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17 de setembro de 2015

STF DECIDE QUE DOAÇÃO DE EMPRESAS A CAMPANHAS É INCONSTITUCIONAL




O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional a atual legislação que permite que empresas doem para campanhas políticas. Atualmente, essa é a principal fonte de financiamento das disputas eleitorais no país. Seus críticos acreditam que as doações de empresas desequilibram as eleições e abrem espaço para a corrupção.

O processo foi encerrado quinta-feira(17) após ter ficado um ano e cinco meses parado, devido a um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. O placar do julgamento ficou em 8 x 3 contra as doações de empresas.

Atualmente, 40 países no mundo já proíbem que as companhias financiem as disputas eleitorais (leia mais abaixo).

Segundo o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, a decisão já "valerá para as eleições de 2016 e 2018".
Na prática, porém, isso dependerá de a presidente Dilma Rousseff decidir vetar uma nova lei aprovada na semana passada pelo Congresso, prevendo que empresas possam doar até R$ 20 milhões para partidos. Dilma tem até o dia 30 para decidir e há grande expectativa de que, amparada pela atual decisão do STF, ela vete o artigo que trata do tema.

"É improvável que ela não vete. Um veto pode se dar por razões políticas, quando a presidente considera que a lei não é boa para o país. Ou pode se dar por razões constitucionais. E, nesse caso, nada melhor que oito ministros do Supremo terem dito que empresas não devem poder doar", acredita o professor de direito da FGV-Rio Diego Werneck.

Caso a presidente não decida vetar o artigo da nova lei, teria de haver um novo julgamento do STF para avaliar o assunto. Alguns ministros, como Rosa Weber e Luís Roberto Barroso, sinalizaram em seus votos que poderiam decidir a favor de outra lei sobre o tema, caso ela criasse limites mais restritos para esse tipo de financiamento - como a proibição de que uma empresa possa doar para vários políticos ao mesmo tempo. Essa restrição, no entanto, não foi feita na nova lei.

"Parece mais provável que um novo julgamento teria o mesmo resultado de considerar a lei inconstitucional", nota o professor da FGV.
PEC

Além do debate em torno da lei aprovada na semana passada, também existe a possibilidade de que o Congresso incluia na Constituição a permissão de doações de empresas a partidos políticos. Essa Proposta de Emenda Constitucional (PEC) foi aprovada na Câmara, mas ainda não foi analisada no Senado.

Caso a Constituição seja alterada, o STF teria que voltar a analisar o caso para decidir se o novo artigo introduzido pela PEC fere alguma cláusula pétrea – trechos da Constituição que estabelecem alguns princípios fundamentais da democracia brasileira e que não podem ser alterados pelo Congresso.

"Se a PEC for aprovada, é inevitável que Supremo volte a debater o tema, pois a questão da cláusula pétrea não era objeto do julgamento de hoje", afirma Werneck.

O julgamento encerrado nesta quinta teve início em 2013 quando a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) moveu uma ação questionando trechos da Lei das Eleições (Lei 9.504/1997) e da Lei dos Partidos Políticos (9.096/1995). A instituição argumentou que a atuação das empresas desequilibra a disputa eleitoral, ferindo os direitos constitucionais a isonomia e igualdade.

Votaram em favor da OAB os ministros Luiz Fux (relator do caso), Rosa Weber, Cármen Lúcia, Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Joaquim Barbosa (antes de se aposentar).

O ministro Luís Roberto Barroso também votou pela inconstitucionalidade da legislação atual, mas considerou em sua decisão que o Congresso tem prerrogativa de definir se as empresas podem ou não participar do processo eleitoral, desde que imponha restrições que inibam abusos e corrupção.

Já os ministros Teori Zavascki, Gilmar Mendes e Celso de Mello votaram pela manutenção do financiamento privado. Eles argumentaram que o problema não eram as doações de empresas, mas a falta de regras que evitassem abusos.
Denúncias

O debate sobre a necessidade de mudar o modelo de financiamento de campanhas no Brasil voltou a ganhar fôlego neste ano em meio às denúncias de que propinas cobradas em contratos da Petrobras acabavam irrigando partidos políticos e candidatos como doações oficiais de campanha.
A crescente preocupação com o assunto, porém, não é exclusividade do Brasil. Um monitoramento internacional sobre financiamentos de campanha em 180 países, realizado há quinze anos pelo Instituto Internacional pela Democracia e Assistência Eleitoral (Idea, na sigla em inglês), indica uma tendência mundial de aumento - ainda que lento - da restrição a doações empresariais.
A proposta de eliminar ou reduzir drasticamente o financiamento de campanhas por empresas não busca apenas atacar o problema da corrupção, observa o diretor da área de Partidos Políticos do Idea, Sam van der Staak. O princípio central que norteia essas medidas é a preocupação com a influência desproporcional que as empresas teriam sobre o Estado por causa dos volumosos recursos destinados a eleger políticos, seja no Executivo ou no Legislativo.

"Em todo o mundo, a política se tornou um negócio caro, em tal magnitude que o dinheiro é hoje uma das maiores ameaças à democracia", afirma um relatório de janeiro do instituto.

Segundo Staak, o número de países que baniu completamente o financiamento por empresas cresceu levemente nos últimos 15 anos. Já a criação de limites para as doações "tem sido discutida de forma mais ativa em muitos países", nota ele, em entrevista concedida em maio à BBC Brasil.

Os números oficiais mostram que as empresas são hoje as principais financiadoras da disputa eleitoral no Brasil. Nas últimas eleições, partidos e candidatos arrecadaram cerca de R$ 5 bilhões de doações privadas, quase na sua totalidade feitas por empresas. Além disso, receberam no ano passado R$ 308 milhões de recursos públicos por meio do Fundo Partidário, enquanto o tempo "gratuito" de televisão custou R$ 840 milhões aos cofres da União por meio de isenção fiscal para os canais de TV.
Pelo mundo

O banco de dados do Idea - organização intergovernamental que hoje tem status de observadora na ONU - revela que 39 países proíbem doações de empresas para candidatos, como México, Canadá, Paraguai, Peru, Colômbia, Costa Rica, Portugal, França, Polônia, Ucrânia e Egito.

Outros 126 países permitem o financiamento de candidatos por empresas, como Brasil, Reino Unido, Itália, Alemanha, Noruega, Argentina, Chile, Venezuela e praticamente toda a África e a Ásia.

A proibição formal, porém, nem sempre impede que o capital corporativo encontre outras formas de influenciar o jogo político, nota Staak. Os Estados Unidos, por exemplo, proíbem doações diretas de empresas, mas como elas são autorizadas a fazer suas próprias campanhas a favor e contra candidatos, na prática os efeitos da restrição são nulos.

Tampouco a corrupção desaparece de uma hora para outra. Um relatório do instituto aponta que o número de infrações detectadas em doações políticas em Portugal cresceu fortemente desde o ano 2000, quando o país proibiu o financiamento empresas.

Em parte, isso é reflexo da fiscalização mais dura que também foi implementada no período, nota o documento. Mas, por outro lado, também observou-se o desenvolvimento de práticas para burlar as restrições às doações privadas, como lista de doadores fantasmas.

"A corrupção tem muito a ver com as atitudes culturais. As reformas devem, ter o objetivo de tornar mais difícil as doações irregulares e ficar sempre um passo à frente dessas práticas", afirma Staak.

(BBC)

Quinta-feira, 17 de setembro, 2015

30 de junho de 2015

HOMENAGEM AO DIA DA TELEFONISTA



Na semana em que se comemora o Dia da Telefonista, homenageamos a senhora Aldenice, mais conhecida como Nice, atualmente funcionária efetiva da Prefeitura de Águas Lindas de Goiás como telefonista.

Natural de Campina Grande, na Paraíba, Nice veio para Brasília em 1999, onde já exerceu seu ofício nos jornais Correio do Brasil, Estado de São Paulo e no Quartel General do Exército.

E mais nove anos na Câmara Municipal de Vereadores e atualmente está lotada como recepcionista-telefonista, na prefeitura. Ao todo já são 25 anos de profissão exercida com muito amor e dedicação ao que faz.

Nice tem seu trabalho reconhecido por todos que a conhecem. É uma profissional qualificada e competente, pois está sempre buscando se aperfeiçoar e uma pessoa comunicativa e carismática.

“Amo o que eu faço e gosto de estar ao lado da minha família e amigos. Trabalhar aqui é muito prazeroso para mim, adoro me comunicar e a minha profissão me permite isso”.

Saiba mais

Com a invenção do telefone por Alexandre Graham Bell em 1876, o que até então parecia impossível aconteceu: falar com pessoas que estavam consideravelmente distantes umas das outras.

É claro que no início o aparelho era um luxo para poucos, mas com o passar do tempo, tornou-se popular e fundamental para encurtar distâncias entre as pessoas e resolver problemas pessoais e profissionais.

Dessa necessidade surge uma nova e importante categoria profissional: a telefonista. No começo tudo era bem diferente: só se conseguia uma ligação através da telefonista. Elas intermediavam todas as ligações e, como havia poucos assinantes, as telefonistas conheciam todos os usuários, que tinham um atendimento realmente personalizado!

Com o passar do tempo e com a evolução dos sistemas de telefonia, as características dessa profissão sofreu modificações, mas continua sendo essencial para as empresas que querem atender bem seus clientes.

Outro serviço que surgiu a partir daí foi o de telemarketing muito usado por grandes empresas para falar com seus clientes. A primeira vez que se comemorou o Dia da Telefonista foi em 29 de junho de 1956 e a partir daí essas profissionais nunca foram esquecidas.

Texto do Jornalista "Carlos Mossoró"

Terça – feira 30 de junho, 2016

19 de junho de 2015

A FORÇA DA MULHER NA POLÍTICA


Líder comunitária. Socorro Pires


A mulher tem se destacado nos últimos anos, mostrando que competência no trabalho é um grande marco feminino e na política também. Anteriormente tachada como sexo frágil, a mulher tem se mostrado forte o bastante para encarar os desafios, as metas e objetivos.


A mulher tem grande colaboração nas influências humanas que se tenta propagar na atualidade. Necessitamos de transformações rápidas e desastrosas que precisam de mudanças imediatas. Queremos sempre o melhor. Machistas de plantão, estamos em plena ação.

O avanço feminino frente à política e à economia ainda mostra a força da mulher em perceber e apontar os problemas tendo sempre boas formas de resolvê-los. O avanço e a inovação são fatores preponderantes da mulher, à frente, ela lidera, ela coordena, ela inova, ela faz.

Mesmo enfrentando diversas discriminações, vista como a cuidadora da casa e da família, a mulher conseguiu superar suas dificuldades e ainda administrar seu tempo a favor de suas atividades, para que as questões familiares não entrem em conflito com questões profissionais e sociais.

Dinâmica, audaciosa, a mulher é alvo de grande discriminação por aqueles que ainda acreditam que “lugar de mulher é no fogão” e por isso enfrenta o grande desafio de mostrar que, apesar de ser considerada sexo frágil, é muito forte, em relação às adversidades da vida e seus enfrentamentos.

Politicamente, a mulher vem enfrentando grandes guerras e desafios com maestria e sabedoria. A arte de fazer, realizar e acontecer. Segundo dados estatísticos, o eleitor goiano é, em sua maioria, do sexo feminino, tem entre 25 anos e 59 anos de idade, possui ensino fundamental incompleto e mora na Capital. Conforme dados do TSE.

De acordo com o levantamento, a maior parte do eleitorado goiano, 51,63%, é formada por mulheres. Segundo o TSE, no Estado, há 2.178.807 de mulheres aptas a votar. Os homens respondem por 48,35% e totalizam 2.040.364 de votantes. O número global de eleitores é de 4.219.655 pessoas.

Nos dois casos, o maior número de eleitores tem entre 25 anos e 59 anos de idade para ambos os sexos. São 1.492.859 mulheres e 1.379.760 homens. O maior grupo de mulheres está na faixa de 45 a 59 anos, 502.457. Enquanto a maior quantidade de homens foi observada na faixa de 25 a 34 anos, com 492.128 representantes.
Importante frisar que, em 1997, a Lei das Eleições passou a prever a reserva de vagas para a participação feminina nos cargos proporcionais – deputado federal, estadual e distrital e vereador.

Em 2009, com a sanção da Lei n° 12.034, a primeira minirreforma eleitoral, essa participação passou a ser obrigatória. O novo texto, consta, estipula que sejam preenchidas e não apenas reservadas as candidaturas com o “mínimo de 30% e o máximo de 70% de cada sexo”.

Embora os desafios encontrados pelas mulheres tanto na política quanto na sociedade, podemos dizer que nós mulheres estamos conquistando nosso espaço. É preciso considerar que, por conta das chamadas cotas, fruto de políticas afirmativas para ampliar a participação feminina, os partidos são obrigados a reservar uma participação de, no mínimo, 30% para cada sexo, grande inovação e conquista da mulher.

Daí a Cesar o que é de Cesar, este foi resultado de uma luta pela maior participação feminina, o que pode ser considerado um estrondoso avanço. Ressaltamos que leis e normas por si só possuem um poder relativo, embora sejam importantes instrumentos na luta contra o preconceito, seja ele de qualquer natureza.

O papel social da mulher e sua posição na sociedade brasileira ainda são permeados de contradições. Em termos quantitativos, basta analisarmos alguns dados apresentados pelo governo, observando que a participação das mulheres na Câmara dos Deputados é de 9% e, no Senado, de 10% do total. Além disso, o número de governadoras de Estado também ainda é muito pequeno. Viva todas nós, mulheres. Viva as mulheres de Goiás. Viva a nova política das mulheres de Goiás.

Lorena Ayres é advogada e articulista

Sexta-feira, 19 de junho, 2015