A defesa de Antonio Palocci,
ex-ministro dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, relacionou
o também ex-ministro Guido Mantega aos pagamentos ilegais da Odebrecht em conta
na Suíça dos ex-marqueteiros do PT João Santana e Mônica Moura.
Essa atribuição a Mantega consta
das alegações finais apresentadas à Justiça Federal em Curitiba, onde Palocci
está preso desde setembro do ano passado na Lava Jato por ordem do juiz Sérgio
Moro. A defesa também pede a absolvição.
A defesa de Palocci não cita
nominalmente Mantega. Porém, os advogados de Palocci destacam trechos do
depoimento de Marcelo Odebrecht que atribuem a Mantega a gestão dos pagamentos
ao PT após julho de 2011. “Importante ressaltar que os valores constantes da
planilha ‘Italiano’ não eram destinados ao acusado mas, sim, ao Partido, de
forma que, após Antonio Palocci deixar o governo, o montante passou a ser
gerido por terceira pessoa, como resta claro do interrogatório de Marcelo
Odebrecht.”
Essa terceira pessoa seria
Mantega, sugerem as alegações finais da defesa. O documento aponta uma frase do
depoimento de Marcelo que cita o nome de Mantega. “Quem autorizava os
pagamentos era no início Palocci e depois, a partir de meados de 2011, o
Guido.”
No governo Dilma, Palocci deixou
o Ministério da Casa Civil em junho de 2011. O Estado não conseguiu entrar em
contato com a defesa de Mantega para comentar as alegações dos advogados de
Palocci.
Sábado, 17 de Junho, 2017 as 21hs00
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