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18 de outubro de 2019

Delegado Waldir diz que Bolsonaro enfraqueceu Moro; Major Olimpio ataca Eduardo e Flávio



O senador Major Olímpio (PSL-SP) defendeu nesta sexta-feira a saída imediata de Eduardo Bolsonaro do comando do PSL em São Paulo. Aliado do presidente nacional do partido, deputado Luciano Bivar, de Pernambuco, Olímpio disse que Eduardo não tem mais condições de liderar a sigla em seu estado.

  Eu não sei se já fizeram as comunicações ou notificações em relação a isso (a destituição). Vamos definir hoje isso. Eu defendo que saia já — disse o senador, reforçandou que é preciso dar celeridade a esta decisão. “O problema é só de quando nós vamos efetivar isso”.

FLÁVIO, TAMBÉM – Ele acrescentou que o senador Flávio Bolsonaro também deve ser destituído do comando do PSL no Rio de Janeiro:

— As decisões estão tomadas. Há uma exigência dos parlamentares nos estados da total impossibilidade de se prosseguir. Um dos grandes problemas que gerou conflito do presidente com o partido, o que foi? Eduardo Bolsonaro. Há também uma insatisfação dos parlamentares do Rio dizendo: nós não queremos mais o Flávio Bolsonaro.

Por sua vez, o líder do PSL , Delegado Waldir (GO), disse na manhã desta sexta-feira que o grupo ligado ao presidente nacional da legenda, Luciano Bivar , vai divergir de algumas pautas do governo no Congresso. Perguntado sobre uma possível retaliação caso Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) assuma a liderança do partido na Câmara, ele disse que o governo Jair Bolsonaro enfraqueceu a Polícia Federal.

PAUTAS PRÓPRIAS — “Antes de conhecer o presidente, antes de qualquer coisa, eu pessoalmente, outros deputados também, nós temos nossas pautas. Nós somos defensores da família, da pátria, do combate à corrupção. Nós vamos divergir do governo sim em alguns itens. Por exemplo, o governo trabalhou pelo enfraquecimento da Polícia Federal, da Lava-Jato. Não quer uma CPI Lava-Toga” — disse Waldir.

O deputado acrescentou que o ministro da Justiça, Sergio Moro, sofre retaliações de Bolsonaro e foi enfraquecido pelo presidente. As declarações de Waldir foram dadas na portaria da sede nacional do PSL, que realizou convenção nesta sexta-feira.

(Bruno Góes e Naira Trindade/O Globo)

Sexta-feira, 18 de outubro ás 18:00

17 de outubro de 2019

Tentativa de destituição de líder do PSL na Câmara acirra disputa entre bolsonaristas e bivaristas




A briga no PSL culminou na noite desta quarta-feira, dia 16, em uma disputa entre os grupos do presidente Jair Bolsonaro e do presidente da sigla, Luciano Bivar, em torno da destituição do líder do partido na Câmara, delegado Waldir (GO). Os ligados a Jair Bolsonaro formalizaram um pedido para tirar Delegado Waldir (GO) do posto – a ideia é que Eduardo Bolsonaro (SP) seja o novo líder. Os aliados do presidente do partido, porém, reagiram logo com um segundo pedido, mantendo o atual líder no cargo.

O requisito para a troca de líder é a assinatura de mais da metade da bancada junto ao pedido. Os bolsonaristas conseguiram as assinaturas de mais de metade dos 53 deputados na noite desta quarta-feira. Logo depois, os aliados de Luciano Bivar, presidente da sigla, protocolaram uma nova lista, com 32 assinaturas, pedindo a permanência de Waldir.

PRÓ E CONTRA – Os deputados não divulgaram os nomes contidos nas duas listas. Portanto, não é possível saber quais deputados teriam assinado ambos os requerimentos, pró e contra a permanência de Waldir. A deputada Carla Zambelli (SP) ainda protocolou, no fim da noite, uma terceira lista com 27 assinaturas.

Como há um impasse, porém, não é possível saber se alguma das três será considerada válida. A decisão cabe ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que precisa referendar qualquer troca de líder. Um deputado do grupo pró-Bivar disse ao O Globo que eles já estavam com a lista pronta. Alguns deputados que já haviam assinado pela permanência de Waldir mudaram de ideia e assinaram a lista dos bolsonaristas.

No lugar de Delegado Waldir (GO), os bolsonaristas tentam colocar Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente. Deputados ouvidos pelo GLOBO relatam que o presidente Bolsonaro fez ligações nesta quarta-feira pedindo assinaturas no requerimento para retirar Waldir.

DISPUTA – Durante a tarde, deputados dos dois grupos, bolsonaristas e ligados a Waldir e a Luciano Bivar, presidente da sigla, tentaram convencer os indecisos a assinar ou não o requerimento para a troca de líder. O último a assinar a lista dos bolsonaristas foi o deputado General Peternelli (SP).

“Tendo em vista os últimos acontecimentos referentes apenas à liderança do PSL, visando preservar a imagem do partido na Câmara, por aclamação da maioria dos deputados do partido, ficarei à frente da liderança até dezembro, mês em que realizaremos eleições para o novo líder”, disse Eduardo.

OBSTRUÇÃO – Na terça-feira, Waldir retaliou o governo retirando Major Vitor Hugo (GO), líder do governo na Câmara, da comissão especial da reforma da Previdência. Ele também obstruiu por uma hora uma votação de uma Medida Provisória (MP), o que foi interpretado como um recado contra o governo.

O líder vinha se posicionando contra Bolsonaro após o presidente criticar Luciano Bivar, presidente do partido, na última semana. A bancada se dividiu entre bolsonaristas e bivaristas. Apesar de o primeiro grupo ser menor, de apenas 20 deputados, a pressão do presidente ajudou na obtenção de assinaturas.

EMBAIXADA É  “SECUNDÁRIA” – Eduardo afirmou que a discussão sobre a Embaixada do Brasil em Washington, prometida a ele por seu pai, torna-se “secundária” neste momento de acirramento da briga no partido. “Todos os temas como a embaixada e a viagem para a Ásia são temas secundários. A gente está aqui para cuidar dos nossos eleitores, meu foco é ajudar o país”, disse.

Na linha de frente da investida de Jair Bolsonaro na Câmara estavam Carla Zambelli (SP), Vitor Hugo, Bia Kicis (DF), Filipe Barros (PR), Alê Silva (MG), Bibo Nunes (RS) e Hélio Lopes (RJ), conhecido como Hélio Negão, amigo próximo do presidente da República. “Nunca falei com tanta gente na minha vida”, comentou Hélio com os colegas após protocolarem o requerimento.

ÚLTIMOS MOVIMENTOS – Vitor Hugo atribui o movimento aos posicionamentos recentes de Waldir. “A decisão foi dos deputados do PSL, que decidiram em função de todo o tensionamento que tem acontecido. Em função de todos os posicionamentos do líder anterior do PSL, que contrariava os posicionamentos do governo, que colocava em dúvida inclusive a questão da transparência do partido, que atacava membros do partido de uma maneira desmedida”, disse Vitor Hugo, um dos responsáveis por protocolar o requerimento destituindo Waldir.

“E que, por exemplo, quase colocou em xeque a votação da Medida Provisória 886, extremamente importante, com prazo apertado com relação a orientação de obstrução. O próprio partido do presidente, que não é base do governo, é o próprio governo, orientando obstrução no painel. Diante disso, dessas evoluções, a maioria, neste momento, dos deputados federais decidira destituir”, afirmou.

Bruno Góes-Natália Portinari/O Globo

Quinta-feira, 17 de outubro ás 12:00

15 de outubro de 2019

Governo quer ajuda do cidadão para fiscalizar serviços e obras


Ao mesmo tempo em que adota medidas para reduzir a máquina pública, o governo federal tem buscado cada vez mais a ajuda dos cidadãos no papel de fiscal de serviços e obras públicas, por meio de mecanismos tecnológicos como aplicativos para celulares. 

Na entrevista concedida ao jornalista Paulo La Salvia, o secretário disse que cinco das 29 modalidades diferentes de transferência de recursos da União para estados, municípios e organizações da sociedade civil já estão integradas à Plataforma +Brasil, e que até 2022 todas as outras 24 estão dentro da mesma “solução tecnológica”.

A plataforma conta com três aplicativos que permitem o acompanhamento, em tempo real, das transferências e da aplicação dos recursos federais. Eles estão disponíveis nas principais plataformas para celulares e no site.

O primeiro aplicativo é voltado a gestores municipais, estaduais e federais. O segundo, a fiscais desses instrumentos de transferências, responsáveis pelo acompanhamento da obra. O terceiro aplicativo é dirigido aos cidadãos.

“A gente sabe que o controle efetivo é o controle social, que é feito pelo cidadão. Então as mesmas funcionalidades que o fiscal tem, o cidadão também tem, para acompanhar, por exemplo, o asfaltamento da sua rua; o equipamento que vai para o hospital de sua cidade. Ele pode, por meio do aplicativo, bater fotos e fazer denúncias. Tudo é georreferenciado e automaticamente inserido na plataforma, de forma a permitir acompanhamento em tempo real”, detalhou o secretário.

Outra medida destacada pelo secretário, no sentido de melhorar a gestão de recursos públicos foi o TaxiGov, serviço de transporte para servidores e colaboradores da administração pública federal. Segundo ele, a implantação do serviço na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, já resultou em uma economia de 65% nos gastos, o que equivale a R$ 17 milhões em apenas um ano. Por questão de segurança, apenas carros oficiais de ministros e de secretários executivos foram mantidos.

“Até então, cada órgão comprava veículos, contratava motorista, manutenção e combustível, e tinha toda uma estrutura de gestão para ter uma frota própria. Nós substituímos tudo isso por um serviço que credencia cooperativa de táxis, que fornecerá aplicativo semelhante a esses que usamos na vida pessoal. O motorista é chamado pelo aplicativo, faz o deslocamento e o ministério pagos apenas pelo serviço prestado. Isso traz uma economia brutal para os cofres públicos”, disse o secretário (ABr)

Terça-feira, 15 de outubro ás 12:01