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9 de abril de 2019

Maia pede apoio a prefeitos à reforma da Previdência



O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu terça-feira (9/04) apoio a prefeitos para a aprovação da reforma da Previdência, que começou a tramitar no Congresso Nacional. Maia participou da abertura da 22ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, ao lado do presidente Jair Bolsonaro e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

“Vim aqui hoje pedir a cada um de vocês apoio. A reforma da Previdência não é para o governo federal, não é para o governo estadual, não é para cada um dos municípios. A reforma da Previdência é para que a gente possa mudar essa curva de recessão que o Brasil vive nos últimos anos e que prejudica diretamente o caixa dos municípios e a vida de milhões de brasileiros”, disse Maia.

O presidente da Câmara lembrou que o aumento das despesas previdenciárias impacta todos os entes federativos. Apenas no caso do governo federal, disse Maia, o aumento real da despesa previdenciária “é todo ano na ordem de R$ 50 bilhões”.

“Alguém acha que cada um de nós tem um prazer enorme de votar a reforma da Previdência como se fosse uma grande agenda de futuro para o Brasil? Não. A reforma da Previdência vem organizar o que foi construído ao longo dos últimos anos”, afirmou aos prefeitos.

“E se nada for feito em relação à Previdência, que também impacta estados e municípios, nenhum de nós, políticos, vai conseguir sair na rua nunca mais. Por uma questão muito simples: só no governo federal, o aumento real da despesa previdenciária é todo ano na ordem de R$ 50 bilhões”, acrescentou Maia.

CCJ da Câmara

Na tarde de hoje (9), o relator da reforma da Previdência (PEC 6/19), deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), apresenta o parecer na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara. O texto terá a admissibilidade analisada, verificando se está dentro do previsto pela Constituição. O mérito será discutido por uma comissão especial. (ABr)

Segunda-feira, 08 de abril, 2019 ás  13:00

8 de abril de 2019

Ibaneis inaugura Centro Especializado de Atendimento à Mulher na 102 Sul



O Distrito Federal ganhou um Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), segunda-feira (08/04). A unidade da 102 Sul, instalada dentro da estação de metrô, foi inaugurada com a presença do governador Ibaneis Rocha e da secretaria da Mulher, Ericka Filippelli.

O centro vai disponibilizar de forma gratuita o acolhimento e acompanhamento social, psicológico, pedagógico e de orientação jurídica às mulheres em situação de violência de gênero.

Em seu discurso, Ibaneis Rocha destacou o compromisso do GDF no auxílio às vítimas. “Essa é uma união de esforços para salvar as mulheres. Precisamos investir nesse empoderamento. Temos que estar nas cidades, nas estações de metrô”, discursou o chefe do Executivo. A intenção do governo local é expandir o sistema para outras regiões administrativas.

Titular da pasta responsável pelo Ceam, Ericka Filippelli pontuou o atendimento e acompanhamento disponibilizado às vítimas de diversos tipos de violência. “Elas vão ter acesso ao Judiciário, por meio da presença da Defensoria Pública, e um apoio mais integrado”, comentou. O local vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

Empodera DF
No evento, Filippelli citou a criação do sistema Empodera DF, que irá registrar os casos das mulheres socorridas pelo Ceam. Nele, os servidores vão poder quantificar e qualificar a assistência prestada. Além da secretária e do governador, a solenidade contou com a presença do vice-governador Paco Britto, do secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, e de titulares de outras pastas. A delegada Sandra Melo, titular da unidade Especial de Atendimento a Mulher (Deam), e a defensora-pública geral, Maria José Silva Souza de Nápolis, discursaram e elogiaram a atenção multidisciplinar que será ofertada no Ceam.

Apoio

Um dos objetivos desse apoio é fortalecer a autoestima e autonomia, o resgate da cidadania e a prevenção de situações de violações de direitos. O atendimento é preferencial nos casos de risco elevado, mulheres com deficiência e idosas.
(Agência Brasília)

Segunda-feira, 08 de abril, 2019 ás 12:48

7 de abril de 2019

Garis no Distrito Federal trocam vassouras por lápis e caderno



Aos 57 anos, Ana Rosa da Silva Santana começa a desenhar as primeiras curvas das letras de seu nome. As mãos trêmulas mostram uma insegurança ainda persistente. “Mas eu vou vencer, sou uma guerreira”, afirma. Nascida em Barreiras, na Bahia, Ana Rosa nunca frequentou uma escola.

“Fui criada por pessoas que achavam que escola era perda de tempo. Eu fugia para ir para a escola e quando voltava para casa eu apanhava. Nunca tive oportunidade de aprender”, lembra emocionada. Atualmente, gari no Serviço de Limpeza Urbana de Brasília, atividade que mantém há sete anos, ela precisou fazer “bicos” ao longo de muito tempo para sobreviver e sustentar os filhos. O primeiro, nascido quando Ana Rosa tinha apenas 12 anos de idade.

Ana integra agora a atual turma de 50 garis contratados pela empresa Sustentare que decidiram arregaçar as mangas e recuperar o tempo perdido nos estudos. O projeto que vem sendo desenvolvido há cinco anos pela empresa já alfabetizou mais de 160 funcionários que prestam serviço à companhia local.

A iniciativa é mantida em parceria. Enquanto a Sustentare viabilizou o mobiliário das salas de aulas e é responsável por custear os alfabetizadores, a Universidade Católica de Brasília (UCB) fornece a metodologia e os materiais escolares e o Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU-DF) cedeu o espaço físico e autorizou que os alunos estudassem durante o horário de trabalho, contribuindo para reduzir a evasão escolar.

“O estudo vai trazer muita coisa boa para mim, posso ser alguém na vida, ajudar um neto que precise em algum trabalho de escola”, disse. Mas, quando o assunto é o sonho de vida, Ana Rosa não hesita: “Eu sou salgadeira, mas ainda não sou profissional. Quero aprender mais e também fazer todos os tipos de doces e bolos. Poder ler receitas e dicas vai ajudar muito”, contou.

O curso deste ano começou na última quinta-feira (4/04). Geílson Coelho, 29 anos, também se matriculou para buscar novas oportunidades. Diferentemente da colega mais velha de classe, Coelho estudou até os 14 anos, mas não retornou para a escola até então. “Espero agora melhorar, espero passar mais coisas para meus filhos futuramente. Sinto falta da escrita. Lamento ter parado cedo e não ter voltado depois. Agora quero ser um confeiteiro e a escrita ajuda muito”, disse, se emocionando a lembrar da mãe de criação que sempre o incentivou a retomar os estudos.

Após a conclusão do curso, os alunos participam de uma cerimônia de formatura, com direito a traje de gala.

Coordenadora e uma das idealizadoras do projeto, Williani Carvalho explica a dificuldade de alfabetizar adultos. Segundo ela, além do tempo mais escasso em função de todas as obrigações rotineiras, ainda há o fator emocional.

“Quando você é podado, tem dificuldade de crescer. Até assumir que são analfabetos é difícil. Uma das coisas que nos alertou, que nos fez criar indicadores, foi observar que não conseguiam ler avisos em ônibus da empresa e tinham dificuldades em questionários de treinamentos. Alguns diziam que estavam com dor de cabeça para não ter que assumir que era analfabeto”, conta a alfabetizadora.

Williani e sua equipe adaptam os conteúdos às realidades da turma, dirigindo a alfabetização em rumos definidos por cada aluno como um sonho. “Quando um diz que quer ser padeiro, a gente busca como motivar dentro da realidade dele, como trazer receitas para cozinhar aqui. Trazemos fatos da atualidade. Falamos sobre DST [doenças sexualmente transmissíveis], problemas psicológicos. A forma que temos de motivar é a partir dos sonhos deles”, disse.

Para ela, o projeto só tem seguido em frente por conta do envolvimento dos dirigentes das empresas. Cada aluno deixa de trabalhar por três horas na semana para poder estudar. “Menos 50 pessoas na rua são menos quilômetros de ruas limpos”, afirmou.

Um levantamento realizado em 2007 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, apenas no Distrito Federal, mais de 60 mil pessoas acima de 15 anos não sabem ler nem escrever. O país busca a meta de erradicação do analfabetismo até 2024.

Quando se trata do universo de garis em atuação em Brasília, pesquisa realizada pelo departamento de Recursos Humanos da empresa Sustentare Saneamento – especializada em serviços ambientais -, mostrou que 60% dos 2.700 trabalhadores na capital federal são analfabetos ou não concluíram o ensino fundamental. (ABr)

Domingo, 07 de abril, 2019 ás 15:00 15:00