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3 de dezembro de 2017

TSE LIMITA VOTO IMPRESSO A 5% DAS URNAS NAS ELEIÇÕES DO ANO QUE VEM




A determinação para que na eleição de 2018 os votos eletrônicos sejam impressos será cumprida em no máximo 5% das cerca de 600 mil urnas do País. A impressão dos votos foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2015 na minirreforma política, após questionamentos sobre o resultado da eleição presidencial do ano anterior – quando a petista Dilma Rousseff foi reeleita no segundo turno vencendo o tucano Aécio Neves. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, alega que não possui recursos orçamentários para implementar a medida de uma só vez.

Inicialmente, estava prevista a compra de 35 mil novas urnas. Mas, após estudos, o tribunal chegou à conclusão que seria mais viável, tecnicamente e financeiramente, adquirir apenas as impressoras, e reduziu a previsão para 20 a 30 mil equipamentos que serão acoplados às urnas já existentes. O órgão deve lançar o edital da compra das impressoras em janeiro.

Após a derrota no segundo turno da disputa presidencial, o PSDB pediu auditoria nas urnas, mas o partido não encontrou indícios de fraude. Em junho de 2015, o Congresso aprovou emenda do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que estabeleceu que “o processo de votação não será concluído até que o eleitor confirme a correspondência entre o teor de seu voto e o registro impresso e exibido pela urna eletrônica”.

O custo para os cofres públicos foi estimado em R$ 2,5 bilhões num período de dez anos, segundo o TSE.

O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, é crítico à medida. Juristas, porém, defendem a impressão dos votos como uma garantia a mais para o eleitor.

Pesquisa. Um estudo feito em outubro pela Ipsos Public Affairs dá fôlego aos argumentos que instituíram a volta do voto impresso. A pesquisa revela que seis em cada dez brasileiros não confiam em urnas eletrônicas e apenas três em cada dez confiam no sistema eleitoral brasileiro.

Para Danilo Cersosimo, diretor do instituto e responsável pelo levantamento, a descrença no sistema não é isolada. “Acredito que tem muito a ver com o comportamento de desconfiança generalizada em relação a tudo que parte das instituições às quais não se confia. Você acaba associando eleições, urna eletrônica ao governo e aos políticos”, afirmou.

O jurista Modesto Carvalhosa e o presidente da União Nacional dos Juízes Federais (Unajuf), Eduardo Cubas, protocolaram no fim de outubro, um requerimento junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para que a presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, diga se há previsão no Orçamento para a implementação do novo modelo no ano que vem. Caso se confirme que não há recursos, o grupo diz que tomará medidas judiciais para que conste na Lei Orçamentária de 2018.

O requerimento foi enviado na última terça-feira, 28, para o TSE, que deve responder se há ou não recursos.

O ex-ministro do TSE Henrique Neves critica a volta do modelo, mas vê com naturalidade a adoção gradual do voto impresso. “Quando foi implementada no País, a urna eletrônica passou por uma eleição-teste. Aí você vai verificando os problemas que podem acontecer. A biometria é a mesma coisa”, afirmou. O sistema biométrico, que deve valer em todo o País nas eleições de 2018, começou a ser implementado em alguns municípios em 2014.

Mudanças

As 20 ou 30 mil urnas terão uma impressora acoplada ao lado, que mostrará o voto ao eleitor, mas ele não poderá levá-lo para casa. Após a confirmação do voto, o papel cairá em uma urna separada.

Por duas vezes, em 1996 e em 2002, o Brasil teve esse sistema “misto” de voto. O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, lembra que, à época, pessoas esperavam para votar até uma hora.

“Já vimos esse filme. Quero deixar bem claro que o TSE vai cumprir a lei, só que, no nosso entendimento, essa solução é um retrocesso”, avalia.

O ex-ministro do TSE concorda com o técnico. “A impressora é uma peça móvel e tende a dar mais problema. E tem que tudo ser preparado para ser usado no Rio Grande do Sul, onde estará frio, até o Amazonas, em condições de muita umidade e calor. As chances de dar problema são muito maiores”, disse.

Para o professor de Direito Constitucional da PUC Pedro Serrano, a suspeição no sistema eletrônico pode ser explicada pelo desconhecimento do processo de apuração dos votos. “A maioria das pessoas não acompanha a apuração, apenas o resultado”.

Ainda assim, Serrano não vê com maus olhos a adoção do novo modelo. “O voto é um mecanismo extra de segurança, uma garantia a mais”, disse.

Domingo, 3 de dezembro, 2017 ás 11hs00

2 de dezembro de 2017

PRÉ-CANDIDATURA AO PLANALTO DE MARINA SILVA SERÁ LANÇADA NESTE SÁBADO



A ex-senadora Marina Silva (AC) será lançada neste sábado pela Rede Sustentabilidade como pré-candidata à Presidência da República. O lançamento ocorrerá durante reunião do partido em um hotel na capital federal. O evento será realizado em meio às negociações de alguns deputados da sigla para deixar a legenda, que pode acabar perdendo metade de sua atual bancada na Câmara.

"Os dirigentes estaduais vão apresentar pedido para que possam usar o nome de como pré-candidata a presidente da República e ela vai aceitar. Ela não pode chegar à convenção como candidata de si mesma", explica o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) ao confirmada a candidatura no primeiro semestre de 2018, será a terceira vez que a ex-senadora disputa o cargo - ela disputou em 2010, pelo PV, e 2014, pelo PSB.

Miro afirma que a Rede já começou a se movimentar em busca de apoio de outros partidos para o pleito do próximo ano. "Tenho conversado com PPS e PSB para apoiarem a Marina", disse o parlamentar fluminense. Ele contou que intermediou reunião na quarta-feira , 29, em Brasília, da ex-senadora com o presidente nacional do PPS, o deputado Roberto Freire (SP), para "restabelecer" o canal de interlocução entre os dois.

Marina, no entanto, terá de atuar para conter possível debandada dos deputados da Rede. Pelo menos dois dos quatro deputados negociam migração para outro partido: Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado (PR). Os dois conversam com o PSB, sigla que ainda não decidiu qual caminho deve seguir nas eleições do próximo ano. A reportagem não conseguiu contato com Marina. (AE)

Sábado, 2 de dezembro, 2017 ás 07hs00

1 de dezembro de 2017

JUSTIÇA DO DF SUSPENDE PROPAGANDAS DO GOVERNO SOBRE REFORMA DA PREVIDÊNCIA



As propagandas do governo sobre a reforma da Previdência tiveram a veiculação suspensa em todo o país por uma decisão da Justiça do Distrito Federal. A juíza Rosimayre Gonçalves de Carvalho, da 14ª Vara Federal de Brasília, determinou multa de R$ 50 mil por dia caso o governo desobedeça a decisão.

A ação para suspender a campanha “Combate aos Privilégios” – anunciada em TVs, rádios, jornais, revistas, internet e outdoors – foi apresentada pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais (Anfip). O argumento é de que as peças não tem cunho educativo, como determina a Constituição, e que apresentam informações inverídicas sobre as mudanças previstas na reforma.

A magistrada concordou com a associação e afirmou que o governo promove, com a propaganda, a "desqualificação de parte dos cidadãos brasileiros" quando aponta que “tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo."

A juíza considera a frase como referência ao funcionalismo público e aponta que a “população ao engano ao acreditar que apenas os servidores públicos serão atingidos pela mudança" Rosemayre considerou ainda como desinformação a ideia de que haverá mais recursos para o governos se a reforma for aprovada.
Sexta-feira, 1º de novembro, 2017 ás 10hs30