"NÃO HÁ DEMOCRACIA ONDE O VOTO É OBRIGATÓRIO"

Se ainda não é, seja nosso novo seguidor

Amigos SP

14 de julho de 2016

CIDADÃOS PODERÃO DENUNCIAR CAIXA 2 E COMPRA DE VOTOS EM APLICATIVO DA OAB



Eleitores poderão denunciar compra de votos, suspeitas de caixa 2 e outras irregularidades eleitorais   por meio de um aplicativo de celular. O instrumento é uma das medidas do Comitê de Combate ao Caixa 2 nas eleições de 2016, lançado Quinta-feira (14) na Ordem dos Advogados do Brasil/Seção Rio de Janeiro (OAB/RJ) para ajudar o cidadão a acompanhar mais ativamente o processo eleitoral e a legalidade dos recursos e gastos de cada candidato.

O aplicativo Contra o Caixa 2 pode ser baixado gratuitamente para telefones com sistemas operacionais Android ou iOS. Desenvolvido pela empresa do vice-presidente da OAB/Montes Claro, Herbert Alcântara, o aplicativo possibilita colher e armazenas provas documentais e encaminhá-las à ouvidoria da OAB, que a partir dos dados fornecidos, vai analisar as provas e decidir sobre o oferecimento ou não de denúncia.

Toda seção tem um comitê físico de recebimento de denúncia. Este comitê recebe as denúncias, faz a análise e a triagem e, caso julgue procedente, encaminha as denúncias para os órgãos competentes para dar prosseguimento a elas”, disse Alcântara.

Segundo ele, como muitas pessoas têm dificuldade de chegar pessoalmente aos comitês da OAB ou têm medo de fazer as denúncias temendo represálias, o aplicativo oferece a alternativa de que as denúncias sejam feitas de forma anônima.

Além de garantir o anonimato, o aplicativo facilita e aproxima o cidadão dos órgãos envolvidos com a lisura do processo eleitoral, sendo uma ponte entre ele e a OAB.”

A empresa de Alcântara está desenvolvendo um aplicativo nos mesmos moldes para fiscalizar a fraudes na atividade pública em geral, como desvio de recursos, abuso de poder, superfaturamento e outras irregularidades.

Caixa 2

No Rio de Janeiro, a ação contra irregularidades eleitorais conta com o apoio das 63 unidades regionais da OAB no estado. O presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz; o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro, Antônio Jayme Boente, além de outras autoridades da Justiça Eleitoral, do Ministério Público e da Procuradoria-Geral da República participaram do lançamento nesta quinta-feira.

A iniciativa cria, a partir da utilização do aplicativo, e a partição do MP e do TRE, uma grande rede na advocacia possibilitando um processo mais eficaz de acompanhamento do processo eleitoral para que as regras sejam efetivamente respeitadas e o Brasil não tenha que passar pelo que está passando hoje” disse Santa Cruz.

Segundo o presidente da OAB/RJ, a campanha também busca conscientizar a população sobre condutas irregulares no processo eleitoral. “A OAB obteve, no ano passado, importante vitória no STF [Supremo Tribunal Federal] ao proibir o financiamento de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais. Agora, o objetivo é ampliar a vigilância cívica e orientar todos nós, da sociedade civil, sobre o valor do voto.”

Santa Cruz disse também que coibir o caixa 2 é necessário para reduzir a “influência do dinheiro” nas eleições. “Basicamente, o dinheiro é que desequilibra uma eleição. Se um candidato tem milhões e o outro não, eles não estão competindo em igualdades de condições. E um dinheiro declarado tem regras. Pode até ser que um candidato tenha mais recursos que o outro, porque representa um grupo maior da sociedade, agora é preciso que isto esteja declarado, dentro da prestação de contas e que seja fiscalizado pela sociedade”, analisou.

O caixa 2 nada mais é que o dinheiro ilegal que abastece campanhas em troca de favores mais á frente. Nós pretendemos, com esta iniciativa, fiscalizar tudo que seja destoante. É preciso afirmar para a sociedade que um modelo eleitoral feito de forma descuidada ou ilegal vai desembocar em uma política com mais corrupção”, completou o advogado. (EBC)

Quinta-feira, 14 de julho, 2016

12 de julho de 2016

O VOO DOS TUCANOS





Com o PT posto em frangalhos e o PMDB no poder sem poder pensar na sua preservação depois do período Michel Temer, seria hora do outro lado começar a pensar no futuro. Afinal, 2018 não parece tão longe assim. Tudo indica que o PSDB terá alguma chance, depois que Fernando Henrique Cardoso desceu a rampa do Planalto, treze anos atrás.

O problema é que ao contrário do PMDB, que carece de nomes para a próxima sucessão presidencial, os tucanos tem três: Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra.

Não dá para desde já selecionar um favorito. Claro que Aécio dispõe de uma espécie de direito adquirido, já que disputou a última eleição e não saiu-se mal, apesar de derrotado. Sua força está no passado, ainda que diante da necessidade de cuidar do futuro. Precisa, o mais rápido possível, definir seu novo perfil. Que propostas tem para o novo governo? Se for a mesma de Michel Temer, com tanta impopularidade garantida, corre o risco da rejeição.

Geraldo Alckmin dispõe de São Paulo em sua retaguarda. Não trás propriamente mudanças, sua mensagem até se acopla aos planos de Michel Temer. Como sensibilizar a massa trabalhadora que já apoiou o PT, fator essencial em qualquer hora ou situação?

José Serra corre por fora, mas também próximo do modelo neoliberal. Apresenta como vantagem a eficiência, mas difere muito pouco de Aécio e Alckmin, no particular.

Haveria no ninho tucano mais alternativas? Há quem suponha a ascensão de outros, como Aloysio Nunes Ferreira, mas não parece fácil.

A primeira necessidade, para o PSDB, é a união. Um dos três precisará contar com o apoio dos outros. Saltar de banda ou dedicar-se a uma aventura equivalerá a desandar o objetivo hoje definido, da conquista do poder.

Por: Carlos Chagas

Terça-feira, 12 de julho, 2016