O criminalista Antônio Cláudio
Mariz de Oliveira afirmou que Michel Temer ‘não tem obrigação’ de responder ao
questionário da Polícia Federal – mais de 80 perguntas no inquérito da Operação
Patmos, que põe o presidente sob suspeita de corrupção passiva e obstrução da
Justiça.
“O próprio ministro Edson Fachin
já destacou que, como investigado, o presidente não tem que responder”, disse
Mariz.
O defensor de Temer disse, no
entanto, que o presidente vai responder ‘algumas perguntas’. Outras, não.
“Aquelas referentes à gravação
(de Joesley Batista no Palácio do Jaburu) o presidente não vai responder”,
disse o advogado, referindo-se ao áudio que o executivo da JBS gravou com Temer
na noite de 7 de março.
A gravação é o pivô da crise que
abala o governo do peemedebista.
“As questões de caráter puramente
pessoal também não serão respondidas”, assinala Mariz, veterano criminalista
com larga experiência nos tribunais.
Mas não é só. O presidente vai
silenciar ante perguntas referentes a fatos anteriores ao mandato. “Estas
também o presidente também não vai responder”, avisa Mariz.
As respostas parciais só deverão
ser devolvidas à PF no dia 12 – o ministro Fachin deu prazo de 24 hs para o
presidente responder por escrito as indagações da polícia. Mas o criminalista
Mariz vai dizer nesta terça-feira, 6, por meio de petição a Fachin, que o prazo
é muito curto. “A Polícia Federal teve seis dias para elaborar as perguntas.”
(AE)
Terça-feira, 6 de Junho, 2017 as 13hs30
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