O
ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende, do PMDB, é um articulador do primeiro time
e, como tal, não trabalha apenas com um cenário para a disputa do governo de
Goiás em 2014. A um ano e quatro meses das eleições, o peemedebista-chefe
elabora pelo menos três cenários.
O plano “A” (ou Plano “I” — de Iris) obedece o resultado das pesquisas, que apontam Iris como favorito disparado, à frente tanto do governador Marconi Perillo quanto dos empresários Júnior do Friboi e Vanderlan Cardoso e do deputado federal Ronaldo Caiado. Os peemedebistas mais velhos — chamados de “iristas ortodoxos” pela jovem guarda — não abrem mão: o ex-prefeito da capital deve ser candidato. Entre eles estão Lázaro Barbosa, Genésio de Barros e Kid Neto.
O Plano “B” (ou Plano “P” — de Paulo) de Iris é o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. O peemedebista avalia que o petista é leal e, como ele, antimarconista de fato e não circunstancial. Enquanto o prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, do PT, e o de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, do PMDB, mantêm uma convivência harmoniosa com o governador Marconi Perillo, do PSDB, Paulo Garcia guarda uma distância protocolar. Com o prefeito de Goiânia candidato a governador, Iris, para alavancá-lo, iria para o Senado — possivelmente com Júnior do Friboi na vice.
Paulo e Iris estão irmanados. O projeto de um está ligado ao projeto do outro. Por isso, é provável que um dos dois deve ser candidato a governador da base da presidente Dilma Rousseff em Goiás. Mas tanto Iris quanto Paulo contam com um Plano “C”. Júnior do Friboi não é carta fora do baralho. O peemedebismo de Iris e o petismo de Paulo podem bancá-lo. Mas ele precisa preencher alguns requisitos. Primeiro, precisa crescer nas pesquisas. Segundo, tem de parar de avaliar que todo mundo quer apoiá-lo porque tem dinheiro. Terceiro, precisa adquirir mais consistência em termos de ideias.
Fonte: Jornal Opção edição 1977 de 26 de maio a 1º de junho de 2013
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