Órgão
responsável por analisar transações financeiras suspeitas, o Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf) investigou 370 mil pessoas físicas e
empresas em 2018. O volume representa alta de 10% em relação ao ano passado. Em
parceria com o Ministério Público e autoridades policiais, o Coaf conseguiu
bloquear judicialmente cerca de R$ 36 milhões no Brasil e no exterior,
relacionados a investigações sobre lavagem de dinheiro e outros crimes.
Os
números constam de balanço divulgado hoje (27) pelo Coaf. Segundo os dados, o
total de pessoas investigadas baseia-se em 7.279 relatórios de inteligência
financeira (RIF), que geraram 330 mil comunicações de operações suspeitas e em
espécie. O órgão também informou ter recebido 6.915 pedidos de informações de
autoridades nacionais e ter feito 297 operações de troca de informações com
unidades de inteligência financeira no exterior.
Lava Jato
Entre
os destaques do balanço, o Coaf cita cerca de 400 relatórios de inteligência
financeira que auxiliaram a força tarefa da Operação Lava Jato no Paraná e no
Rio de Janeiro e outras operações da Polícia Federal e da Receita Federal. O
órgão citou a colaboração nas Operações Cui Bono, que investigou fraudes na
liberação de créditos pela Caixa Econômica; Greenfield, que investigou
irregularidades em fundos de pensão, e Cadeia Velha, que investigou esquemas de
corrupção de lideranças da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
(Alerj) com a construtora Odebrecht e empresas de ônibus urbanos.
O
Coaf também informou que os cerca de 400 relatórios também ajudaram a
desbaratar esquemas de pagamentos de organizações criminosas que atuam dentro e
fora de presídios. O balanço também ressaltou o acordo de capacitação de
pessoas e de compartilhamento de base de dados com o Tribunal de Contas da
União e a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
No
texto do balanço, o Coaf defendeu o projeto de lei que pretende acelerar o
congelamento de bens de pessoas ligadas a terroristas em cumprimento às
resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Com o requerimento de
urgência aprovado, o projeto está pronto para votação no Plenário da Câmara dos
Deputados. (ABr
Sexta-feira,
28 de dezembro, 2018 ás 00:05
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