"NÃO HÁ DEMOCRACIA ONDE O VOTO É OBRIGATÓRIO"

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Amigos SP

7 de julho de 2016

O GOVERNO DO PT CONTINUA



A impávida imagem da presidente licenciada Dilma Rousseff continua firmemente pregada nas paredes das repartições públicas federais, às costas das mais graduadas autoridades da República, como que para recordar a todos que ela e seu partido, o PT, podem parecer que estrebucham mas que, na verdade, estão vivinhos da silva.

O presidente Michel Temer avança com confiança e cautela.  Assumiu o poder com ânimo republicano e parece decidido a mudar o País.  Acredita, mesmo, que já começou a recolocar o Brasil de volta nos trilhos da racionalidade e do progresso. No mundo real, contudo, as coisas não são tão simples assim.

Na Esplanada dos Ministérios, a grande massa dos assessores ocupantes dos chamados cargos de confiança, ou é filiada ao Partido dos Trabalhadores e partidos aliados, ou deles são simpatizantes entusiasmados. Essa massa de funcionários – a maior parte dos quais com duvidosa qualificação e sem ter se submetido a concurso público – não quer largar o osso, e, portanto, não se entusiasma com Temer no poder. Muito pouca gente sente dever-lhe lealdade.

Mesmo em ministérios e repartições das chamadas carreiras de Estado, funcionários que rastejaram aos pés do PT e a ele foram vergonhosamente subservientes, em troca de migalhas, buscam apresentar-se agora como probos, sérios e isentos. Esses, não saberá talvez Temer, são os piores, pois são os que apunhalam pelas costas, traindo sem pestanejar seus chefes, desde que um outro lhes venha oferecer migalhas maiores.

O ensinamento básico de Maquiavel é que o governante que pretenda sucesso deve fazer as coisas más numa só tacada, e fazer as boas aos poucos. Manter em cargos de destaque integrantes ou simpatizantes do PT, ou seus lambe-botas, é, por exemplo, uma besteira inominável.

Também é inadequado anunciar-se que medidas duras serão tomada, ao invés de anuncia-las de imediato. Muita falação cria desnecessariamente um clima negativo quando o importante seria o restabelecimento da confiança e do otimismo.

Na esfera econômica tem-se feito alguma laudação, mas grandes incertezas pairam ainda no ar. A dificuldade para a definição da meta de resultado primário para 2017 é uma delas, e muito grave. Ter com meta para o ano que vem um déficit tão polpudo como o que será registrado em 2016 é simplesmente inaceitável.

Caso não faça alguma coisa, rápida, efetiva e vigorosa, a equipe econômica muito em breve começará a trilhar o caminho da perda de credibilidade de seus predecessores. A sociedade não compartilha com o ministro Eliseu Padilha a posição de que um déficit primário de 170 bilhões de reais em 2017 seria uma coisa ótima. Não é ótima, é péssima!

O Diário do Poder traz hoje matéria sobre o aparelhamento da Autoridade Pública Olímpica pelo PT e pelo PCdoB, recordando que o próprio presidente da APO foi escolha de Aloizio Mercadante.  Não é à toa que seja forte a torcida para que as coisas dêm errado com os jogos Rio 2016.

O PT continua também a mandar na máquina de comunicação do governo federal, tendo o controle da EBC.

E assim se pode constatar em toda a Esplanada, ministério por ministério; secretaria por secretaria, onde do segundo escalão para baixo muitas vezes a torcida pelo regresso de Dilma é escancarado. Ninguém quer o fim das boquinhas...e das boconas.

Por: Pedro Luiz Rodrigues

Quinta-feira, 07 de julho, 2016


6 de julho de 2016

POSTULANTE A CANDIDATO PODE FAZER PROPAGANDA INTRAPARTIDÁRIA NOS 15 DIAS ANTERIORES À CONVENÇÃO




Se algum partido marcou a sua convenção partidária para o dia 20 de julho, os postulantes a candidatos pela legenda podem, a partir desta terça-feira (5), fazer a sua propaganda intrapartidária, visando a sua escolha como candidato a prefeito, vice-prefeito ou vereador nas eleições de outubro. As convenções dos partidos para deliberar sobre coligações e escolha de candidatos devem ocorrer de 20 de julho a 5 de agosto.

Isto porque para aqueles que almejam ser candidatos, a lei eleitoral permite que façam propaganda intrapartidária, nos 15 dias anteriores à convenção do partido, com o objetivo de promover a indicação de seu nome.

Eles podem inclusive colocar faixas e cartazes em local próximo à convenção, com mensagens dirigidas aos convencionais. É proibido, no entanto, o uso de rádio ou televisão e de outdoor. As regras eleitorais determinam que essa propaganda deve ser imediatamente retirada logo após o evento. 

Fonte: Assessoria de Comunicação TSE

Quarta-feira,06 de julho, 2016

TEMER RECEBE SENADORES E PROMETE DESTRAVAR OBRAS



A pouco menos de dois meses da votação definitiva do impeachment no Senado, o presidente em exercício, Michel Temer, dedicou a maior parte do dia na terça-feira(5), para receber parlamentares no Palácio do Planalto, incluindo 13 senadores. O peemedebista tratou com os congressistas de obras em suas bases eleitorais.

Do grupo de senadores que passou pelo Planalto, pelo menos sete deles se apresentam como "indecisos" ou não quiseram responder à pesquisa Estado que aponta quem apoia e quem é contra a saída definitiva da presidente afastada Dilma Rousseff.

A ideia de Temer é concluir as obras que estão perto do fim e que necessitam de baixo desembolso de recursos, da ordem de R$ 100 mil, R$ 200 mil ou R$ 300 mil. Com isso, o presidente em exercício beneficiaria pequenas e médias cidades, atendendo senadores - que serão decisivos para garantir a sua permanência no cargo - e seus prefeitos nas eleições de outubro.

O governo está dando prioridade à finalização de construção de Unidades de Pronto Atendimento, creches, escolas e postos de saúde.

Na semana passada, quando comandou a primeira reunião do núcleo da infraestrutura, o presidente em exercício já havia determinado à equipe econômica que fizesse um levantamento das obras paradas e inacabadas para que possam ser finalizadas, com baixo desembolso de recursos.

Na terça-feira(5), o assunto foi tratado na reunião de Temer com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros sete senadores. No encontro, ficou acertado que no início de agosto haverá uma nova reunião para que sejam definidas algumas prioridades dos Estados e municípios.

Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento farão uma lista das obras prioritárias. O Senado também montará um grupo parlamentar para apresentar as suas prioridades.

O peemedebista tem dedicado boa parte da sua agenda a atender congressistas. Segundo auxiliares, o presidente em exercício costuma telefonar para os parlamentares para "dar uma atenção".

Temer também decidiu atuar diretamente no atendimento de demandas dos deputados e senadores. A ofensiva serve para que o presidente em exercício faça reuniões com os parlamentares.

Indecisos

Temer, por exemplo, recebeu a bancada do PPS. Entre os parlamentares estava o senador Cristovam Buarque (DF), que aparece como indeciso em relação ao impeachment de Dilma. Temer ouviu do parlamentar, que já foi ministro da Educação no governo Lula propostas para a área. O presidente em exercício fez questão, ainda, de ampliar o número de senadores presentes e abrir para a imagem o encontro que teve com Renan Calheiros, para prestigiar os parlamentares.

O senador Otto Alencar (PSD-BA), outro "indeciso", foi convidado a participar do encontro. Da mesma forma, estiveram no encontro senadores que dizem não saber ainda como votar no impeachment, como Omar Aziz (PSD-AM), Acir Gurgacz (PDT-RO), Roberto Rocha (PSB-MA), Wellington Fagundes (PR-MT) e Eduardo Braga (PMDB-AM).

Relatório

Na reunião, Temer recebeu das mãos do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que é presidente da Comissão de Obras Paradas, um relatório produzido pela Controladoria-Geral da União (CGU), atualizado até setembro de 2015, que aponta que os investimentos em empreendimentos atrasados, paralisados, inacabados e não iniciados totalizam R$ 79,721 bilhões. Deste total, já foram pagos R$ 19,085 bilhões.

Ataídes afirmou que Temer quer "tomar conhecimento" dessas obras, "verificar a prioridade delas nos Estados e municípios" e conversar com os governadores também sobre as prioridades deles.

A ideia do presidente, ainda de acordo com o senador, "é estabelecer uma verba mínima para destravar centenas de obras pelo Brasil afora". Acrescentou também que o presidente quer ver as obras que "demandam menor verba" e que são urgentes para a população como as UPAS, hospitais, escolas e creches.

Esta liberação de recursos, naturalmente, acabaria também por beneficiar o PMDB que tem o maior número de prefeitos do País: 1.024 das 5.568 prefeituras, 18,4% do total, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral. (AE)
Quarta-feira, 06 de julho, 2016