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15 de maio de 2021

PESQUISADORES ALERTAM PARA RISCOS DE CRIANÇAS EXPOSTAS A TELAS

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) alertam para os riscos da alta exposição de crianças às telas de equipamentos eletrônicos, como celular, computador, televisor e tablets. Na pandemia, essa exposição, que já era alta, de acordo com eles, aumentou, pois, muitas famílias acabam recorrendo a esses dispositivos, para conseguirem trabalhar e entreter as crianças, que passam mais tempo em casa. A situação, que no ano passado, quando o vírus começou a circular no Brasil, foi vista como passageira, agora é alvo de preocupação.

 

“A situação que a gente vive hoje é de uma falta de alternativa muito grande para os pais que estão em trabalho remoto, muitas vezes sem ajudante em casa, e que precisam de alternativa para a recreação da criança no momento que precisam trabalhar ou fazer atividades domésticas. A questão é que o uso da tela se tornou muito mais que uma alternativa, tornou-se a única via e isso nos preocupa”, diz a coordenadora do Programa Primeira Infância Plena da UFMG, Delma Simão.

 

A pesquisadora explica que até 1 ano de idade não é recomendada nenhuma exposição à tela. Depois disso, a indicação varia conforme a faixa etária sendo que, até os 6 anos de idade, período que corresponde à primeira infância, as crianças não devem passar mais do que duas horas por dia na frente de dispositivos eletrônicos. “Quanto mais uma criança fica conectada à tela, mais desconectado é o cérebro da criança, então mais difícil é para essa criança tomar decisões adequadas, pertinentes a uma sociedade saudável”, explica a pesquisadora.  

 

Os prejuízos de uma exposição excessiva às telas, para as crianças, de acordo com Delma, são muitos. Entre eles: dificuldade de aprendizagem, dificuldade de interação social, dificuldade de criar vínculo, dificuldade de se adaptar ao meio social e aos desafios que a sociedade impõe, prejudicando ainda o chamado controle inibitório que, de forma simplificada, é a habilidade de controlar respostas impulsivas e esperar a própria vez. No mundo virtual, a criança clica e recebe o conteúdo instantaneamente, prejudicando o desenvolvimento dessa habilidade.

 

No ano passado, quando a pandemia chegou ao Brasil, segundo o professor da Faculdade de Educação da UFMG Rogério Correia, os estudos colocavam essa como uma situação passageira. “Hoje passado mais de um ano, deixou um pouco de ser passageira essa realidade para nós no Brasil”, diz.

 

Tanto Delma quanto Correia experimentam no dia a dia o desafio de afastar crianças das telas. Ela é mãe do Pedro, de 7 anos, e da Laís, de 3 anos, que tem trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down). No dia a dia, concilia o cuidado com as crianças, com a casa e o trabalho. Correia é tio de Fernando, de 3 anos.

 

“Eu desenhei no corredor da casa uma amarelinha, para brincar com eles à noite, para gastar energia. Meia hora que a gente brinca de amarelinha, eu já ensino comunicação, ensino a esperar a vez do outro, equilíbrio. É no dia a dia que a gente tem que ser criativo”, conta Delma.

 

Já Correia, abriu o quintal para que o sobrinho, que não mora com ele, pudesse correr. Para isso, a família precisa de uma logística de isolamento, para que possam se encontrar de forma segura em meio a pandemia. “Estamos sempre acompanhando [o estágio da pandemia na cidade] se há aumento do índice de contaminação, e voltamos a aumentar a segurança e o isolamento”, diz.

 

Segundo os pesquisadores, será necessária uma atenção especial às crianças não apenas durante, mas após a pandemia. “A gente acredita em uma pandemia pós pandemia. O que vai ser das pessoas e especialmente das nossas crianças quando tudo isso melhorar? Nos preocupa muito a repercussão dessa pandemia”, diz Delma.

 

Segundo a pesquisadora, as escolas e outros locais de socialização das crianças precisarão observá-las de perto, respeitando as necessidades de cada uma delas. “O olhar precisa ser muito singular para respeitar essa criança que virá depois desse estresse traumático da pandemia de covid-19. É preciso entender e ser muito sensível a essas mudanças de comportamento que eventualmente podem surgir na escola e surgir na família”.

 

De acordo com Delma, aqueles que estão participando de aulas remotas devem ser observados de perto pelas famílias, que devem conversar com as escolas sobre como está sendo esse processo para eles. “A família precisa estar atenta ao que está dificultando o processo de aprendizagem da criança para que aquilo não faça com que a criança perca o desejo de aprender”.

 

Segundo Correia, a brincadeira, que acaba sendo substituída por tempo na frente de dispositivos eletrônicos, é fundamental para o desenvolvimento das crianças e para ajudá-las a compreender o mundo. “Quando ela lida com um trauma, com a perda de um ente querido ou mesmo com a distância da mãe que sai para trabalhar, ela tende a lidar com o que causa essa angústia através da brincadeira. Na brincadeira, ela toma consciência daquele sentimento”, diz.

 

O pesquisador diz que há formas de incluir os conteúdos digitais no brincar e que isso pode ser benéfico desde que bem orientado. As crianças podem, por exemplo, levar os personagens do programa de TV para uma brincadeira mais ativa, na qual entendem o papel daquele personagem e, brincando, têm mais controle sobre a mensagem e o significado que aquilo traz para ela.

 

Outra alternativa é buscar conteúdos digitais que proponham tarefas às crianças e trocar, segundo Correia, o sofá pelo tapete, onde é possível brincar. “Um momento em que a criança pode assistir e brincar ao mesmo tempo. As crianças gostam de assistir a programas que proponham fazer alguma coisa, construir um brinquedo, isso pode ser legal”. Os pais e responsáveis podem também assistir a vídeos junto com as crianças, mostrando interesse e discutindo com eles pontos do programa.

 

Tanto Correia quanto Delma recomendam que as crianças sejam integradas nas atividades do dia a dia dos adultos, que sejam convidadas a cuidar das plantas a preparar uma comida, a estarem por perto. “Com isso está aprendendo as coisas do mundo, está aprendendo vocabulário, está aprendendo interação com a família, está aprendendo a ser útil, a colaborar com a sociedade. A primeira sociedade que ela vive é dentro de casa”, diz Delma. (ABr)

Sábado,15 de maio, 2021 ás 15:12


 

13 de maio de 2021

SENADO APROVA SUSPENSÃO NO AUMENTO DE PREÇO DE MEDICAMENTOS EM 2021


O Senado aprovou projeto de lei (PL) que suspende o aumento de preço de medicamentos em 2021. O texto também determina a reversão de reajustes já aplicados em medicamentos este ano, havendo, inclusive, a restituição de pagamento já realizado. O projeto, aprovado por 58 votos a favor e 6 contra, segue para a Câmara dos Deputados.

 

Para o autor do projeto, Lasier Martins (Podemos-RS), o projeto é uma forma de diminuir a pressão sobre o orçamento das famílias que estão enfrentando o coronavírus e, também, daquelas com doentes que demandam uso contínuo de medicamentos. Lasier ressalta ainda que o cenário é de “recrudescimento da pandemia, inclusive com o surgimento de novas cepas virais”.

 

Os medicamentos disponíveis no Brasil têm seus preços controlados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). Uma vez por ano, a Cmed fixa o teto de preços permitidos para a venda de medicamentos, mas esse controle não alcança todos os remédios. Determinadas classes terapêuticas de medicamentos isentos de prescrição, por exemplo, ficam de fora.

 

O relator, Eduardo Braga (MDB-AM), explicou que o projeto não “congela” preços, apenas impede o reajuste do teto pela Cmed. “Não se trata de congelamento de preços, trata-se de suspensão de qualquer reajuste no teto estabelecido pela Cmed tanto para preços de fabricantes quanto para preços a varejo, para o consumidor. Portanto, fazendo justiça a milhões de brasileiros que estão necessitando de acesso à compra de medicamentos. ”

 

Apesar de não ter sido aprovado por unanimidade, o projeto teve vários apoios. Um deles foi de Kátia Abreu (PP-TO). A senadora rechaçou uma suposta quebra do preceito de livre mercado com o projeto. “Eu também sou a favor do livre mercado. Acontece que o livre mercado é uma tese importante para baratear produtos. Significa muita gente produzindo tudo, com grande concorrência, e os preços caindo. Agora, falar em livre mercado diante de um belo cartel não é democrático. É um grande cartel, onde os donos dessas fabricantes internacionais sempre foram muito grandes e ricos. ” (ABr)

Quinta-feira,13 de maio, 2021 ás 21:40

12 de maio de 2021

LATINOS VIAJAM AOS ESTADOS UNIDOS EM BUSCA DE IMUNIZAÇÃO

 

Um anúncio de uma agência de viagens oferece promoções para que mexicanos viajem aos Estados Unidos (EUA) a fim de receber a vacina contra a covid-19. "Quer a vacina contra a covid-19? Tem um visto para entrar nos Estados Unidos? Entre em contato com a gente", diz o anúncio.

 

Do México até a Argentina, milhares de latino-americanos estão reservando voos para os Estados Unidos a fim de se beneficiar de uma das mais bem-sucedidas campanhas de vacinação do mundo, enquanto o andamento da vacinação em seus países caminha lentamente.

 

A América Latina é uma das regiões mais afetadas pela pandemia de covid-19, com o número de mortos próximo de superar 1 milhão neste mês, e muitos não querem esperar tanto por sua vez na fila da vacina.

 

Algumas pessoas estão fazendo os trâmites sozinhas, enquanto outras utilizam agências de viagem, que responderam oferecendo pacotes que disponibilizam um compromisso para a vacinação, voos, estadia em hotel e até alguns extras como passeios pela cidade e tours de compras.

 

Glória Sánchez, de 66 anos, e seu marido, Angel Menendez, de 69, viajaram no final de abril para Las Vegas, com o objetivo de tomar a dose única da vacina da Johnson & Johnson's.

 

"Nós não confiamos nos serviços de saúde pública neste país", disse Sánchez, agora de volta ao México. "Se não tivéssemos viajado para os Estados Unidos, onde eu me senti um pouco mais confortável, eu não teria me vacinado aqui".

 

Um agente de viagens na Cidade do México organizou a viagem e um associado em Las Vegas conduziu o processo no lado norte-americano, disse Sánchez.

 

O associado nos Estados Unidos arranjou um horário para que eles fossem vacinados, e então os conduziu a um centro de convenções em Las Vegas, onde apresentaram seus passaportes mexicanos e receberam as doses.

 

"Decidimos transformar a viagem em um passeio de férias e ficamos por uma semana, andamos como loucos, comemos uma comida muito cara, porém boa, e também fazer compras", disse.

 

Enquanto a demanda dispara, os preços de voos do México para os Estados Unidos cresceram em média de 30% a 40% desde meados de março, disse Rey Sanchez, que dirige a agência de viagens RSC Travel World.

 

"Há milhares de mexicanos e milhares de latino-americanos que foram para os Estados Unidos se vacinar", disse o agente de viagens, acrescentando que os principais destinos têm sido Houston, Dallas, Miami e Las Vegas.

 

A Reuters não conseguiu encontrar dados oficiais sobre o número de latino-americanos que estão viajando aos EUA em busca de vacina. Os viajantes normalmente não declaram "vacinação" como motivo para a viagem.

 

A Embaixada dos Estados Unidos no Peru informou recentemente no Twitter que as pessoas podem visitar os EUA para tratamento médico, incluindo vacinas.

 

Na Argentina, um anúncio em Buenos Aires detalha o custo estimado para se vacinar em Miami: passagem aérea US$ 2 mil, hotel por uma semana US$ 550, comida US$ 350, aluguel de carro US$ 500, vacina US$ 0, totalizando cerca US$ 3.400.

 

Os latino-americanos que viajaram com visto de turista aos EUA, com quem a Reuters falou, disseram que conseguiram ser vacinados com documentos de identidade de seus países de origem.

* Com informações da Reuters

Quarta-feira,11 de maio, 2021 ás 10:13


 

9 de maio de 2021

ISOLAMENTO SOCIAL MUDOU AS RELAÇÕES ENTRE MÃES E FILHOS

 

Pelo segundo ano seguido, o Dia das Mães será comemorado durante a pandemia da covid-19. Uma das datas mais importantes do calendário brasileiro, será novamente celebrado em casa ou em pequenas reuniões. E as mães, que na maioria dos casos são as que acumulam as tarefas domésticas e a criação dos filhos, passarão mais uma data celebrando e refletindo sobre esse período desafiador da história da humanidade.

 

É o caso da secretária escolar Roberta Gerardi, mãe da Gabriela, de 7 anos e da Giovana, de 13 anos. Ela diz que vai passar a data com a mãe, de 70 anos, e com a tia, de 77 anos, mas as duas já tomaram a vacina contra a covid-19.

 

Roberta disse que o período de isolamento tem sido de muito aprendizado e relembra o começo da fase.

 

“No começo foi bem legal, a gente cozinhava juntas, inventava fazer um monte de coisa e foi bem divertido, como se fosse umas férias, mas de repente aquelas férias começaram a não ter fim, a rotina veio e teve uma fase bem complicada. A gente começa a perceber que tem muita diferença de pensamentos, idades e vem as divergências, mas aí a gente vai conversando, respirando fundo e com muito amor a gente vai resolvendo as coisas”.

 

A secretária disse que a cozinha aproximou as três. “Essa parte da cozinha acabou juntando a gente e fazendo com que esse momento tão difícil ficasse um pouquinho mais suave. A cozinha que juntou a gente”, disse emocionada.

 

Roberta ficou apenas 30 dias em casa e depois teve que voltar a trabalhar presencialmente, e as crianças ficaram sob os cuidados da avó. Mesmo assim, sem poder ir a outros lugares e viajar, a convivência foi muito próxima e tudo mudou.

 

“A rotina, as necessidades das crianças acabam sendo outras, e aí a gente vai vendo que elas são carentes, ao mesmo tempo que a gente está presente, estamos ausentes com a correria do dia a dia, mas esse isolamento fez com que a gente se aproximasse mais, então tudo mudou. Mas foi uma mudança para melhor, porque quando a gente tem amor e tem paciência, no final tudo dá certo”.

 

Para ela, manter o equilíbrio não é tarefa fácil, mas o amor de mãe - e muita paciência - ajudam a segurar os pontos de divergência que ocorrem depois de tanto tempo juntas. “É bem complicado manter o equilíbrio com uma criança de 7 anos e uma quase adolescente de 13 anos desesperada para sair da toca, mas a gente respira fundo, pede a Deus orientação e segue em frente. E pensar no amor, que é o maior de todos os sentimentos, no respeito mútuo e pensar que dias melhores vão vir e que tudo isso é um aprendizado para que a gente consiga evoluir”.

 

Dividir o mesmo espaço, mesmo com quem se ama, 24 horas por dia, não tem sido nada fácil. As famílias precisam de regras e paciência para não abalar a relação mães e filhos, já que a rotina dentro de casa, há mais de um ano, teve que ser refeita, como detalha o psicólogo Marcelo Alves, professor de psicologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.

 

“A rotina teve que ser reinventada tendo em vista que você tem num mesmo espaço: escritório, lar, creche, escola, casamento, filhos, profissão. A rotina foi atravessada por inúmeros fatores, alguns externos, como o home office, então isso afeta a relação familiar, tendo em vista que às vezes a criança não entende que o pai e a mãe estão num escritório e a criança quer atenção mesmo tendo os pais ali”.

 

E em especial, a mulher acabou nesse momento tendo preocupações adicionais. “Levando-a a ter que se desdobrar e reinventar a rotina familiar”, disse o psicólogo. “Por um lado, há uma aproximação muito grande. Agora a escola também está dentro de casa, e a mãe também tem que dar condições nesse sentido de dar uma saúde mental minimamente protegida, já que a criança perdeu muitos seus espaços de brincar”.

 

A jornalista Rebeca Maria Paroli Makhoul, mãe do Thiago, de 6 anos, e do João Gabriel, de 10 anos, sabe da importância de prestar atenção nas questões emocionais de seus filhos. “Não está sendo fácil para ninguém, nem para as crianças, eles choram com mais facilidade, ficam tristes por não poderem brincar com os amigos, ir na casa deles, de não poder ir até a casa dos avós. Será o segundo dia das mães sem ver as avós. Eu me preocupo com as sequelas emocionais que essa pandemia deixará em todos nós, principalmente nas crianças. Sinto eles com muito medo e acredito que as crianças concretizam o medo, o medo do monstro, na realidade, deve ser o medo que nós, adultos, passamos para eles”.

 

Para amenizar, ela faz diferentes atividades com as crianças. “Para manter o equilíbrio emocional, procuro distraí-los, saio um pouco com eles para passear com o cachorro, fazemos algumas comidas especiais em casa, assistimos séries juntos e principalmente conversamos abertamente sobre todos os sentimentos deles. Não minto, mas tem coisas que acho que não precisam ser ditas para crianças”, disse Rebeca.

 

Apesar dos desafios na relação, ela enfatiza que a possibilidade de ficar mais tempo com eles foi o melhor que poderia ter acontecido. “As mudanças positivas foram as leituras diárias em família, as brincadeiras em família que temos tempo para fazer e depois que isso tudo passar quero ter um tempo para manter isso também”.

 

“Nossa rotina mudou”, acrescenta. “Acordam mais tarde, dormem mais tarde, ficam mais tempo com eletrônicos. Mas não cobro muito deles, penso que vai ser algo que vai passar e quando percebo que realmente há um exagero, vou brincar com eles”.

 

O psicólogo Marcelo Alves orienta a ter muito diálogo e a determinação de uma rotina para manter o equilíbrio das relações nesse período, sem data para terminar. “Manter uma rotina ajuda muito nas relações porque diminui o estresse. As relações, para serem equilibradas, a gente tem que atender as necessidades que cada um apresenta, é um ponto importante a ser negociado, cada uma terá em um momento do dia necessidades que deverão ser atendidas, e essas necessidades deverão ser negociadas”.

 

Marcelo Alves defende que a organização ajuda muito nas relações. “Negociar, discutir, e principalmente organizar, ajuda muito no equilíbrio das relações. Mas, lógico, percebendo um estresse mais elevado, uma ansiedade exagerada ou mesmo episódios melancólicos e depressivos deve-se pedir ajuda, ter atendimento, porque hoje você pode ter atendimento por profissionais da psicologia e da psiquiatria online, são coisas que também vão ajudar no equilíbrio das relações”, aconselha.

 

Mesmo com tantas mudanças nas relações, o psicólogo aconselha aos adolescentes e às crianças a aproveitarem o momento. “É natural que você viva o seu mundo, e esse mundo tem que ser dividido com seus pais, mas procure entender que o seu mundo não será invadido, mas deverá ser repensado”, aconselha o especialista, que lembra que o adolescente ou mesmo a criança mais velha já vivem o isolamento no quarto e nas amizades.

 

“Eu diria que, com a proximidade, curta mais o seu pai e a sua mãe, afinal de contas estamos passando por um momento que é muito dramático para muitas famílias. Talvez o adolescente e a criança mais velha não queiram ter contato com tudo isso que está acontecendo, mas saiba que a vida é finita e esse momento que está sendo propiciado de proximidade ele deve ser vivido”.

 

Mas, para uma boa convivência, coisas do dia a dia precisam ser negociadas, aconselha. “Cozinhar juntos, fazer uma tarefa, jogar videogame juntos, divida um pouco do seu mundo com seus pais, mas também saiba estar e entender o mundo deles, principalmente o mundo da mãe que nesse momento tem dado conta de tantas coisas, saiba também olhar a preocupação que ela tem com você e as coisas do dia a dia”.

 

“Aproveite bem esse momento, apesar de dramático, não precisa ser triste, tendo que dividir espaços dentro da casa. Conflitos são inevitáveis, mas não permita que eles separem você de sua mãe num momento onde famílias foram separadas drasticamente [pela doença]”, finaliza o professor. (ABr)

Domingo,08 de maio, 2021 ás 11:26