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15 de setembro de 2017

PALOCCI CITA PAGAMENTO DE PROPINA DA CAMARGO CORRÊA A GLEISI HOFFMANN




O ex-ministro Antônio Palocci conta em sua proposta de acordo de delação premiada que a anulação das provas da Operação Castelo de Areia, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), rendeu R$50 milhões ao PT, pagos pela empreiteira Camargo Corrêa. Ele diz que parte desse dinheiro foi entregue Gleisi Hoffmann (PR), que seria eleita senadora. Ela é a atual presidente do Partido dos Trabalhadores. A informação é da revista Veja.

A construtora Camargo Corrêa era o principal alvo da Operação Castelo de Areia, que investigou supostos crimes financeiros e lavagem de dinheiro. A operação chegou ao fim em abril de 2011, quando foi anulada pela 6ª Turma do STJ. A ministra relatora, Maria Thereza de Assis Moura, entendeu que o processo deveria ser anulado porque as provas foram obtidas de fontes anônimas. Seu voto foi acolhido por unanimidade. "A delação anônima serve para o início das investigações de forma que a autoridade policial busque provas, mas não serve para violação de qualquer direito fundamental do ser humano", afirmou o desembargador (convocado ao STJ) Celso Limongi. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu ao Supremo Tribunal Federal, mas em 2015 o ministro Luís Barroso rejeitou o recurso.

Entre os políticos citados na Operação Castelo de Areia estavam o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, principal alvo da Operação Caixa de Pandora, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que cumpriria pena de prisão por seu envolvimento em outro escândalo, o Mensalão.

Sexta-feira 15 de setembro, 2017 ás 12hs00

14 de setembro de 2017

PF CUMPRE MANDADO DE BUSCA NO APARTAMENTO DE BLAIRO MAGGI EM BRASÍLIA




A Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão, nesta quinta-feira, 14, na residência do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em Brasília, por determinação do ministro Luiz Fux, relator no Supremo Tribunal Federal da operação que investiga delações do ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa.

A residência de Maggi fica na 309 Sul, onde se localizam os apartamentos dos senadores, em Brasília. Ele é investigado na acusação de integrar organização criminosa, após ter sido citado na delação premiada do ex-governador do PMDB-MT. O pedido de busca, acatado por Fux, é da Procuradoria-Geral da República.

Segundo Silval, Maggi teria participado de um esquema de corrupção no Mato Grosso, onde o ex-ministro também foi governador. Em delação, Silval contou ao Ministério Público Federal (MPF) que o senador Cidinho Santos (PR-MT) prometeu ajuda de Maggi, além do governador de Mato Grosso, Pedro Taques, e do senador Wellington Fagundes (PR-MT) para que ele não fizesse o acordo de delação. A colaboração acabou homologada em agosto desde ano pelo ministro Fux.

Outros mandados

Além da casa de Blairo Maggi, a PF cumpre mandados no gabinete do deputado Ezequiel Fonseca (PP-MT) na Câmara. Diligências também são realizadas em São Paulo e no Mato Grosso. No total, são cumpridos mandados em 64 endereços.

O ministro Luiz Fux determinou buscas na casa e no gabinete do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB). Ele foi gravado com Silval recebendo maços de dinheiro, que guardou nos bolsos.

Fux determinou também o afastamento de conselheiros do Tribunal de Contas do Mato Grosso.

Quinta-feira 14 de setembro, 2017 ás 08hs00

13 de setembro de 2017

POLÊMICA SOBRE DISTRITÃO PERSISTE E AMEAÇA VOTAÇÃO DA REFORMA POLÍTICA




Deputados tentam chegar a um entendimento mínimo para votar duas propostas da reforma política nesta semana, mas as divergências em torno do chamado distritão podem atrasar a votação do tema a tal ponto que inviabilize sua tramitação a tempo no Senado.

Segundo duas fontes que acompanham as negociações, ainda não há acordo sobre o sistema eleitoral, mas há forte movimentação de um grupo de aproximadamente 100 deputados, comandados pelo líder do PP, Arthur Lira (AL), para que ele seja aprovado.

Esse grupo, inclusive, ameaça não votar nenhum outro ponto da reforma caso o distritão não seja aprovado.

Por isso mesmo, lideranças e representantes de partidos estavam reunidos na liderança do governo na Câmara por volta das 21h, na tentativa de chegar a um consenso mínimo.

Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que iniciaria a votação pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77, justamente pelo trecho que trata da mudança do sistema eleitoral para a escolha de deputados e vereadores.

Depois, passaria à análise de outra PEC, a 282, que proíbe as coligações e estabelece uma cláusula de desempenho.

Antes, no entanto, o plenário da Câmara precisa analisar duas medidas provisórias e ainda assim manter seu quórum suficientemente alto. Para aprovação de uma PEC são necessários os votos de 308 dos 513 deputados.

Maia tem adotado a postura de aguardar um quórum próximo a 450 deputados para iniciar a votação de uma PEC.

A ideia, segundo outras duas fontes, era tentar iniciar a votação da reforma política nesta terça, encerrá-la na quarta-feira, e depois passar ao Refis.

Mas diante da falta de acordo, o mais provável é que comecem as votações pela PEC 282, deixando a medida que trata da renegociação de dívidas tributárias, o Refis, para a próxima semana.

Duas lideranças que participam da reunião não descartam, no entanto, que as votações de quarta-feira sejam iniciadas pelo Refis.
(Reuters)

 Quarta-feira 13 de setembro, 2017 ás 11hs00

ROLLEMBERG DISCUTE PROJETO DE REFORMA PREVIDENCIÁRIA COM SETOR PRODUTIVO

O governador Rodrigo Rollemberg se reúne com representantes do setor produtivo para discutir o projeto de lei complementar que trata da reforma no sistema previdenciário do DF, nesta segunda (11/09).

Enquanto permanece a decisão judicial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) de suspender a votação da matéria, o GDF continua a agenda de articulações para aprovar a proposta que une os fundos de pagamento de aposentadorias, que é a atual prioridade do governo do DF.

No domingo (10/09), o Executivo entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal contra a decisão do TJ, alegando que o projeto obedece a todos os ritos estabelecidos pelo Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O governo afirma ainda que sem a aprovação da medida, o governo terá que parcelar salários e tomar outras medidas para suprir os déficits do orçamento.

A votação do texto na Câmara Legislativa aconteceria na última terça (5), mas foi adiada por uma liminar deferida pelo desembargador Waldir Leôncio Júnior.

Entenda

O projeto de lei que altera o sistema previdenciário da capital quer unir os dois fundos previdenciários – financeiro e capitalizado – geridos pelo Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do DF (Iprev).

Atualmente, o fundo financeiro, composto por servidores que ingressaram no serviço público antes de 2006, tem um déficit de R$ 2,1 bilhões. Já o fundo capitalizado – dos funcionários públicos que ingressaram após 2006 – tem superávit de R$ 3,7 bilhões, já que o número de aposentados neste fundo é menor.  O projeto também limita o teto do INSS, atualmente em R$ 5.531,31.

Quarta-feira 13 de setembro, 2017 ás 11hs00