados cadastrais, registros de conexão e cópia de conteúdo armazenado. Além disso, o colegiado pediu o banimento de Bolsonaro de todas as redes sociais.

 

“O presidente é uma instituição, a presidência é uma instituição. A presidência não é cargo de buteco em que você fala o que quer, tomando cerveja e comendo churrasquinho. Presidente da República que se reporta ao povo brasileiro baseado em um estudo que não tem cabimento nenhum e fala uma coisa dessa quando estamos implorando para a população se vacinar?”, criticou o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).

 

A versão anterior do relatório, cuja leitura foi feita na semana passada, tinha 66 pessoas físicas e duas jurídicas indiciadas. Nos últimos dias, senadores do grupo majoritário da CPI, formado por independentes e oposicionistas, conseguiram convencer o relator a incluir 12 nomes, o que elevou o total de indiciados para 80.

 

Durante entrevista coletiva, Randolfe Rodrigues disse esperar que o procurador-geral da República, Augusto Aras, atue conforme o cargo que ocupa ao receber o relatório final da comissão. Ele falou sobre o assunto quando perguntado se havia a possibilidade de o chefe do Ministério Público não dar prosseguimento a ações penais contra Bolsonaro. Aras tem sido acusado, até mesmo entre seus pares, de proteger os interesses da família do presidente.

 

"Primeiro eu quero acreditar que o senhor Augusto Aras é procurador-geral da República, antes de ser aliado de quem quer que seja. Esperamos que ele atue como procurador-geral da República. Se não o fizer, existem outros caminhos, no código de processo criminal do nosso país, na legislação penal do nosso país, para levarmos esse relatório à frente", disse Randolfe. Ele informou que o relatório final da CPI será entregue a Aras nesta quarta-feira (27/10).

 

Segundo o senador, em caso de omissão do procurador-geral da República, a CPI poderá entrar, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), com uma ação subsidiária à pública.

*Correio brasiliense

Terça-feira, 26 de outubro 2021 às 21:46