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18 de dezembro de 2018

Senador mais votado de Alagoas defende participação popular contra maus políticos

Na cerimônia marcada pela ausência do senador reeleito Renan Calheiros (MDB-AL), o senador mais votado de 2018, Rodrigo Cunha (PSDB-AL), afirmou ter encontrado seu propósito de vida, ao defender o ingresso de novas pessoas na política com o objetivo de trocar os políticos que não prestam. O discurso foi feito na diplomação dos alagoanos eleitos em outubro, realizada na noite de ontem (17), no auditório do Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), em Maceió (AL).

O deputado estadual de 37 anos de idade teve a vida marcada pelo assassinato de quatro familiares, que o deixou órfão há 20 anos, no crime político que impediu sua mãe Ceci Cunha de exercer o mandato de deputada federal, na noite de sua diplomação. No discurso feito na presença do governador reeleito Renan Filho (MDB), Rodrigo Cunha disse estar preparado para o mandato de oito anos no Congresso Nacional, no qual pretende ajudar o governo estadual a melhorar os péssimos indicadores sociais de Alagoas.

“Encontrei meu propósito de vida. Quero fazer com que esse estado melhore, que as pessoas acreditem no seu potencial, que exijam qualidade dos serviços públicos e que possam melhorar de vida! É importante separar os políticos da política. Precisamos nos envolver na política e trocar aqueles políticos que não prestam”, disse o tucano eleito senador.

Renan Calheiros não participou da solenidade na qual seria ofuscado pelo discurso de seu adversário político. E alegou que faltaria à cerimônia em protesto contra o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), que não atendeu todos os seus pleitos contra as críticas recebidas durante a campanha.

O senador reeleito pelo MDB é investigado sobre suspeitas de que participou de esquemas de corrupção apurados pela Operação Lava Jato. E alega inocência das denúncias investigadas em inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), propostos pela Procuradoria Geral da República (PGR).

Enquanto Renan lamenta ter que “fechar a tampa deste mandato difícil”, Rodrigo Cunha encerra seu primeiro mandato, com produtividade legislativa incomum numa Assembleia Legislativa de Alagoas marcada por escândalos. E ainda economizando R$ 4 milhões, ao se recusar a pagar aos assessores de seu gabinete a gratificação por dedicação excepcional (GDE), suspeita de ser responsável por escoar o dinheiro dos alagoanos pelo ralo da corrupção no Legislativo.

A diplomação habilitou os eleitos a assumir e exercer seus mandatos. (DP)


Terça-feira, 18 de dezembro, 2018 ás 11:00

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