Com
o PT posto em frangalhos e o PMDB no poder sem poder pensar na sua preservação
depois do período Michel Temer, seria hora do outro lado começar a pensar no
futuro. Afinal, 2018 não parece tão longe assim. Tudo indica que o PSDB terá
alguma chance, depois que Fernando Henrique Cardoso desceu a rampa do Planalto,
treze anos atrás.
O
problema é que ao contrário do PMDB, que carece de nomes para a próxima
sucessão presidencial, os tucanos tem três: Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José
Serra.
Não
dá para desde já selecionar um favorito. Claro que Aécio dispõe de uma espécie
de direito adquirido, já que disputou a última eleição e não saiu-se mal,
apesar de derrotado. Sua força está no passado, ainda que diante da necessidade
de cuidar do futuro. Precisa, o mais rápido possível, definir seu novo perfil.
Que propostas tem para o novo governo? Se for a mesma de Michel Temer, com
tanta impopularidade garantida, corre o risco da rejeição.
Geraldo
Alckmin dispõe de São Paulo em sua retaguarda. Não trás propriamente mudanças,
sua mensagem até se acopla aos planos de Michel Temer. Como sensibilizar a
massa trabalhadora que já apoiou o PT, fator essencial em qualquer hora ou
situação?
José
Serra corre por fora, mas também próximo do modelo neoliberal. Apresenta como
vantagem a eficiência, mas difere muito pouco de Aécio e Alckmin, no
particular.
Haveria
no ninho tucano mais alternativas? Há quem suponha a ascensão de outros, como
Aloysio Nunes Ferreira, mas não parece fácil.
A
primeira necessidade, para o PSDB, é a união. Um dos três precisará contar com
o apoio dos outros. Saltar de banda ou dedicar-se a uma aventura equivalerá a
desandar o objetivo hoje definido, da conquista do poder.
Por:
Carlos Chagas
Terça-feira,
12 de julho, 2016
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