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Amigos SP

3 de junho de 2013

O QUE FILIPPELLI NÃO DISSE EM SUAS ENTREVISTAS




A boa sabedoria recomenda que primeiro devemos fazer o melhor por nós, pois ninguém fará isso se não perceber em nós esforços para vencer as adversidades. Talvez seja esta a razão pela qual o vice-governador Tadeu Filippelli, comandante-chefe dos peemedebistas brasiliense, tenha concluído ao constatar que o governo de Agnelo Queiroz está cada vez mais se distanciando do povo. Ao responder a pergunta da jornalista Ana Maria Campos, do “Correio Braziliense”, na semana passada, se “existe uma pressão para o PMDB lançar candidato a governador no DF”? Filipelli foi enfático: “Existe no PMDB nacional, em todos os aspectos possíveis. O PMDB tem uma aliança com o PT, muito bem cuidada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, de forma muito respeitosa e elegante, mas às vezes o que se nota são algumas dificuldades regionais, uma questão de consciência de que a forma de o PT fazer política não poupa alguns correligionários”.

Pronto. O que era só especulação da mídia de que o “monge beneditino” mantinha voto de silêncio por mais de dois anos, veio à tona em forma de recado e não de ameaça. O PMDB, como antecipado pelo Jornal Opção em várias análises desde o ano passado, quando o governo de Agnelo dava sinais de que não sairia dos 10 a 15% na aprovação, de que o PMDB poderia costurar uma aliança e ter candidatura própria, muita gente torceu o nariz. Isso quando no cenário nacional, ainda não havia rusgas entre PT e PMDB acirradas a partir da eleição das duas casas no Congresso.

A característica do PT é de ser o donatário de tudo de bom que o país realizou. Nunca admitiram que foi graças a ação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, juntamente com o PMDB, DEM, PTB, PR e tantos outros partidos, que o Brasil alcançou estabilidade e pode crescer. Agora que o PMDB domina o Congresso e os petistas não fazem o que bem entendem, começam a hostilizar seu principal aliado, colocando a reeleição da presidente Dilma Rousseff na zona de perigo. Filippelli já sabia disso desde o ano passado, mas manteve silêncio de monge. Ele não seria e não deseja ser o coveiro da aliança PT-PMDB no Distrito Federal, mas também não pode se permitir ser tratado como aliado de segunda linha. Este é um dos motivos que o leva a construir um novo eixo político, mais de centro, já que a divisão das esquerdas tende a implodir a reeleição de Agnelo. Outro ponto que Filippelli não disse, até porque não lhe foi perguntado, é sobre a construção de um novo grupo político, fora dos nomes tradicionais que disputam a Câmara Legislativa. Ele almeja fazer uma bancada de, no mínimo, cinco deputados distritais e dois federais. Ele já tem alguns possíveis puxadores de votos, mas mantém guardado no cofre de silêncio.

Agnelo pode perder também o apoio do PTB, do senador Gim Argello, outra liderança que foi expurgada da aliança petista. Gim necessita – e trabalha com força – de segurança para construir sua reeleição e o PT já deu sinais de ele está fora, preferindo um candidato do PT. A conversa com Filippelli está avançada e esta semana, o ex-governador Joaquim Roriz entra nas discussões podendo costurar um acordo. Como ainda falta um ano e meio para a eleição, provavelmente, nada será decidido agora. Enquanto isso, Gim, Filippelli, Roriz, Paulo Octávio e José Roberto Arruda conversam muito tentando um acordo que forje estas alianças.

Fonte: Jornal Opção edição 1978 de 2 a 8 de junho de 2013

Segunda – feira 03 de junho

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