O ex-prefeito Iris Rezende condenou ontem políticos que foram eleitos recentemente pelo PMDB e que “procuraram outro rumo”. Durante evento de filiações ao partido, no escritório da deputada federal Iris de Araújo, ele desabafou: “Entendo que eles deveriam ter tomado esta atitude antes das eleições. Que eles se filiassem onde bem entendessem, e não viesse depois, eleitos com votos peemedebistas, trair o povo, escarrar no rosto da nossa população e partidários”. O recado serve para o deputado estadual Francisco Júnior, que recentemente aderiu ao PSD.
Entre decepcionado e confiante no futuro do partido, Iris emendou: “Muitas vezes dizem aí que o PMDB não abre espaço. Eu ouvi isso de um (deputado), que eu me engracei com ele, era preparado, tal, aquela coisa. De repente se torna um secretário da área mais importante, se elege vereador e deputado. Não tem espaço no PMDB? Vai ser sem-vergonha em outro lugar”, disparou o ex-prefeito.
Atirando em várias direções, Iris mira o clã Peixoto – Flávio e Thiago, depois de fulminar Francisco Jr., sem citá-los especificamente. “Outros, que ocuparam espaços aí, de Ministério a Câmara, na Assembleia, pelas mãos do PMDB, de repente se vão, como se política fosse brincadeira”. Segundo Iris, após as eleições “os fracos” costumam aderir ao lado que ganha. “Arranjam uma desculpa, brigam lá com o seu partido, e vêm em busca do PMDB. São para mim fisiologistas”, definiu.
Ele se declarou feliz com 47 filiados de quem abonou ficha ontem, levados para o PMDB pelo vereador e secretário municipal Paulo Borges. Elogiou os que aderem ao “lado raso da luta”, a oposição.
O ex-prefeito lembrou a época da ditadura para focalizar períodos de altos e baixos de sua trajetória no PMDB , ao longo do tempo. “Quando eu fui cassado, a gente pensava que o mundo tinha acabado, não acabou nada. Quando veio a derrota de 1998, elegemos 28 deputados. Em um mês, 14 se venderam por cargos e posições no governo. A gente pensava que o mundo ia acabar de novo, não acabou nada. Aqueles 14 que aderiram viraram pó, nunca foram mais nada. Nunca mais foram aceitos”, exemplificou.
Sobre a pretensão do deputado estadual Bruno Peixoto de disputar a Prefeitura de Goiânia, Iris responde com diplomacia. “Isso é um processo que está no início. Daqui a nove meses vamos discutir a sucessão municipal. Tudo tem o seu tempo, tudo tem a sua hora”, afirmou.
A volta
Otimista, Iris alerta: “daqui a três anos, vocês não tenham dúvida: o PMDB estará assumindo o governo de Goiás. Governo que nos foi tomado pelo exagero de gastos na campanha. Nós não tínhamos dinheiro para praticar exageros”, disse.
A deputada Iris de Araújo também criticou os “traidores” do PMDB. Para ela, o PMDB é diferente de “um partideco qualquer, igual a alguns que são criados convenientemente para satisfazer o ego de um ou de outro que vão usar esse mesmo partido”.
A deputada defendeu Iris e sua legitimidade de dar opiniões sobre os destinos do PMDB. “Quem viveu sabe dizer da experiência, quem não viveu ou está começando, tem de aprender a ouvir determinados conselhos. O partido que tiver um homem, um conselheiro como ele, com a história que ele tem, é privilegiado. Tem mais é que ouvi-lo, aprender com ele”, afirmou.
Segundo ela, estão enganados aqueles que pensam que Iris vai desistir da política. “Enganam-se aqueles que pensam que Iris, o animal político mais completo que conheço, pode ser desmerecido. O nome dele está nas ruas, nas praças, nas escolas, nos prédios”, elogiou. ( Mirelle Irene)
Sábado, 01 de outubro de 2011,ás 08h:07
Postada pela galera
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