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Amigos SP

14 de maio de 2019

Ibaneis demite diretoria de hospital que se negou a atender a paciente que morreu


O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha afirmou na terça-feira (14/05) que vai exonerar toda a diretoria do Hospital Regional de Sobradinho, após a morte de uma jovem de 19 anos por falta de atendimento na unidade. “Eu quero mandar um recado bem claro, apesar de qualquer tipo de apuração. O nosso governo é voltado para o atendimento as pessoas. E quem não tiver essa compreensão não serve para estar no meu governo”.

Ibaneis afirmou ter certeza que entre os mais de 35 mil servidores da saúde, “eu vou encontrar alguém que trate as pessoas com carinho”. O governador cobrou mais uma vez o comprometimento dos profissionais, “se tem uma pessoa que chaga na porta de um hospital, clamando port atendimento, não custa nada o servidor se dispor a atender, mesmo que não consiga dar o encaminhamento, mas pelo menos um ato de carinho”.

Ele ressaltou que está trabalhando dentro da Secretaria de Saúde para melhorar as condições de trabalho. “Não tenho nada contra os servidores da saúde. Acho que eles prestam um bom serviço diante das condições que tem, mas acho que precisa ter ali na porta do hospital um acolhimento melhor das pessoas”.

O chefe do Executivo, disse que está trabalhando com o secretário da Saúde Osnei Okumoto para a melhoria do serviço prestado para a população do Distrito Federal.

No último sábado (11), Beatriz Viana da Silva morreu após chegar passando mal ao hospital, ter uma parada cardiorrespiratória horas depois de chegar a unidade e não conseguir atendimento. (DP)

Terça-feira, 14 de maio, 2019 ás  17:30



 


13 de maio de 2019

Suprema maldade com Moro


Deputados e senadores ferozmente contrários à aprovação do pacote de combate ao crime e à corrupção enviado pelo governo ao Congresso cogitam uma suprema maldade para atingir diretamente o ministro Sérgio Moro, da Justiça e da Segurança Pública, a quem temem e querem ver pelas costas.

Moro foi o autor do pacote. E uma das medidas ali propostas proíbe a indicação para o Supremo Tribunal Federal de quem tenha, nos quatro anos anteriores, “ocupado mandato eletivo federal ou cargo de procurador-geral da República, advogado-geral da União ou ministro de Estado”.

A maldade em estudo: aprovar só parte do pacote, desidratado das medidas mais duras contra a corrupção e de outras que, segundo eles, demonizam a política. Mas manter entre as medidas aprovadas a que impediria Moro de ser indicado a ministro do Supremo como o presidente Bolsonaro promete fazer.

Pela primeira vez em público, Bolsonaro confessou que garantiu a Moro fazê-lo ministro do Supremo, condição para que ele afinal aceitasse ser ministro do seu governo. Sua entrevista à rádio Bandeirantes foi uma maneira de afagar o ex-juiz no momento em que Moro só colhe dissabores.

O mais recente deles foi a aprovação por Comissão Especial do Congresso da devolução ao Ministério da Economia do Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão que na Medida Provisória que deu nova configuração administrativa ao governo foi transferido para o ministério ocupado por Moro.

Dissabor tão recente quanto foi também a assinatura por Bolsonaro do decreto que ampliou o porte de armas. Moro teve apenas 24 horas para examinar o decreto e dar sua opinião. Foi contra ampliação tão ambiciosa. Fez uma série de reparos. Não foi atendido por Bolsonaro.

Daí o afago que ganhou ontem do presidente. “Eu fiz um compromisso com ele porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura. Eu falei: a primeira vaga que tiver lá, vai estar a sua disposição”, declarou Bolsonaro, a propósito da futura indicação de Moro para uma vaga de ministro no Supremo.

Tradução do recado de Bolsonaro para Moro: fique comigo até o fim do próximo ano que cumprirei o que combinamos. É claro que a nomeação depende da aprovação do seu nome pelo Senado, e aí é com você. (Moro entrou numa fria por excesso de vaidade.)

Para que Bolsonaro tenha renovado seu compromisso com Moro, expondo o ex-juiz a críticas dos seus desafetos, só parece haver uma explicação razoável: Moro, como alguns dos seus assessores admitiram, ameaçou largar o ministério por já ter sido obrigado a engolir muitos sapos. (VEJA)

Segunda-feira, 13 de maio, 2019 ás 07:00