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5 de agosto de 2025

O QUE ACONTECE SE O STF DECIDIR IGNORAR A LEI MAGNITSKY NO BRASIL?

 


 imagem da internet

 A Lei Magnitsky é uma legislação americana que permite ao governo dos Estados Unidos impor sanções a indivíduos estrangeiros acusados de corrupção ou de graves violações de direitos humanos. Essas sanções geralmente incluem o bloqueio de bens sob jurisdição dos EUA, a proibição de entrada no país e restrições financeiras.

 

No cenário em que o Supremo Tribunal (STL) no Brasil decidisse ignorar a Lei Magnitsky e instruísse o Banco Central a não cumprir suas determinações, as consequências seriam catastróficas.

 

Impactos no Sistema Financeiro e na Economia

 

O STL não tem o legalmente o poder de anular essa Lei, nem de impedir que os bancos que o sistema americano a apliquem. A Lei Magnitsky se baseia no poder dos EUA de controlar transações financeiras em dólar, que é a moeda mais usada no comércio e nas finanças globais. Por isso, as sanções da Lei Magnitsky têm um impacto transnacional.

 

Mesmo com uma decisão do STL, os bancos brasileiros com operações ou parcerias internacionais teriam que fazer uma escolha difícil. Se ignorassem a ordem do STL, poderiam ser penalizados pela justiça brasileira. Por outro lado, se obedecessem ao STL e mantivessem relações com pessoas sancionadas, poderiam sofrer sanções secundárias dos EUA, como o bloqueio de suas operações em dólar.

 

A história mostra que as instituições financeiras, diante de um dilema como esse, costumam priorizar o cumprimento das sanções americanas. Isso se deve ao peso do dólar no sistema financeiro global e ao risco de perder o acesso a ele, o que poderia gerar prejuízos enormes.

 

Relações Exteriores e Soberania Nacional

 

No entanto, do ponto de vista dos EUA, a decisão do tribunal brasileiro poderia ser interpretada como um sinal de que o país é leniente com a corrupção e violações de direitos humanos. Isso poderia levar à aplicação de novas sanções.

 

Contudo, no mundo globalizado, uma decisão como essa não teria impacto apenas dentro das fronteiras brasileiras, mas também poderia gerar efeitos negativos no cenário internacional.

 

    Pressão Econômica vs. Legal:

Especialistas destacam que o problema não é puramente jurídico, mas também econômico. A jurisdição extraterritorial da Lei, que afeta o sistema financeiro global dominado pelo dólar, coloca os bancos e empresas brasileiras em uma situação difícil. Eles podem ser forçados a escolher entre cumprir uma ordem do STL (que seria vista como suposta defesa autoridades) e se arriscar a perder o acesso ao mercado financeiro americano, o que poderia ser catastrófico para suas operações. Nesse cenário, o fator econômico pode se sobrepor à questão legal, levando as instituições financeiras as sanções dos EUA para evitar prejuízos.

 

Países que Tentaram Ignorar a Lei Magnitsky

 

Apesar de a situação ser rara, há precedentes de países que tentaram desafiar sanções dos EUA, embora não diretamente a Lei Magnitsky em si, mas outras sanções de natureza semelhante. As consequências costumam ser severas.

 

    Irã:

Um dos exemplos mais citados é o Irã. Após sanções dos EUA, o país tentou criar um sistema bancário alternativo, negociar com permuta de mercadorias e até desenvolver uma moeda digital própria para contornar as restrições. A resposta americana foi com sanções secundárias massivas, cortando do sistema financeiro qualquer empresa que fizesse negócios com o Irã. O resultado foi uma queda drástica no PIB iraniano, uma hiperinflação e um isolamento econômico que devastou o país.

 

    Venezuela:

Outro caso é a Venezuela, que enfrentou uma série de sanções financeiras e petrolíferas dos EUA. A tentativa de ignorar as sanções levou a uma crise econômica ainda mais profunda. O PIB venezuelano despencou 75%, e a hiperinflação destruiu a moeda, resultando em um êxodo de milhões de pessoas.

 

Em ambos os casos, a resistência às sanções americanas resultou em um colapso econômico e social. O poder dos EUA de controlar o sistema financeiro global e a dominância do dólar fazem com que a aplicação de sanções, mesmo que unilaterais, tenha um impacto profundo e incontornável para as nações que tentam resistir.

 

    Combate à corrupção e violações de direitos humanos:

Para muitos especialistas, a Lei Magnitsky é uma ferramenta importante para responsabilizar indivíduos que cometem crimes de corrupção e graves violações de direitos humanos, especialmente em países onde o sistema de justiça local é ineficaz ou está comprometido. Eles veem a lei como um meio de punir a impunidade, atingindo o patrimônio e a capacidade de movimentação de pessoas que de outra forma escapariam da justiça.

 

    Defesa da democracia:

Defensores da Lei argumentam que ela protege a democracia e a liberdade de expressão. No contexto brasileiro, alguns especialistas e políticos republicanos nos EUA veem as decisões do STL como ações que cerceiam a liberdade de expressão, perseguem opositores políticos e interferem em processos democráticos. Para eles, a aplicação da Lei não é uma interferência na soberania, mas sim uma defesa dos valores democráticos.

 

*Da Redação

Terça-feira, 04 de agosto 2025 às 16:05

(OBS:) O choro é livre, o sancionado não pode fazer nada sobre as sanções segundarias caso resolva dobrar a aposta sobre os EUA, vamos aguardar os próximos capítulos dessa contenda.