"NÃO HÁ DEMOCRACIA ONDE O VOTO É OBRIGATÓRIO"

Se ainda não é, seja nosso novo seguidor

Amigos SP

Mostrando postagens com marcador eleições 2014. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador eleições 2014. Mostrar todas as postagens

20 de julho de 2014

CAMPANHAS NAS RUAS


Começou o período eleitoral de 2014, momento em que os eleitores brasileiros serão procurados, assediados e bombardeados pelas ferramentas de comunicação eleitoral usadas pelos candidatos. Em grande parte, muito mal utilizadas, diga-se de passagem.
Na ânsia de cooptar o maior número de votos possível, a fim de conquistar um mandato em 2015, candidatos de todas as agremiações partidárias colocarão suas estratégias de campanha nas ruas. Veremos candidatos com gigantescas estruturas, e milionários orçamentos, e centenas de campanhas modestas estampadas com nomes desconhecidos que, em grande parte, continuarão desconhecidos após o pleito.
Apoiados em modelos políticos defasados, e principalmente em paradigmas comunicacionais e eleitorais que não mais representam a realidade dos eleitores de 2014, muitos candidatos incidirão em erros grotescos que lhes renderão, ao invés de votos, enorme rejeição. O valor do voto é efêmero, já disseram os estudiosos, mas o não voto é sempre mais barato.
Sem planejamento e conhecimento técnico das formas e possibilidades de uso das ferramentas de comunicação eleitoral, pois em sua maior parte as campanhas não contam com profissionais de comunicação e marketing político em suas equipes, os candidatos usam e abusam de materiais de campanha com intuito de impactar seus possíveis eleitores e conquistar-lhes o voto. No entanto, os erros e excessos cometidos nas campanhas têm grande poder de causar ojeriza e perda de votos.
Carros de som com volumes exagerados, jingles irritantes, excesso de santinhos jogados nas casas, caixas de correios e ruas, adesivos pregados em bens particulares sem autorização, excesso de mensagens nos celulares e telefones, e mais uma série de erros cometidos pelas equipes de campanha poderão prejudicar diretamente os candidatos por elas representados. Neste ano também teremos, ainda mais forte, a utilização das redes sociais para disseminação das mensagens – outro ponto que tem forte potencial para irritar os eleitores, e fazer com que os candidatos ganhem uma contra militância aguerrida e agressiva disposta a combatê-los voluntariamente. Esse canal é bilateral.
Cabos eleitorais que não sabem pedir, nem justificar, votos para seu contratante, campanhas de rua que são destoantes das campanhas digitais, falta de compreensão dos anseios dos eleitores, de suas capacidades intelectivas e canais usados para acessar mensagens políticas são fatores que vão expor a ausência de planejamento e compreensão dos candidatos goianos sobre o que é fazer uma campanha eleitoral embasada em conceitos de marketing.
As falhas de campanha não têm relação direta com ausência de recursos financeiros. Vemos campanhas milionárias protagonizando erros absurdos, e campanhas modestas atuando com muita técnica e assertividade, fatos que podem contribuir, e contribuem, para que nem sempre o candidato mais rico seja eleito.
Bom, a partir de agora e até 5 de outubro teremos contato com todos os tipos de candidatos e linguagens de campanhas, umas boas e outras ridículas, mas certamente precisamos observá-las, compreendê-las e usá-las para decidirmos nosso voto de forma consciente e inteligente, pois as campanhas passam e seus resultados ficam, pelo menos, por quatro anos.

Marcos Marinho é professor e analista político
Domingo,20 de julho,2014


30 de maio de 2014

PRÉ-CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL PELO PSDB AFIRMA QUE BASE PRIVILEGIA ALGUNS CANDIDATOS



O delegado Waldir Soares se diz lesado com o tratamento dado a alguns pré-candidatos, que, segundo ele, chegaram a invadir seu colégio eleitoral

Aparentemente, o clima não é de fogo amigo somente no PMDB. Uma informação de que alguns pré-candidatos à Câmara dos Deputados da base governista estariam insatisfeitos e foi confirmado por deputados da base. Alguns parlamentares e pré-candidatos estariam reclamando que o ex-secretário da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan) Giuseppe Vecci (PSDB) estaria invadindo seus colégios eleitorais. O delegado, suplente e pré-candidato a deputado Waldir Soares se diz decepcionado com o que vê na base.

Segundo o delegado, não só Vecci como também o ex-secretário da Indústria e Comércio Alexandre Baldy (PSDB), o ex-secretário da Saúde Antônio Faleiros (PSDB) e o ex-presidente da Agência de Habitação (Agehab) Marcos Abrão (PPS) têm algumas regalias que ele e os outros candidatos não têm. “Estou dentro do PSDB e sendo tratado como um estranho”, reclama. Waldir falou de forma intensa de Marcos Abrão, dizendo que o ex-presidente da Agehab continua exercendo alguns papeis que é do atual secretário, Luiz Antonio Stival Milhonens. “Ele que fica entregando cheque-moradia, cheque-reforma, inclusive na Região Noroeste, que é onde tenho grande parte dos meu eleitores.”

Waldir ainda sustenta que o PSDB Jovem e o PSDB Metropolitano estão “trabalhando escancaradamente para Marcos Abrão”. “Fica impossível disputar com esses caras, com a máquina do governo. Da mesma forma que Marconi se sentiu traído por Alcides eu me sinto traído”, disse Waldir.

O pré-candidato se diz injustiçado com a situação, afirmando que políticos de fora do PSDB têm mais destaque que ele, que está dentro da sigla. De acordo com ele, Thiago Peixoto é uma dessas pessoas privilegiadas em detrimentos de tucanos. “Ele veio do PMDB e é mais bem tratado que nós que estamos no PSDB [há anos]”, reclama, dizendo que o deputado foi colocado secretário da Educação.

Waldir Soares sustenta que não tem reconhecimento, mesmo tendo levado ao PSDB, de acordo com ele, 40 mil votos. O delegado explica que quando voltou de Brasília, pediu para ficar em uma delegacia na Região Noroeste, mas o colocaram na delegacia de trânsito. “O lugar onde me colocaram é famoso entre os delegados como o lugar em que o delegado vai para ser punido, porque é horrível”, desabafou. O pré-candidato afirma que quando começou a se destacar em seu trabalho, tendo visibilidade à nível nacional, o retiraram do local. “Eu me destaco muito e acabo sendo um perigo real para outros candidatos. Eu tenho o povo, isso preocupa os adversários políticos”, sustenta.

Já o deputado federal Valdivino de Oliveira (PSDB), questionado se essa invasão por parte de alguns deputados a colégios eleitorais de fato existia, disse que enxerga tudo com muita naturalidade. “A eleição para deputado federal é difícil. Cada um busca seu espaço, e um sempre tem mais poder que outro”, explica. O tucano sustenta que não se preocupa com essas questões, partindo do princípio que, de acordo com ele, possui eleitores mais fidelizados.

Questionado se saberia de uma reunião que teria ocorrido na última segunda-feira (26/5) para discutir essas questões que estariam causando desconforto entre os candidatos à Câmara dos Deputados da base governista, Valdivino afirmou que conversas ocorrem constantemente. “Nós estamos em Brasília juntos, sempre falamos sobre diversas questões nos intervalos entre uma votação e outra.”

Por Sarah Teófilo- Jornal Opção online.

Sexta-feira, 30 de maio, 2014.