APARECIDA EM FOCO =
O ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso pediu sua desfiliação do PMDB, em carta entregue ontem de manhã no diretório metropolitano do partido, naquela cidade. Segundo aliados, Vanderlan saiu contrariado com integrantes da cúpula peemedebista, principalmente com Iris Rezende.
Um dos motivos seria o fato de Vanderlan não ter assumido a presidência do diretório regional, compromisso que teria sido feito à época da filiação. O empresário, no entanto, evitou falar em acordos quebrados dentro do partido, em entrevista coletiva concedida na tarde de ontem.
Filiado ao PMDB desde o dia 16 de junho de 2011, Vanderlan informou que a principal razão para o desligamento seria a impossibilidade de conciliar as normas apresentadas pelo partido para as eleições 2012 e o apoio a nomes que o apoiaram nas eleições para o governo do Estado, em 2010. De acordo com essas normas, candidatos do PMDB não podem compor chapa encabeçada por PSDB e PSD. Isso, segundo Vanderlan, estaria causando mal-estar e constrangimento diante de alguns nomes que prestaram incondicional apoio à sua candidatura ao governo, quando ainda pertencia aos quadros do PR.
Para o empresário, o momento é de reflexão, tanto que ele deve esperar até 2013 para decidir a qual sigla se filiar. “Não parei para pensar em partido agora, não é hora pra isso”, frisou. Com mais de 500 mil votos obtidos nas últimas eleições, Vanderlan deve optar por um partido menor, visando a formação de sua base política. Nos bastidores, ele tem conversado com PSC e PDT, mas, a julgar pelo número de prefeitos presentes na coletiva de ontem, outras legendas devem entrar na briga para ter o empresário em seus quadros. PSB, PTB e PP também foram citados por Vanderlan.
Ele disse que comunicou a decisão ao ex-prefeito na terça-feira. Segundo Vanderlan, Iris teria lamentado e questionado sobre a possibilidade de rever a decisão. “Agradeci a ele pelo convite e pelo espaço que me deu dentro do partido”, afirmou Vanderlan, reiterando sua disposição de disputar o governo em 2014, em oposição ao atual governo. Para ele, as chances de se eleger estão mais ligadas ao projeto do que ao tamanho do partido ao qual venha a pertencer.
“Quando a população abraça um projeto, inevitavelmente, os partidos médios e grandes também vêm (agregar expressividade)”, acredita. Enquanto esteve no PMDB, Vanderlan chegou a percorrer mais de 140 municípios do interior do Estado, reforçando o projeto de lançar candidatura em 2014. Para o empresário, essa é uma prova de que a legenda também tinha interesse em sua candidatura. Nos bastidores, porém, o projeto estaria ameaçado por uma disposição de Iris Rezende em retornar à disputa.
Sexta - feira 22/6/2012 ás 20:15h
Postado pela Redação