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Amigos SP

27 de janeiro de 2023

QUEM ESPERAVA UM NOVE DEDO PAZ & AMOR MELHORADO ESTÁ TENDO UMA TREMENDA DECEPÇÃO

Chega a ser comovente acompanhar alguns comentários de críticas ao governo Lula por parte de quem ou “fez o L” ou ficou indiferente entre Paulo Guedes e Fernando Haddad. O que exatamente essa turma esperava? Um Lula moderado, democrata, liberal? Com base em qual indício, exatamente?

 

Joice já posou de liberal, depois virou tucana e por fim passou a demonizar Bolsonaro para ajudar na vitória de Lula (pouco, é verdade, pela drástica queda de engajamento dela). Eis o que ela postou, porém:

 

“Como assim!? Lula vai usar o NOSSO DINHEIRO, o Fundo de Garantia à Exportação–FGE, para garantir linhas de créditos de bancos privados e públicos para que IMPORTADORES ARGENTINOS comprem produtos brasileiros! É iniciativa de ALTO RISCO c/gde chance d calote! Congresso vai permitir?” Por onde Joice andou nos últimos anos? Estava inconsciente, por acaso?

 

Janaina Paschoal escreveu: “Se o governo Lula vai começar a patrocinar obras nos países vizinhos, seria importante que, desta vez, houvesse transparência, no que concerne à própria existência das obras, no que tange à natureza dos contratos firmados e, principalmente, relativamente à devolução do dinheiro“.

 

É comovente a esperança de alguns na mudança do nada de quem é ligado ao Foro de SP e sempre deixou isso bem claro. Por que Lula seria responsável com o dinheiro do trabalhador brasileiro agora?

 

“Mesmos erros! O PT não aprendeu com o passado… o Brasil cheio de problemas e ainda querer carregar a Argentina quebrada nas costas…“, desabafou Mendonça Filho. Mas por que o PT teria aprendido com o passado, se mantém a narrativa de que foi injustiçado, perseguido e alvo de um golpe?

 

Heni Ozi Cukier, do Novo, comentou: “Em menos de um mês, Lula já provou que todos os receios de sua volta eram justificados: – Atacou a imprensa – Criticou o Banco Central independente – Elogiou ditadores amigos – Prometeu que o BNDES vai voltar a levar calote no exterior. Esse é o governo que pacificaria o país?” Mas quem realmente acreditou que Lula – Lula! – poderia pacificar o país, se ele sempre jogou uns contra os outros e demonizou seus adversários?

 

Os exemplos pululam. Tucanos e correlatos que passaram os últimos anos detonando Bolsonaro como se ele fosse a maior ameaça à democracia brasileira estão agora surpresos com o fato de Lula agir como sempre agiu. A primeira obra anunciada pelo presidente foi na Argentina. Lá, Lula defendeu as ditaduras cubana e venezuelana. Seu discurso é de raiva, vingança, puro ódio. O impeachment de Dilma é retratado como um golpe.

 

Mas volto a perguntar: qual a novidade? Por acaso Lula ou seu PT deram algum sinal de que fariam algo diferente disso? Ou será que o Lula “paz e amor”, moderado, liberal, responsável e democrata não passou de uma invenção da imprensa tucana? Pois é…

*Gazeta do Povo

Sexta-feira, 27 de janeiro 2023 às 20:18

26 de janeiro de 2023

ELE DESPREZA PROTESTO DA PROCURADORIA E MANTÉM PRISÕES ILEGAIS, SEM PROVAS OU FLAGRANTE

 

Um levantamento feito pela Defensoria Pública da União a pedido da coluna Painel mostra que o ministro Moraes. do $TF, manteve a prisão de ao menos seis investigados pelos atos de vandalismo de 8 de janeiro, apesar da recomendação contrária do Ministério Público Federal, através da PGR.

 

Em alguns casos o pedido dos procuradores foi pela prisão domiciliar, outros pela adoção de medidas cautelares ou pela liberdade.

 

Pela lei 13.964/2019, o Judiciário não pode mandar prender de ofício, ou seja, sem que o órgão acusatório (Ministério Público) se manifeste favoravelmente.

 

“Nessa perspectiva, manifestando-se o órgão acusatório, quando da realização da audiência de custódia, pela concessão da liberdade, com ou sem aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, a soltura é medida que se impõe, sob o risco de perpetuação ad infinitum de uma prisão de ofício, não admitida pelo ordenamento jurídico brasileiro”, critica a Defensoria em um relatório publicado na segunda-feira (23/01) junto com a DPDF (Defensoria Pública do Distrito Federal).

 

Segundo o $TF, porém o entendimento que prevaleceu é o de que o MPF dá o parecer, mas a decisão é do juiz. Nos casos em que as prisões foram mantidas, o Sinistro considerou que as condutas foram ilícitas e gravíssimas, com intuito de, por meio de violência e grave ameaça, coagir e impedir o exercício dos Deuses do olimpo.

O MPF foi procurado, mas não se manifestou.

*Folha

Quinta-feira, 26 de janeiro 2023 às 11:30


 

 

24 de janeiro de 2023

O DESCONDENADO NÃO MUDOU NADA E VOLTA A COLOCAR O BNDES “À DISPOSIÇÃO” DAS EMPREITEIRAS

Era só o que faltava, diria o Barão de Itararé. Já esquecido dos 580 dias que passou na cadeia, por ter montado o maior esquema de corrupção do mundo e colocado o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a serviço das empreiteiras em obras no exterior, o presidente Lula da Silva resolveu repetir a dose. 

 

Em Buenos Aires, durante encontro com empresários brasileiros e argentinos, anunciou na segunda-feira (23/01) que o BNDES vai “voltar a financiar as relações comerciais do Brasil e projetos de engenharia no exterior”.

 

Segundo a repórter Sylvia Colombo, da Folha, que acompanha a visita presidencial à Argentina, mais cedo Lula já havia afirmado que o financiamento de obras na América Latina pelo BNDES seria um “motivo de orgulho” para o Brasil, que a seu ver tem o dever de ajudar os países vizinhos.

 

Disse ainda que, se os empresários brasileiros mostrarem esforço, as condições para a construção de um gasoduto entre Brasil e Argentina poderão ser criadas.

 

“Tenho certeza que os empresários brasileiros têm interesse no gasoduto, nos fertilizantes que a Argentina tem, no conhecimento científico e tecnológico da Argentina. E se há interesse dos empresários e do governo, e nós temos um banco de desenvolvimento para isso, vamos criar as condições para fazer o financiamento que a gente possa fazer para ajudar no gasoduto argentino”, assinalou.

 

Ajudar as empreiteiras brasileiras a fazer obras no exterior é uma boa política, claro, mas desde que não cause prejuízos ao Brasil, como aconteceu no Porto de Mariel, em Cuba, cuja construção foi feita pela Odebrecht com financiamento do BNDES e o pagamento era o trabalho de médicos cubanos no lugar dos brasileiros. Outras importantes obras foram financiadas na Venezuela e em Moçambique —que também deram calote nos pagamentos.

 

Como acentuou a repórter Sylvia Colombo. a atuação do banco de fomento no exterior foi alvo de críticas de opositores nas gestões petistas e agora durante a campanha eleitoral.

 

Os calotes de Cuba, Venezuela e Moçambique estão sendo pagos pelo Fundo de Garantia à Exportação, cujo patrimônio inicial foi constituído mediante a transferência de 98 bilhões de ações preferenciais do Banco do Brasil S.A. e 1,2 bilhão de ações preferenciais da Telebrás.

 

Em tradução simultânea, as empreiteiras e os exportadores não têm risco. Se o país vizinho não pagar, a União arca com o prejuízo. Cuba não tinha a menor condição de financiar mais de 957 milhões de dólares, mas Venezuela e Moçambique poderiam dar como garantia sua produção de derivados de petróleo que o Brasil importa. Mas quem se interessa?

 

Agora, o generoso e audacioso Lula da Silva vai repetir a dose, pois o acordo prevê abertura de crédito para importadores argentinos e criação de um fundo pelo governo brasileiro para garantir o pagamento dos empréstimos, conforme anunciou o despreparado ministro da Fazenda, Fernando Haddad:

 

“O Banco do Brasil não vai tomar risco nenhum com essa operação de crédito de exportação. Nós vamos ter um fundo garantidor, que é um fundo soberano, que vai garantir as cartas de crédito emitidas pelo BB para os exportadores brasileiros”.

 

As irresponsáveis falas de Lula e Haddad, é claro, derrubaram as ações do Banco do Brasil. As transações entre os dois países não podem ser em peso ou real, mas em moeda forte. Motivo: além do calote, há o problema da desvalorização do peso, que é maior do que a do real. Mas isso também não é problema…

 

Segundo o neoeconomista Haddad, a perda a ser sofrida pelo Banco do Brasil será coberta pelo Fundo Garantidor de Exportações. É genial! Ou bestial! como dizem os portugueses.

 

O duo Lula/Haddad sonha (?) em conseguir que, a cada operação, o governo argentino ofereça garantias colaterais com liquidez internacional — que podem ser títulos da dívida de países estáveis ou contratos futuros de venda de commodities, por exemplo. Mas acontece que a Argentina está quebrada, o que até as mães da Praça de Mayo sabem, mas Lula e Haddad ignoram.

 

*Carlos Newton

Terça-feira, 24 de janeiro 2023 às 13:59