O
ministro Alexandre Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu a pedido e
suspendeu os efeitos da nomeação do delegado Alexandre Ramagem para o cargo de
diretor-geral da Polícia Federal.
Morais
achou relevante levar em conta declarações do ex-ministro da Justiça Sérgio
Moro, que levantaram a interferência nas investigações da PF.
O
ministro também deu crédito à alegação de opositores de Bolsonaro, filiados ao
PDT, no sentido de que o presidente da República teria a “intenção” de
interferir nas investigações da PF, por meio de um diretor-geral de sua
confiança.
Alexandre
de Morais não levou em consideração a manifestação formal da Federação Nacional
dos Policiais Federais (Fenapef), que, em nota, além de elogiar a escolha de
Ramagem, desmentiu que tenha havido interferências nas investigações da PF,
como Moro afirmou.
O
líder do governo na Câmara, deputado Victor Hugo (GO), considerou que a decisão
do ministro do STF foi mais uma interferência indevida do Judiciário no poder
executivo.
Com
a decisão, em caráter liminar, está suspensa a posse de Ramagem, prevista para
as 15h de quarta-feira (29/4).
*Diário
do Poder
Quarta-feira,
29 de Abril, 2020 ás 11:10
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