De acordo com os dados do documento, relativamente à exposição a "riscos climáticos severos resultantes das alterações climáticas", o sudeste da Ásia e a América Latina provavelmente serão "os mais suscetíveis a condições de seca". Por outro lado, muitos países no Norte e no leste da Europa, devem sofrer mais impactos devido a chuvas intensas e inundações.
O Índice de Economia do Clima, apresentado no relatório, indica que "muitas economias avançadas no Hemisfério Norte são menos vulneráveis aos efeitos gerais das alterações climáticas, estando menos expostas aos riscos associados e com melhores recursos para lidar com isso". Os EUA, o Canadá e a Alemanha, por exemplo, estão entre os dez países menos vulneráveis aos impactos da crise climática, tanto em nível ambiental e de saúde da população quanto em nível econômico. Portugal também aparece nos primeiros lugares como um dos países menos vulnerável a impactos físicos das alterações climáticas.
Essas descobertas, avisa a Oxfam, fazem sobressair a necessidade de as nações reduzirem as emissões de carbono mais rapidamente.
"A crise climática estão devastando vidas nos países mais pobres, mas as economias mais desenvolvidas do mundo não estão imunes", afirma no relatório o CEO da Oxfam GB, Danny Sriskandarajah.
"O governo do Reino Unido tem uma oportunidade única numa geração de liderar o mundo em direção a um planeta mais seguro e habitável para todos", acrescentou. "Deve forçar todos os tendões diplomáticos para garantir o resultado mais forte possível no G7 e na COP26 e liderar pelo exemplo., transformando promessas em ações e revertendo decisões autodestrutivas, como a proposta da mina de carvão em Cumbria e cortes na ajuda internacional".
Já Jerome Haegeli, economista-chefe do grupo Swiss Re, considera que "as alterações climáticas são o risco número um de longo prazo para a economia global, e ficar onde estamos não é uma opção - precisamos de mais progresso por parte do G7".
Isso significa "não apenas obrigações de reduzir o CO2, mas também ajudar os países em desenvolvimento".
Segundo Haegeli, também a distribuição de vacinas contra a covid-19 é uma forma de ajudar os países em desenvolvimento, "já que as suas economias foram duramente atingidas pela pandemia e precisariam de ajuda para se recuperar num caminho verde, em vez de aumentar os combustíveis fósseis".
A Swiss Re concluiu que as políticas e as atuais promessas dos governos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa ainda são inadequadas para cumprir as metas do acordo de Paris. (RTP)
Segunda-feira, 07 de junho, 2021 ás 13:02
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