"NÃO HÁ DEMOCRACIA ONDE O VOTO É OBRIGATÓRIO"

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Amigos SP

2 de outubro de 2016

TEMER FOI O PRIMEIRO A VOTAR EM SEÇÃO NA CAPITAL PAULISTA





O presidente Michel Temer votou às 8h na Pontifícia Universidade Católica (PUC), zona oeste da capital paulista. Ele foi o primeiro eleitor a votar na seção.

A votação ocorreu antes do horário que havia sido anunciado - sua assessoria havia divulgado que o presidente iria comparecer à seção eleitoral por volta das 11h.

Um grupo de estudantes tinha anunciado nas redes sociais que realizaria um protesto no local. No momento em que Temer chegou à PUC, os estudantes ainda não estavam mobilizados. Após a votação, a assessoria disse não saber informar o motivo da mudança de horário.

Acompanhado apenas de assessores e seguranças, Temer falou rapidamente com a imprensa, desejou a vitória da democracia e informou que voltará ainda hoje (2) para Brasília. (A/E)
Domingo, 02 de outubro, 2016

ELEITORES MOVIMENTAM RODOVIÁRIA DE BRASÍLIA PARA VOTAR EM CIDADES DO ENTORNO

 
O eletricista Ney Belo, de 38 anos, saiu cedo de casa hoje(2) para pegar o ônibus até Posse (GO) onde vai votar nesse primeiro turno das eleições municipais. São pouco mais de 300 quilômetros até o município, que fica próximo à divisa com o estado da Bahia. “Fazemos parte do que vai acontecer lá na frente, então é necessário participar disso tudo [das eleições]. Esperamos que tenha alguma mudança com essas eleições”, disse Belo, que mora há nove anos do Distrito Federal (DF), mas como tem família em Posse, prefere manter seu título lá.

Ele é uma das pessoas que saem do DF a cada quatro anos para votar em municípios que ficam no entorno, em Goiás, ou até mais longe, como em Minas Gerais ou Bahia.

Já a babá Maria do Rosário, de 62 anos, mesmo desacreditada da política, foi até Valparaíso de Goiás (GO) para votar nos candidatos a vereador e prefeito. “Acho importante votar, mas hoje em dia não vale a pena, é uma obrigação. Não estou confiante de que as coisas vão mudar”, disse, que mudou há um ano para trabalhar no DF, depois de viver durante 30 anos no município do entorno, a cerca de 40 quilômetros da capital federal. “Volto lá também para rever os amigos”, completou.

Pessoas que não podem viajar para votar têm a opção de justificar a ausência. O eleitor poderá procurar um posto de justificativa disponibilizado pela Justiça Eleitoral em sua cidade no dia da eleição ou comparecer ao cartório eleitoral em até 60 dias após o pleito, quando terá que preencher um fomulário, que é entregue na hora. Cada turno conta como uma falta. Após três faltas, o título eleitoral poderá ser cancelado.

Mais esperançosa e consciente do voto, Driele dos Santos Alcântara Faria, mora e trabalha no Distrito Federal, mas foi criada e mantém laços familiares em Cidade Ocidental (GO). “Vamos apoiar nosso candidato, dar esse voto de confiança. A pessoa tem que ter consciência em quem vai votar, como a pessoa é, e não vender o voto dela em troca de alguma coisa”, disse a secretária de 26 anos, que viajou 50 quilômetros junto com o marido.

Hoje, cerca de 144 milhões de brasileiros vão às urnas eleger prefeitos e vereadores. As seções eleitorais da maioria dos municípios brasileiros foram abertas às 8h e fecham às 17h, de acordo com o fuso horário da cada cidade. A exceção são o Distrito Federal e o arquipélago de Fernando de Noronha, onde não há eleição para os cargos em disputa, por causa das características político-administrativas.(EBC)

Domingo, 02 de outubro, 2016

PF FAZ BUSCA E APREENSÃO EM COMITÊ DE CANDIDATO A PREFEITO NO ENTORNO

 

A Polícia Federal cumpriu quinta-feira(29) três mandados de busca e apreensão contra o candidato a prefeito de Planaltina (GO), no Entorno do Distrito Federal, David Soares, conhecido como Dr. Davi.

Policiais federais fazem buscas no comitê eleitoral do candidato do PROS e na gráfica do partido responsável por produzir panfletos e banners da campanha. Materiais gráficos da chapa de vereadores e prefeito da cidade, computadores responsáveis pela produção, além de notas fiscais, foram apreendidos.

A suspeita é de que o candidato do PROS distribuiu material impresso com ilegalidades e em quantidade maior que a permitida pela Lei Eleitoral. A investigação também aponta que a gráfica partidária funcionaria sem alvará.

A ação comandada pela Delegacia de Defesa Institucional (Deleinst), da Superintendência Regional da PF em Brasília, cumpre determinação do juiz eleitoral Alano Cardoso e Castro, do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO).

De acordo com o juiz, o PROS teria manipulado o material impresso de campanha, com o intuito de fraudar a prestação de contas das eleições de 2016, por serem donos de grande poder econômico. E afirma que, em 3 de agosto, foi cumprido outro mandado de busca e apreensão no local, por produzir material antes do período permitido em lei. Na ocasião, 265.194 mil unidades de santinhos foram recolhidas. O partido nega. (A/E)

Domingo, 02 de outubro, 2016

MENDES DIZ QUE ELEIÇÃO FOI QUE MAIS TEVE EPISÓDIOS DE VIOLÊNCIA DA HISTÓRIA

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes esteve na manhã deste domingo no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo para acompanhar a votação paralela, sistema de auditoria de segurança das urnas eletrônicas. O ministro afirmou essa foi uma das eleições com mais episódios de violência da história e que isso é reflexo do aumento da insegurança pública no País.

"Houve uma deterioração do quadro de segurança pública e isso se reflete no processo eleitoral", disse ele. "Temos mais violência do que tivemos em 2012." Ele, que esteve na Baixada Fluminense para acompanhar os casos recentes de violência no Rio de Janeiro, afirmou que foram feitos pedidos de força federal em mais de 400 municípios pelo País. "Sabemos que muitos desses casos têm relação com o crime organizado. A última coisa que queremos é o crime organizado envolvido com a política."

O presidente do STF afirmou que essas eleições vão funcionar como uma espécie de "experimento institucional" por estrearem novas regras, como a proibição do financiamento empresarial nas campanhas. Em relação ao fato de a medida possivelmente desencadear aumento de caixa dois, o ministro afirmou que deverá haver uma avaliação precisa após o segundo turno e, se necessário, a indicação de novas medidas. "O que eu estou defendendo faz tempo é que temos que fazer a tão desejada reforma política do sistema eleitoral."

Quanto à segurança das urnas, o presidente do STF afirmou que a verificação paralela ratificou a confiabilidade do sistema. "Fazemos no dia anterior um sorteio para apanhar determinadas urnas, trazemos para um ambiente controlado e fazemos essa votação, controlando o voto e o resultado. O sistema é totalmente seguro", afirmando que apenas nove urnas tinham sido substituídas até então.

Gilmar Mendes afirmou que a apuração, como na eleição anterior, deve ser muito rápida. Depois da coletiva de imprensa, o ministro partiu para Brasília, de onde vai acompanhar os resultados. (AE)

Domingo, 02 de outubro, 2016

PROCURADOR PEDE REJEIÇÃO DAS CONTAS DE DILMA EM 2015

 
O procurador-geral do Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Paulo Soares Bugarin, recomendou à corte que dê parecer pela rejeição das contas do governo Dilma Rousseff em 2015. A apreciação do processo está prevista para a próxima quarta-feira, 5. O relator do caso no tribunal, ministro José Múcio Monteiro, também decidiu propor aos colegas a reprovação, a exemplo do que ocorreu em relação ao balanço do ano anterior.

Em relatório recém-concluído, o procurador lista 17 irregularidades identificadas nas contas de governo de 2015, as quais ensejariam o parecer pela rejeição, incluindo as que serviram como fundamento para abrir e aprovar o impeachment da ex-presidente Dilma no Senado.

“As Contas do Governo referentes ao exercício de 2015 não observaram as normas e os princípios constitucionais e legais na execução dos orçamentos da União e nas demais operações realizadas com recursos públicos federais, em especial quanto ao que estabelece a Lei Orçamentária Anual”, escreveu Bugarin, no documento ao qual o Estado teve acesso.

Entre os problemas apontados estão os atrasos nos repasses ao Banco do Brasil, relativos à equalização de juros do Plano Safra, e também ao BNDES, correspondentes ao Plano de Sustentação do Investimento (PSI). O relatório também cita a abertura de créditos suplementares por meio de decretos em desacordo com a lei orçamentária e abertura de créditos extraordinários por meio de medidas provisórias, sem os critérios de urgência e imprevisibilidade.

Depois da decisão do plenário do TCU, o parecer segue para o Congresso, responsável por julgar as contas do governo. (AE)

Domingo, 02 de outubro, 2016