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30 de junho de 2017

PF FAZ OPERAÇÃO CONTRA SEQUESTRO DE PARENTES DE FUNCIONÁRIOS DA CAIXA




A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 30, a Operação Grajaú, para desarticular um grupo que sequestrava familiares de funcionários da Caixa Econômica Federal para forçar a abertura de cofres na grande São Paulo. Até as 7h40, 7 investigados já haviam sido presos.

Em nota, a PF informou que 70 policiais cumprem 8 mandados de prisão temporária e 9 mandados de busca e apreensão na cidade de São Paulo. Por se tratar de crime hediondo, a prisão temporária tem prazo de 30 dias, prorrogável por igual período. Os mandados foram expedidos, a pedido da PF, pela 9ª Vara Federal Criminal de São Paulo.

O inquérito policial iniciou-se em outubro de 2016, após o sequestro de familiares do tesoureiro de uma agência da Caixa Econômica Federal localizada na Zona Sul de São Paulo. As vítimas foram mantidas em cárcere privado, vestidas com coletes amarrados com explosivos para coagi-lo a abrir o cofre e entregar seu conteúdo aos criminosos.

Segundo a PF, a comunicação entre os sequestradores e as vítimas era feita por whatsapp, inclusive com envio de fotos de parentes amarrados a explosivos. Em novembro de 2016, houve um segundo sequestro nos mesmos moldes. Em ambos os casos, os cativeiros se encontravam na mesma região do Grajaú. Devido às similaridades nas ações, os fatos foram investigados em conjunto.

A investigação aponta que a organização criminosa é uma ramificação da quadrilha responsável por um terceiro sequestro similar, ocorrido em outubro de 2015. No inquérito policial que apurou este último, três dos integrantes da quadrilha foram identificados. Nos três sequestros praticados, os criminosos utilizavam pelo menos quatro fuzis, pistolas e coletes com explosivos nas vítimas como forma de coação para a entrega do dinheiro exigido.

Um dos investigados que estava sendo acompanhado pela PF, foi preso em flagrante com mais sete pessoas no último domingo, 25, com um carro blindado e farta quantidade de armamento e munição, quando esse grupo se preparava para assaltar uma agência bancária, numa ação que contou com o apoio da Polícia Militar de São Paulo. O mandado de prisão contra ele será cumprido no local onde se encontra custodiado.

Os investigados responderão pelos crimes de extorsão mediante sequestro, com penas de 12 a 20 anos de prisão, por haver vítima menor de idade. (AE)

Sexta-feira, 30 de junho, 2017 ás 12hs00

29 de junho de 2017

GILMAR MENDES RECEBEU TEMER E MINISTROS NA VÉSPERA DA ESCOLHA DA NOVA PGR




O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, recebeu em sua casa, na noite de terça-feira, 27, o presidente Michel Temer. Também participaram do jantar os ministros Moreira Franco (Secretaria Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil). A reunião aconteceu fora da agenda oficial dos quatro.

O encontro, sem divulgação, ocorreu na véspera da escolha de Raquel Dodge para a Procuradoria-Geral da República e da sessão do STF sobre a validade da delação da JBS. E fontes disseram à reportagem que a sucessão de Rodrigo Janot foi discutida no encontro. A escolha de Dodge tem o aval de Gilmar Mendes.

No entanto, ao ser questionado, o Palácio do Planalto, que confirmou a reunião, disse que eles trataram de reforma política e que já estava marcado há muito tempo.

Temer, Padilha e Moreira Franco são investigados na Lava Jato. Mendes foi citado nas delações do ex-senado Delcídio Amaral de Joesley Batista, da JBS.

Quarta-feira, 29 de junho, 2017 ás 11hs00

28 de junho de 2017

PARTIDOS DISCUTEM PLEBISCITO SOBRE FUNDO PARA FINANCIAR CAMPANHAS




Líderes partidários se reuniram nesta terça-feira, 27, na residência oficial da presidência do Senado para discutir a convocação de um plebiscito, em 2020, para definir o financiamento de campanha eleitoral. A ideia, segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), é criar um fundo com dinheiro público que seria usado em 2018 e, na eleição seguinte, consultar a população sobre a volta do financiamento empresarial.

A proposta foi discutida com representantes de ao menos dez partidos e, segundo participantes do encontro, há consenso sobre a necessidade de alteração nas regras para as campanhas do ano que vem. Além da criação do fundo eleitoral, os líderes de partidos concordaram com o fim das coligações na disputa para a Câmara e para assembleias legislativas e a adoção de uma cláusula de barreira, que reduziria o dinheiro e o tempo de TV de partidos que não alcançarem um determinado número de votos.

"Fixamos um calendário para votar dois relatórios que estão na Câmara, tanto da emenda constitucional quanto do deputado Vicente Cândido (PT-SP). É fundamental que tenhamos essa reforma, que tenha transparência, e que já valha para 2018", afirmou Jucá ao final do encontro. A previsão é de que as propostas que tratam dos temas e que estão em discussão em comissões da Câmara sejam aprovadas no plenário da Casa até a segunda semana de julho.

Segundo Jucá, ainda há um impasse sobre o sistema eleitoral que será adotado nas eleições de deputados, mas que essa discussão será feita pela Câmara. A proposta mais aceita, afirmou, é a de uma regra de transição a ser definida no ano que vem e o modelo chamado distrital misto em 2020.

"Vamos também criar uma transição para deputados estaduais e federais que vai ser debatido na Câmara, justamente para que em 2018, não dando tempo de votar o distrital misto, porque a confecção dos distritos ainda levará um certo tempo, seja adotado um modelo preferido dos deputados. Aquilo que eles decidirem nós vamos endossar, pois será um sistema provisório", disse Jucá.

O líder da minoria na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT-CE), afirmou haver consenso nas "questões centrais". "A divergência é o sistema eleitoral. Mas nas outras questões há quase um consenso de que é preciso aprimorar esse modelo. Não podemos pensar em mudanças tão profundas, mas sem mudanças esse sistema naufragará em 2018", disse Guimarães.

Para o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE),, porém, é preciso discutir o modelo eleitoral antes de debater a criação de um fundo eleitoral. "Não sei como a sociedade vai receber essa discussão (sobre o fundo) num momento de dificuldades, de crise, de desemprego, você utilizar recursos públicos para o financiamento de campanha", disse Eunício. (AE)

Quarta-feira, 28 de junho, 2017 ás 10hs00