A
Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 30, a Operação Grajaú,
para desarticular um grupo que sequestrava familiares de funcionários da Caixa
Econômica Federal para forçar a abertura de cofres na grande São Paulo. Até as
7h40, 7 investigados já haviam sido presos.
Em
nota, a PF informou que 70 policiais cumprem 8 mandados de prisão temporária e
9 mandados de busca e apreensão na cidade de São Paulo. Por se tratar de crime
hediondo, a prisão temporária tem prazo de 30 dias, prorrogável por igual
período. Os mandados foram expedidos, a pedido da PF, pela 9ª Vara Federal
Criminal de São Paulo.
O
inquérito policial iniciou-se em outubro de 2016, após o sequestro de
familiares do tesoureiro de uma agência da Caixa Econômica Federal localizada
na Zona Sul de São Paulo. As vítimas foram mantidas em cárcere privado,
vestidas com coletes amarrados com explosivos para coagi-lo a abrir o cofre e
entregar seu conteúdo aos criminosos.
Segundo
a PF, a comunicação entre os sequestradores e as vítimas era feita por
whatsapp, inclusive com envio de fotos de parentes amarrados a explosivos. Em
novembro de 2016, houve um segundo sequestro nos mesmos moldes. Em ambos os
casos, os cativeiros se encontravam na mesma região do Grajaú. Devido às
similaridades nas ações, os fatos foram investigados em conjunto.
A
investigação aponta que a organização criminosa é uma ramificação da quadrilha
responsável por um terceiro sequestro similar, ocorrido em outubro de 2015. No
inquérito policial que apurou este último, três dos integrantes da quadrilha
foram identificados. Nos três sequestros praticados, os criminosos utilizavam
pelo menos quatro fuzis, pistolas e coletes com explosivos nas vítimas como
forma de coação para a entrega do dinheiro exigido.
Um
dos investigados que estava sendo acompanhado pela PF, foi preso em flagrante
com mais sete pessoas no último domingo, 25, com um carro blindado e farta
quantidade de armamento e munição, quando esse grupo se preparava para assaltar
uma agência bancária, numa ação que contou com o apoio da Polícia Militar de
São Paulo. O mandado de prisão contra ele será cumprido no local onde se
encontra custodiado.
Os
investigados responderão pelos crimes de extorsão mediante sequestro, com penas
de 12 a 20 anos de prisão, por haver vítima menor de idade. (AE)
Sexta-feira,
30 de junho, 2017 ás 12hs00
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