Na
cerimônia marcada pela ausência do senador reeleito Renan Calheiros (MDB-AL), o
senador mais votado de 2018, Rodrigo Cunha (PSDB-AL), afirmou ter encontrado
seu propósito de vida, ao defender o ingresso de novas pessoas na política com
o objetivo de trocar os políticos que não prestam. O discurso foi feito na
diplomação dos alagoanos eleitos em outubro, realizada na noite de ontem (17),
no auditório do Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), em Maceió (AL).
O
deputado estadual de 37 anos de idade teve a vida marcada pelo assassinato de
quatro familiares, que o deixou órfão há 20 anos, no crime político que impediu
sua mãe Ceci Cunha de exercer o mandato de deputada federal, na noite de sua
diplomação. No discurso feito na presença do governador reeleito Renan Filho
(MDB), Rodrigo Cunha disse estar preparado para o mandato de oito anos no
Congresso Nacional, no qual pretende ajudar o governo estadual a melhorar os
péssimos indicadores sociais de Alagoas.
“Encontrei
meu propósito de vida. Quero fazer com que esse estado melhore, que as pessoas
acreditem no seu potencial, que exijam qualidade dos serviços públicos e que
possam melhorar de vida! É importante separar os políticos da política.
Precisamos nos envolver na política e trocar aqueles políticos que não
prestam”, disse o tucano eleito senador.
Renan
Calheiros não participou da solenidade na qual seria ofuscado pelo discurso de
seu adversário político. E alegou que faltaria à cerimônia em protesto contra o
Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), que não atendeu todos os seus
pleitos contra as críticas recebidas durante a campanha.
O
senador reeleito pelo MDB é investigado sobre suspeitas de que participou de
esquemas de corrupção apurados pela Operação Lava Jato. E alega inocência das
denúncias investigadas em inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal
(STF), propostos pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Enquanto
Renan lamenta ter que “fechar a tampa deste mandato difícil”, Rodrigo Cunha
encerra seu primeiro mandato, com produtividade legislativa incomum numa
Assembleia Legislativa de Alagoas marcada por escândalos. E ainda economizando
R$ 4 milhões, ao se recusar a pagar aos assessores de seu gabinete a
gratificação por dedicação excepcional (GDE), suspeita de ser responsável por
escoar o dinheiro dos alagoanos pelo ralo da corrupção no Legislativo.
A
diplomação habilitou os eleitos a assumir e exercer seus mandatos. (DP)
Terça-feira,
18 de dezembro, 2018 ás 11:00
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