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22 de julho de 2016

TCM DIVULGA OS PREFEITOS E VEREADORES COM MAIORES SALÁRIOS



 
O maior salĂĄrio entre os prefeitos: R$26.000,00
Relatório feito pelo Tribunal de Contas dos Municípios revela a quantas anda o salårio que o contribuinte paga aos prefeitos e vereadores nos municípios. Ao contrårio do que se pensa, Goiânia não Ê a cidade que melhor remunera os membros do Legislativo e do Executivo. O prefeito de Luziânia, Cristovão Turmin (PTB) Ê quem tem o maior salårio entre os demais 245 alcaides do Estado. Seu contracheque registra o vencimento de R$ 26.000,00. O segundo maior salårio entre os prefeitos Ê de Jardel Sebba (PSDB), que governa Catalão: R$ 24.576,44, em seguida estå o prefeito de Nova Crixås, Orlando Naziozeno com R$ 24.000,00.

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), é apenas o oitavo maior salário, com R$ 20.752,02. À sua frente estão os prefeitos de Uruaçu, Solange Bertulino-PMDB (R$ 22.000,00); Caiapônia, Argemiro Rodrigues Santos Neto PMDB(R$ 21.156,33); Iporá, Danilo Gleic (PSDB) com R$ 21.156,33 e de Mineiros, Agenor Rezende-PMDB (R$ 21.112,00).

Aparecida de Goiânia Ê quem melhor remunera os seus vereadores em Goiås, cada edil recebe R$12.025,20. Os seus colegas de Goiânia têm vencimentos de R$ 11.098,34, enquanto os de Luziânia e de Trindade, têm proventos de R$ 10.021,00, respectivamente.

O portal DiĂĄrio de GoiĂĄs publicou a lista e conversou com alguns prefeitos, um deles foi Cristovam Turmin (PTB). O prefeito de Luziânia disse que seu salĂĄrio  e o dos vereadores foi fixado por votação da Câmara Municipal em votação no ano de 2012, ou seja, o ano da eleição, antes que tomasse posse. “Como exemplo podemos citar: o salĂĄrio de Presidente da RepĂşblica segue a mesma regra, sendo fixada pelos Deputados Federaisna legislatura anterior. O Prefeito CristĂłvĂŁo esclarece ainda que no primeiro ano de seu mandato fez documento em que abre mĂŁo de 20% dos seus vencimentos mensais”, disse Turmin.

Mais quais as regras fixação dos salĂĄrios de vereadores e prefeitos? Se o critĂŠrio for a arrecadação do municĂ­pio, ĂŠ possĂ­vel estabelecer uma relação entre as cidades mais ricas e os maiores salĂĄrios e assim, pela ordem, Goiânia, que responde por cerca de 40% da arrecadação do Estado, embora no bolo de distribuição de ICMS – Imposto por Circulação de Mercadorias e Serviços, seja uma das cidades mais prejudicadas. AnĂĄpolis, Aparecida de Goiânia, CatalĂŁo e Itumbiara, onde estĂŁo instalados polos industriais, tambĂŠm registram grande arrecadação, o que, em tese, justificaria o rendimento dos representantes polĂ­ticos.

Mas o que dizer dos municĂ­pios do Entorno de BrasĂ­lia, onde, segundo dados da SEFAZ (Secretaria da Fazenda), ainda tĂŞm arrecadação baixa?   Segundos dados de 2012, Águas Lindas de GoiĂĄs tem o pior resultado na divisĂŁo ICMS/habitante: R$ 21,95. O valor corresponde ao total arrrecadado  em 2012(: R$ 3.676.436,40) divididos pela população Ă  ĂŠpoca em 167.477. O mesmo quadro se repete em Luziânia, cuja população de  179.582 registrou um ICMS per capita de R$ 221,68 diante de uma arrecadação de  ICMS  em  2012 de R$ 39.810.398,84.

A lei prevê que os vencimentos dos prefeitos e vereadores devem ser fixados pela Câmara Municipal no ano anterior à próxima legislatura, assim em 2016, alÊm do debate sobre a sucessão municipal, os eleitores podem estar propensos a discutir tambÊm os vencimentos de seus representantes. (Com informaçþes do TCM, SEFAZ e portal Diårio de Goiås)
POR Marcus Vinicius

VEREADORES E SERVIDORES DE FIRMINÓPOLIS DENUNCIADOS POR ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E PECULATO
 
Os denunciados são acusados de apropriação de valores de que tinham a posse em razão do cargo, bem como desviå-los em proveito próprio ou alheio, causando prejuízos aos cofres públicos

O promotor de Justiça Ricardo Lemos Guerra ofereceu denúncia contra 14 pessoas, a maioria vereadores ou ex-vereadores de Firminópolis, por associação criminosa e peculato, em razão de apropriação de valores de que tinham a posse em razão do cargo, bem como desviå-los em proveito próprio ou alheiro, causando prejuízos aos cofres públicos em proveito de alguns servidores do Legislativo tambÊm denunciados.

Respondem à denúncia o ex-presidente da Câmara Geraldo Aparecido da Silva e os ex-vereadores JosÊ Airton de Oliveira, Edilon Cândido Ribeiro, Edson JosÊ da Silva, Valdeson Felício Ferreira, Paulo Henrique Fernandes e Airton Donizetti de Oliveira. TambÊm foram denunciados os ex-presidentes da Câmara Sinval Pereira Gomes, Enoc David Tavares e o atual presidente do Legislativo municipal, Fåbio Moreira da Silva.

AlÊm dos membros do Legislativo, a denúncia alcança ainda o responsåvel pela Assessoria Contåbil da Câmara, Vilmar Araújo dos Santos, e os servidores Edson Lourenço Ferreira e Geraldo Euståquio de Oliveira.

De acordo com a denĂşncia, o primeiro grupo dos ex-parlamentares aprovou a Resolução n° 1/2012, que reestruturou o plano de cargos e salĂĄrios dos servidores, extinguindo-se os cargos de secretĂĄrio legislativo, entĂŁo ocupados por Edson Lourenço e Geraldo EustĂĄquio e transformando-os no cargo de analista legislativo, com elevação, assim, de sua referĂŞncia de R-38 para R-39. O plano, conforme apurado, foi arquitetado pelos ex-parlamentares Geraldo Aparecido, JosĂŠ Airton e Edilon Cândido, autores da norma, que foi aprovada e apoiada pelos demais denunciados, vereadores Ă  ĂŠpoca.

O promotor sustenta que ficou demonstrado que esses ex-parlamentares tinham a intenção de aprovar a resolução para beneficiar Edson e Geraldo. “Tanto que nĂŁo o fizeram por meio de lei, subtraindo a apreciação do chefe do Executivo, o qual poderia vetar o projeto de lei, impedindo o prejuĂ­zo aos cofres pĂşblicos”.

Os feitos da norma foram perpetuados atÊ abril de 2016, com a ciência e permissão, legitimando o pagamento de verbas salariais indevidas aos servidores, pelos ex-presidentes da Câmara Sinval, Enoc e o atual presidente, Fåbio Moreira. Toda a atividade contou com a participação do assessor contåbil Vilmar Araújo na atividade criminosa, para beneficiar ilegalmente os dois servidores com o aumento de nível na referência salarial e concessão de benefícios e gratificação em atÊ 25%.

Em decorrĂŞncia das gratificaçþes ilegais concedidas por meio da Resolução n° 1/2012, de acordo com apuração da autoridade policial, o esquema criminoso causou aos cofres pĂşblicos prejuĂ­zo de R$ 76.269,72.

Os beneficiĂĄrios
Edson Lourenço ĂŠ servidor da Câmara desde 1982 e, em 2008, começou a receber ilegalmente 20% de gratificação por ser portador de diploma de curso superior, mais gratificação e adicional de tempo de servidor, permitida pela Resolução n° 18/2008, que foi elaborada pelos denunciados Divino Pereira, ex-presidente da Casa; Edilon, vice-presidente Ă  ĂŠpoca e um secretĂĄrio do Legislativo. Posteriormente, a Resolução n° 1/2012 concedeu ao servidor a elevação na sua referĂŞncia salarial e manteve os benefĂ­cios irregulares.

Geraldo EustĂĄquio ĂŠ servidor da Câmara desde 1985 e, tambĂŠm por meio da Resolução n° 18/2008, teve reconhecido o direito de receber 20% de gratificação, bem como valores cujo porcentual nĂŁo se tem conhecimento, por estarem fora do estabelecido na norma. De acordo com a denĂşncia, ele foi favorecido pelo irmĂŁo, o vereador JosĂŠ Airton, que votou pela aprovação dessa norma.(DM)

TRAMA-SE UM GOLPE CONTRA ROLLEMBERG 

 
Derrubar governos que tenham dificuldade para formar maiorias no Legislativo pode se tornar uma moda no PaĂ­s, depois do mau exemplo que vem do plano federal, onde a presidente Dilma Rousseff estĂĄ sendo vĂ­tima de um golpe parlamentar.

Quem tambÊm estå na mira de forças golpistas locais Ê o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, segundo relata o jornalista HÊlio Doyle, em sua coluna no Jornal de Brasília.

"Não passa despercebido a muitos auxiliares do governador que no início do ano foi detectada uma mobilização, de alguns deputados distritais e federais e dirigentes sindicais, para viabilizar o impeachment de Rodrigo Rollemberg. Animados pelo processo contra a presidente Dilma Rousseff, esse grupo conversava sobre como aproveitar a onda e fazer o mesmo aqui", diz ele. "O principal pretexto para o impeachment seriam possíveis irregularidades no Iprev, o instituto de previdência dos servidores. Outros motivos poderiam ser buscados, mas o importante era criar na cidade um ambiente profundamente negativo para Rollemberg, que o deixasse isolado e vulneråvel."

Neste fim de semana, Rollemberg foi alvo das primeiras denĂşncias de seu governo, num grampo que envolveu o vice-governador Renato Santana, do PSD, que foi gravado por Marli Rodrigues, uma sindicalista da ĂĄrea da saĂşde. Na conversa, Santana fala de propinas na Secretaria de Fazenda do GDF e diz ter levado a denĂşncia a Rollemberg.

"NĂŁo foi sem motivo que, na conversa gravada por Marli Rodrigues, um dos participantes pergunta a Renato Santana se ele estĂĄ preparado para assumir o governo", lembra Doyle, em sua coluna.

RogĂŠrio Rosso na cena

Coincidência ou não, Santana Ê ligadíssimo ao deputado RogÊrio Rosso (PSD-DF), que presidiu a comissão de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados e poderia estar interessado em repetir a trama no Distrito Federal.

Ironicamente, o PSB adotou uma posição ambígua em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Embora Rollemberg jamais tenha adotado uma posição favoråvel ao afastamento de Dilma, assim como o governador da Paraíba Ricardo Coutinho, o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, foi amplamente favoråvel ao golpe. Mas se a moda chegar ao Distrito Federal, Siqueira terå que adotar um novo discurso. (Site 247)

SANTANA DIZ A MORO QUE MENTIU À PF PARA NÃO PREJUDICAR DILMA
 
Em seu primeiro depoimento diante do juiz da Lava Jato, o marqueteiro que atuou nas campanhas eleitorais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014) confessou que mentiu Ă  PolĂ­cia Federal quando depĂ´s aos investigadores em fevereiro deste ano, logo apĂłs ser preso pela Lava Jato, para ‘preservar’ a presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

Na ocasião, o marqueteiro disse que recebeu valores em contas no exterior referentes a campanhas para as quais ele trabalhou em outros países e negou que o dinheiro tinha relação com campanhas no Brasil. João Santana e sua mulher e sócia Mônica Moura vinham atuando nos últimos anos em campanhas petistas, mas tambÊm em campanhas presidenciais em outros países, sobretudo na AmÊrica Latina.

Nesta quinta-feira, 21, o casal negou sua prĂłpria versĂŁo inicial e admitiu ter recebido o caixa 2 de US$ 4,5 milhĂľes para quitar uma dĂ­vida da campanha de Dilma de 2010. JoĂŁo Santana citou trĂŞs fatores que, segundo ele, pesaram para que mentisse em seu primeiro depoimento Ă  PolĂ­cia Federal: o psicolĂłgico (o ‘susto’ da prisĂŁo, e ele diz que nĂŁo imaginava que seria preso), o “profissional” (queria manter o sigilo do contrato com o PT) e o “polĂ­tico”.

Em relação ao terceiro fator, Santana, que atuava como conselheiro de campanhas e estratĂŠgias eleitorais da petista, disse que nĂŁo queria “destruir a presidĂŞncia”, em um momento em que o impeachment de Dilma Rousseff o impeachment da petista era discutido na Câmara.

“Eu raciocinava comigo, eu que ajudei de certa maneira a eleição dela nĂŁo seria a pessoa que iria destruir a presidĂŞncia, trazer um problema. Nessa ĂŠpoca jĂĄ iniciava o processo de impeachment, mas ainda nĂŁo havia nada aberto, e sabia que isso poderia gerar um grave problema atĂŠ para o prĂłprio Brasil”, afirmou.

Assessoria de Dilma

A assessoria da presidente afastada Dilma Rousseff informou que nĂŁo iria se posicionar sobre o caso neste momento. (AE)

PROCURADOR QUE NÃO VIU PEDALADAS DE DILMA DENUNCIOU LULA E MAIS CINCO
O procurador que apresentou quinta-feira (21) a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inåcio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio Amaral e mais cinco acusados por obstrução à Justiça Ê o mesmo que, hå uma semana, entendeu não haver crime comum nas pedaladas da equipe do governo Dilma Rousseff. Na ocasião, ele deu um parecer e mandou arquivar procedimento para apurar as manobras contåbeis que foram um dos argumentos para embasar o processo de impeachment da petista que estå em curso no Senado.

Ivan Clåudio Marx, da Procuradoria da República no Distrito Federal, reiterou a acusação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o ex-presidente e outros investigados por tentar prejudicar a delação do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. A denúncia foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal em dezembro do ano passado, mas como Delcídio teve o mandato cassado ela foi remetida para a primeira instância judicial, no caso a Justiça Federal do Distrito Federal, e ficou a cargo de Marx como representante do MinistÊrio Público Federal.

O procurador acrescentou novos elementos à acusação, que estå em sigilo, e aguarda decisão do Judiciårio, que poderå ou não receber a denúncia e abrir ação penal contra o mais importante quadro do PT.

Defesa

Para o criminalista Conrado de Almeida Prado, que defende Bumlai, a ratificação da denúncia jå era esperada. Ele, afirma, contudo, que a defesa de Bumlai ainda não teve acesso nem a acusação nem ao aditamento apresentado pelo procurador Ivan Marx, que estå em sigilo. "Nosso cliente nega veementemente que tenha dado qualquer quantia em dinheiro para a família de Nestor Cerveró para eventual compra de silêncio dele, atÊ porque não havia nenhuma preocupação do Bumlai com algo que ele pudesse dizer", afirma Conrado.

Ele lembra que na outra ação em que Bumlai Ê rÊu, envolvendo um emprÊstimo do Banco Schahin ao PT por intermÊdio do pecuarista, o próprio Cerveró admitiu que nunca tratou do assunto com ele. "Cerveró não teria nada a dizer que prejudicasse o Bumlai", diz.

O advogado Damian Vilutis, que defende Maurício Bumlai, tambÊm disse que ainda não teve acesso ao teor da denúncia e que por isso não pose de manifestar sobre a acusação. Ele, porÊm, negou que tenha havido a compra de silêncio de Nestor Cerveró.

Pedaladas

HĂĄ uma semana, porĂŠm, no dia 14 de julho, o procurador Ivan Marx que agora processa Lula foi celebrado por militantes petistas ao entender que as pedaladas que justificam o processo de impeachment de Dilma nĂŁo configuram crime comum.

As pedaladas fiscais consistiram no atraso de repasses do Tesouro Nacional para que bancos públicos pagassem obrigaçþes do governo com programas sociais e emprÊstimos subsidiados. Por conta desses atrasos, as instituiçþes tiveram de honrar as despesas com recursos dos correntistas. Para o Tribunal de Contas da União (TCU), as manobras foram operaçþes de crÊdito ilegais entre os bancos e seu controlador, a União, pois não tiveram autorização Legislativa, como determina o Código Penal.

O procurador analisou seis tipos de manobras do governo Dilma após ouvir integrantes da equipe econômica, analisar auditorias do TCU e os documentos das operaçþes. Segundo ele, as manobras não se enquadram no conceito legal de operação de crÊdito ou emprÊstimo. Por isso, em seu entendimento, não seria necessårio pedir autorização ao Congresso. (AE)

JUSTIÇA HOMOLOGA DELAÇÃO DO EX-SENADOR GIM ARGELLO
 
A Justiça Federal do Paranå homologou na quinta-feira (21) o acordo de delação premiada do ex-senador Gim Argello, um dos presos na Operação Lava Jato. Ele estå detido em Curitiba desde abril.

Ex-líder do PTB no Senado, o ex-parlamentar atuava com desenvoltura no Congresso entre 2011 e 2014 e tinha acesso fåcil à cúpula de partidos como PMDB. De acordo com as investigaçþes, Gim agiu para evitar a convocação de empreiteiros na CPI mediante cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doaçþes eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação.

O ex-senador prestou depoimento aos investigadores da Lava Jato em dezembro do ano passado sobre as denúncias feitas contra ele pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e um dos delatores da Lava Jato. Segundo o empresårio, Gim recebeu R$ 5 milhþes da UTC para evitar convocação na CPI da Petrobras. Ainda de acordo com o depoimento do empreiteiro, o DEM ficou com a maior parte, R$ 1,7 milhão, o PRTB e o PMN receberam R$ 1,15 milhão cada e o PR, mais R$ 1 milhão. Esses partidos faziam parte da coligação pela qual Gim tentou, sem sucesso, se reeleger senador. (Site 247)

RECEITA FEDERAL VAI LEILOAR AVIÃO DA UNIVERSAL EM SP
 
A Receita Federal vai leiloar um aviĂŁo Cessna apreendido no Aeroporto Internacional de Viracopos. A aeronave, com oferta mĂ­nima de R$ 9 milhĂľes, ĂŠ um de centenas de itens, divididos em 65 lotes, que serĂŁo repassados a quem der o maior lance. Entre os objetos colocados Ă  venda estĂŁo tambĂŠm instrumentos musicais, toalhas, pen drives e atĂŠ discos de vinil.

O leilão acontece na próxima quarta-feira, dia 27, mas hoje Ê o último dia para quem quiser visitar os lotes colocados à venda. No caso do avião Cessna Citation X, ele pertencia à Igreja Universal do Reino de Deus e foi apreendido hå quatro anos, por falta de documentação.

Na Êpoca, foi dado um prazo para que os documentos fossem entregues, mas eles não foram apresentados, apesar do alto valor e da importância da aeronave. De acordo com a Cessna, o Citation X Ê o avião civil mais råpido do mundo, atingindo velocidade måxima de 1.127 quilômetros por hora (Mach 0,92, com um consumo de combustível baixo.

O avião conta com acessórios de luxo, como cozinha completa com refrigerador e forno de micro-ondas, alÊm de espaço para louças e talheres personalizados. O toalete Ê amplo, funciona tambÊm como um vestiårio e tem armårio para armazenar malas de viagem.

Comodidades

Os passageiros do avião têm à disposição telefones, aparelhos de Blu-ray e uma tela digital que apresenta informaçþes sobre velocidade, altitude e localização da aeronave no globo terrestre. O avião voa com dois motores Rolls-Royce com um sistema que controla o desempenho para os pilotos, sendo exigido bem menos deles durante os voos.

A Igreja Universal não se manifestou sobre o leilão, mas quem o comprar terå a documentação da aeronave legalizada pela Justiça. A visitação dos produtos pode ser feita no Terminal de Perdimento de Viracopos, das 9 horas às 12 horas e das 13 horas às 16 horas, mas Ê necessårio um agendamento prÊvio. (AE)


TEMER DÁ À OPOSIÇÃO COMANDO DE PROJETOS VINCULADOS À GESTÃO DE DILMA
 
O presidente em exercício Michel Temer tem feito acenos à oposição no Congresso Nacional para conseguir levar adiante projetos polêmicos ou vinculados à gestão da presidente afastada Dilma Rousseff. A estratÊgia do governo Ê destinar postos-chave em comissþes especiais a integrantes da oposição, ex-ministros ou parlamentares com bom trânsito no PT.

Sob a orientação do PalĂĄcio do Planalto, a lĂ­der do governo no Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES), coordenou a distribuição dos postos. “A oposição tem muito a contribuir, foi governo por 12 anos. Ontem, era majoritĂĄria no Congresso, hoje nĂŁo ĂŠ, mas amanhĂŁ pode ser novamente”, disse Rose, ao defender a participação do PT em matĂŠrias do governo Temer. O objetivo tambĂŠm ĂŠ diminuir a rivalidade criada durante o processo de impeachment.

De acordo com a lĂ­der do governo, a distribuição normalmente segue um sistema de rodĂ­zio, mas tem havido “negociaçþes e realocaçþes”. É o caso da medida provisĂłria que prorroga por trĂŞs anos a permanĂŞncia de profissionais estrangeiros no programa Mais MĂŠdicos, que foi enviada por Dilma e tem o apoio de Temer.

A relatoria da MP caberia, pelo rodĂ­zio, a um parlamentar do DEM, contrĂĄrio ao projeto. O governo preferiu, entĂŁo, cedĂŞ-la ao PT. Com isso, o projeto foi tocado pelo ex-lĂ­der do governo Dilma no Senado Humberto Costa (PT-PE), que conseguiu aprovar a proposta em apenas duas semanas na comissĂŁo especial formada por senadores e deputados.

A matÊria segue agora para o plenårio da Câmara dos Deputados e, depois, vai para o Senado. Rose de Freitas elogiou a atuação do petista, que tem ajudado a instalar as comissþes.

Costa tambÊm vai presidir a comissão especial da MP que extingue 4,3 mil cargos comissionados, alÊm de transformar outros 10 mil de Direção e Assessoramento Superiores (DAS) em funçþes exclusivas para servidores concursados.

O projeto ĂŠ do governo Temer, que espera economizar R$ 230 milhĂľes ao ano com a medida. Como se trata de uma questĂŁo trabalhista, o Planalto concordou que seria estratĂŠgico deixar a matĂŠria com o PT. TelmĂĄrio Mota (PDT-RR), que foi vice-lĂ­der do governo Dilma, serĂĄ o relator-revisor.

Ministros

O Palåcio do Planalto busca ainda o apoio da oposição para o projeto que cria o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e deve expandir as concessþes públicas.

Como a matĂŠria ĂŠ considerada polĂŞmica, o governo escalou para a vice-presidĂŞncia da comissĂŁo o ex-ministro do Desenvolvimento de Dilma Armando Monteiro (PTB-PE). A ideia inicial era que ele fosse o relator do projeto, mas, como essa ĂŠ considerada a MP mais importante para o governo, o Planalto preferiu deixar a relatoria dentro da base aliada.

Outro ex-ministro de Dilma que trabalha na articulação da base Ê o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que estå tocando a tramitação de três projetos de interesse do Planalto: a legalização dos jogos de azar no País, que pode render R$ 15 bilhþes aos cofres públicos por ano; a atualização da Lei de Licitaçþes, que pode facilitar a execução de obras públicas; e o reajuste do imposto sobre doaçþes e herança, no qual Bezerra tem trabalhado lado a lado com o líder da minoria, Lindbergh Farias (PT-RJ).

DivergĂŞncias

Apesar das concessþes à oposição, Costa alega que esse não foi o primeiro posicionamento do Palåcio do Planalto. Segundo ele, inicialmente, o presidente em exercício quis segurar todas as medidas provisórias dentro da base aliada, atitude reforçada pelo líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP).

O senador JosĂŠ Pimentel (PT-CE) atuou para garantir o sistema de rodĂ­zio na distribuição das matĂŠrias. “SĂł depois disso, eles viram que, sem acordo, nĂŁo ĂŠ possĂ­vel aprovar medida provisĂłria. SenĂŁo nĂŁo hĂĄ quĂłrum nem para instalar as comissĂľes”, afirmou Costa. (AE)

Sexta-feira, 22 de julho, 2016

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