"NÃO HÁ DEMOCRACIA ONDE O VOTO É OBRIGATÓRIO"

Se ainda não é, seja nosso novo seguidor

Amigos SP

24 de março de 2019

Poupador prejudicado por planos econômicos custa a receber o dinheiro



Após pouco mais de ano da homologação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do Acordo de Planos Econômicos, muitos poupadores ainda não conseguiram receber a restituição, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

De acordo a entidade, os poupadores alegam que a plataforma não funciona adequadamente e os bancos não adotam iniciativas para o cumprimento do acordo.

Entre os bancos notificados pelo Idec estão Banco do Brasil, Banco Safra, Bradesco e Santander, que não realizaram nenhum pagamento a associados do Idec.

Até o momento, o Banco Itaú restituiu valores de 27% dos associados e, em breve, serão realizados os pagamentos de 40% dos associados clientes da Caixa Econômica Federal, informou o Idec.

Segundo o advogado Walter Moura, do Idec, há bancos que não liberam o pagamento, nem dão retorno aos clientes sobre as causas da demora. Segundo ele, somente no caso do Banco do Brasil, há 2 mil idosos associados ao Idec que ainda não receberam.

“Um ano depois da homologação, tem banco que não pagou nada. Tem poupador que morreu nesse período”, disse.

Caso pode parar na AGU

Moura afirmou que foi feita reunião com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para tentar encontrar solução para o problema. Segundo ele, se até o fim do mês não houver solução, o Idec deve registrar reclamação na Advocacia-Geral da União (AGU), no Banco Central e no STF.

Procurados, Banco do Brasil, Banco Safra, Bradesco e Santander disseram que não comentariam o assunto e que a porta-voz dos bancos seria a Febraban.

A federação, por sua vez, disse que “os bancos têm trabalhado unidos e em associação com a Frente Brasileira Pelos Poupadores (Febrapo) e o Idec, no interesse comum de melhorar seu funcionamento” da Plataforma do Acordo dos Planos Econômicos, lançada em maio de 2018, para liberar os pagamentos.

“O portal já recebeu 25 melhorias, que simplificaram procedimentos e tornaram o sistema mais amigável aos usuários. Restam apenas exigências indispensáveis para a efetivação dos acordos, como dados dos poupadores, dos seus advogados e dos processos, além da assinatura com certificado digital do advogado - necessária para evitar fraudes e pagamentos indevidos”, disse a Febraban, em nota.

Até o último dia 19, foram realizados 143.101 cadastramentos no portal e 26.372 poupadores receberam total ou parcialmente os valores, informou a Febraban. Outros 10 mil poupadores receberam o valor do acordo por meio de mutirões presenciais.
Mutirões para assinatura de acordos

Desde outubro de 2018, diz a Febraban, os bancos têm realizado, com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mutirões para assinatura de acordos em São Paulo e têm programados eventos semelhantes, a partir de abril, em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espirito Santo e Minas Gerais. A federação acrescentou que já foram iniciados entendimentos para marcar mutirões em outros estados.

“As reclamações sobre o funcionamento do portal e o atendimento das adesões realizadas estão sendo respondidas pontualmente pela empresa que gerencia o portal, pela Febraban e pelos bancos. Nenhum pedido fica sem resposta ou solução”, garante a Febraban.

O Acordo dos Planos Econômicos prevê o ressarcimento de poupadores prejudicados pelos Plano Bresser, Verão ou Collor II que ingressaram na Justiça com ações individuais ou que executaram sentenças de ações civis públicas ou coletivas.

Em 11 de dezembro de 2017, o Idec, a Febrapo e a Febraban chegaram a um acordo, mediado pela AGU. Em 1º de março de 2018, o acordo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal e começou a valer em 12 de março, quando a decisão foi publicada. (ABr)

Domingo, 24 de março, 2019 ás 09:08


 


23 de março de 2019

Dia Mundial da Água: Parceria entre DF e Goiás para a proteção do Descoberto



Os governos do Distrito Federal e de Goiás firmaram na sexta-feira (22/03) – para marcar o Dia Mundial da Água – Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que prevê ações conjuntas de proteção à Bacia do Rio Descoberto, que abrange os dois estados. O vice-governador do DF, Paco Britto, representando o governador Ibaneis Rocha; e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, assinaram o documento, além dos secretários de Meio Ambiente do DF, Sarney Filho; e da Sema de Goiás, Andrea Vulcani; e dirigentes dos demais órgãos envolvidos no programa Produtor de Água.

Durante a cerimônia, o governador Ronaldo Caiado também assinou decreto criando o Parque Estadual de Águas Lindas, de 2.100 hectares, que ajudará na proteção do reservatório do Descoberto, que hoje atende a 65% da população do DF.

O vice-governador, Paco Britto, defendeu a necessidade de ações para impedir que o Distrito Federal volte a enfrentar os efeitos de uma crise hídrica. “O reservatório do Descoberto já chegou a um nível crítico de 5.7% de seu volume de água, e dessa crise tiramos lições que estamos agora colocando em prática”, afirmou. Diante da escassez de água, entre 16 de janeiro de 2017 e 14 de junho de 2018, o DF passou por um rigoroso racionamento de água.

Paco Britto elogiou o programa Produtor de Água, e falou sobre a importância da adesão dos agricultores às iniciativas que estabelecem a recuperação de áreas degradadas e a proteção de nascentes e rios, entre outras ações.

O secretário de Meio Ambiente do DF, Sarney Filho, alertou para a necessidade de novas parcerias em defesa do meio ambiente e do clima. “Se queremos um futuro melhor, precisamos agir agora e é isso que os governadores Ibaneis e Caiado estão fazendo aqui,” afirmou.

“Hoje, Dia Mundial da Água, não é seguramente um dia para comemorar, mas para refletir diante dos graves problemas que enfrentamos com as mudanças climáticas, que causam repercussões sérias nos regimes de chuvas de todo o mundo”, alertou. “As ações para diminuir os impactos do aquecimento do Planeta são urgentes”, defendeu.

Produtor de Água

O programa Produtor de Água é promovido pela Agência Nacional de Águas (ANA) e desenvolvido no âmbito estadual pelas entidades locais, como Caesb, Adasa, Saneago, além de secretarias de Meio Ambiente dos dois estados. O programa destina-se a proteger as nascentes localizadas nas propriedades rurais localizadas na Bacia do Descoberto.

O Produtor de Água já está em operação na bacia do Ribeirão Pipiripau, no Distrito Federal, e prevê uma série de ações para a proteção de mananciais. Além disso, há uma remuneração em dinheiro para produtores rurais que adotem práticas de proteção ao meio ambiente, hoje paga pela Caesb.

O presidente da Caesb Fernando Leite explicou que a parceria com o governo de Goiás permite traçar as melhores estratégias para gestão sustentável do território, como já ocorreu no Pipiripau. “Agora, queremos obter o mesmo avanço na Bacia do Descoberto”, afirmou.

(Agência Brasília)

Sábado, 23 de março, 2019 ás 16:49