Em meio à indefinição
do governo federal em relação ao calendário de pagamentos da terceira
parcela do auxílio emergencial, a Caixa Econômica Federal segue
fazendo os depósitos para os que ingressaram no programa por serem inscritos no
Bolsa Família. Nesta terça-feira (23), recebem 1,9 milhão de pessoas.
Separados pelo último dígito do Número de
Identificação Social (NIS), no caso dos inscritos no Bolsa Família, os
pagamentos da terceira parcela do auxílio emergencial
começaram na última quarta-feira (17) e vão até o fim do mês, na terça-feira
(30). Nesta terça (23), recebem os que têm NIS terminado em 5.
A quantia de R$ 600 ou, no caso de mães de
família, de R$ 1.200, poderá ser recebida da mesma forma que o benefício
regular, ou seja, nos canais de autoatendimento, nas unidades lotéricas, nos
correspondentes Caixa Aqui ou por crédito na conta Caixa Fácil, utilizando o
cartão antigo do Bolsa
Família.
Quem recebe o auxílio por ser beneficiário do
programa social não precisa esperar por um segundo calendário para sacar o
dinheiro, já que o saque é imediato. A partir do dia da liberação, já é
possível movimentar os recursos, seja por meio de transferências ou mesmo
sacando o dinheiro em espécie.
Confira o calendário da 3ª parcela para inscritos no Bolsa Família
- Terça-feira (23) - 1.922.522 pessoas das 1.356.938 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 5;
- Quarta-feira (24) - 1.919.453 pessoas das 1.354.772 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 6;
- Quinta-feira (25) - 1.921.061 pessoas das 1.355.907 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 7;
- Sexta-feira (26) - 1.917.991 pessoas das 1.353.741 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 8;
- Segunda-feira (29) - 1.920.953 pessoas das 1.355.831 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 9; e
- Terça-feira (30) - 1.918.047 pessoas das 1.353.780 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 0.
Por enquanto, a terceira parcela do
auxílio é exclusividade de quem faz parte do Bolsa Família. O governo
ainda não definiu os novos calendários de depósitos e saques, e o atraso já faz
brasileiros sentirem a necessidade do dinheiro. Não há sequer uma explicação
sobre o que motiva o atraso por parte do Ministério da Cidadania
, da Dataprev e da própria Caixa, quem paga o
auxílio.
Além de não informar o calendário da terceira
parcela - já atrasada - o governo também não oficializou até esta segunda-feira
a ampliação do número de parcelas do auxílio. A intenção, confirmada em reunião
ministerial, é de criar
quarta e quinta parcelas, mas reduzir o valor delas de R$ 600 para R$ 300.
Parte do Congresso, sobretudo a oposição a Jair Bolsonaro
, é contra o corte pela metade e defende mais três parcelas de R$ 600.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), defendeu
em rede social neste fim de semana que o valor não seja cortado e que o
governo confirme, portanto, mais duas ou três parcelas de R$ 600. Maia disse
ainda que tem certeza que conta com o apoio da maior parte dos deputados.
Bolsonaro, por sua vez, cita o alto custo do
programa, de cerca de R$ 50 bilhões por parcela, e rejeita a ideia de manter o
valor atual, de R$ 600, embora já aceite ampliar o número de parcelas. Segundo
ele, a " União
não aguenta " seguir pagando as parcelas cheias para tantos
brasileiros - cerca
de 63,5 milhões, de acordo com o balanço mais recente .
*Brasil
Econômico
Terça-feira,
23 de junho, 2020 ás 13:00
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