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Amigos SP

3 de junho de 2017

PF ACHOU R$ 268 MIL NA CASA DE EX-PRESIDENTE DA NOVACAP DESEMPREGADO




A Polícia Federal encontrou ‘grande quantidade de dinheiro suspeito’ em um cofre na residência do ex-presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Nilson Martorelli. Ao todo, R$ 268,147,54 em dinheiro vivo estavam em poder de Martorelli, alvo da Operação Panatenaico, deflagrada no dia 23 de maio.

Panatenaico mira um ex-assessor do presidente Michel Temer, Tadeu Filippeli, e os ex-governadores do DF José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PC do B) por suposto desvio de quase R$ 1 bilhão nas obras de reforma do Estádio Mané Garrincha para a Copa 2014 – empreendimento inicialmente orçado em R$ 600 milhões custou ao Tesouro R$ 1,57 bilhão.

As buscas – e o decreto de prisão do ex-assessor de Temer e dos ex-governadores – foram autorizadas pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília.

Nesta quinta-feira, 1, o magistrado mandou executar buscas complementares na sede da Novacap, espeficiamente nas salas que foram ocupadas por Martorelli e pela engenheira da empresa, Maruska Lima de Souza Holanda, ex-diretora da Obras da Novacap.

Nesta última decisão, Vallisney reproduz informação da Polícia Federal relativa à apreensão do dinheiro vivo no cofre do ex-presidente da Novacap. “Não condiz com a sua condição de ex-servidor público, desempregado há mais de dois anos, conforme salientado pela autoridade policial”, destacou Vallisney.

O juiz assinalou, ainda, que foram encontradas planilhas na residência de Martorelli ‘fazendo referência a valores que totalizam quinhentos mil reais, o que coincide com a possível propina cobrada pelo mesmo para a realização de um dos aditivos da obra do Estádio Mané Garrincha’.

Panatenaico tem origem nas delações premiadas de dois executivos da empreiteira Andrade Gutierrez. Um deles, Rodrigo Leite Vieira, declarou ter pago propina de R$ 500 mil ao ex-executivo da Novacap.

“Agora, após o cumprimento das primeiras buscas e apreensões, surgiu a necessidade de realização de novas buscas e apreensões, objetivando fortalecer os elementos probatórios da participação de Maruska Lima de Souza Holanda e NIlson Martorelli”, observou o juiz, amparado na informação da PF sobre apreensão de pen drives na residência da engenheira ‘contendo possível planilha de pagamento de propina, com valores vinculados à pessoa de nome Pedro’.

Vallisney destaca que Maruska ‘não soube explicar à autoridade policial porque a mídia contendo tais informações foi encontrada em sua residência’.

‘Pedro’ foi mencionado no depoimento de Rodrigo Leite – responsável pelo pagamento de propina nas obras do Mané – como sendo uma das pessoas através da qual ‘foi tal pagamento ilícito foi feito a Maruska’.

A PF encontrou, ainda, ‘documentos suspeitos’ no veículo Mitsubishi ASX em nome da engenheira sobre a construção.

Maruska ocupou o cargo de presidente da Terracap, além de ter exercido outros cargos relevantes no Governo do Distrito Federal e figurado como integrante da Comissão de Licitação que consagrou as empresas Via Engenharia e Andrade Gutierrez como vencedoras do certame das obras do Mané e única signatária da homologação e adjudicação da pré-qualificação do Consórcio.

Em sua delação, Rodrigo Leite foi taxativo ao dizer que Maruska, na condição de diretora da Novacap e depois presidente da Terracap, teria recebido valores ilícitos, tanto da Via Engenharia, quanto da Gutierrez, ‘tudo a apontar que pode ter incorrido nos delitos de corrupção, fraude à licitação, associação ou organização criminosa e lavagem de dinheiro’.

“Verificou-se, ainda, que o investigado Nilson Martorelli, outro diretor, então presidente da Novacap e igualmente ocupante de outros cargos executivos no GDF, bastante ligado à obra, foi alvo das confissões de Rodrigo Leite Vieira de que teria, assim como ocorreu com Maruska, recebido propina durante os aditamentos contratuais da reforma do Estádio Mané Garrincha”, pontua o magistrado que deflagrou a Operação Panatenaico.

“Assim, considerando esses novos elementos probatórios encontrados nas residências de ambos os investigados, os quais exerceram relevantes cargos na Novacap no período da ocorrência dos supracitados delitos, é grande a probabilidade de que, na sede da referida empresa, existam outros elementos probatórios sobre a prática ilícita”, destacou Vallisney ao autorizar as buscas desta quinta-feira, 1. (AE)

Sábado, 3 de Junho, 2017 as 10hs00



2 de junho de 2017

PF CUMPRE MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO NA NOVACAP




A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), nesta quinta (1º). Ação é um desdobramento das investigações da Operação Panatenaico, que investiga o superfaturamento das obras do Estádio Mané Garrincha, estimado em R$ 900 milhões.

De acordo com a PF, a busca e apreensão tem como objetivo coletar mais informações sobre a participação de servidores no esquema.

Todos soltos

Presos na operação da PF, os ex-governadores Agnelo Queiros (PT) e José Roberto Arruda (PR), ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) e sete ex-gestores foram liberados nesta quarta (31). A decisão foi do desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Sexta-feira, 2 de Junho, 2017 as 9hs00

1 de junho de 2017

APÓS AGNELO, JUSTIÇA MANDA SOLTAR EX-GOVERNADORES ARRUDA E FILLIPPELI




O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli foram libertados no final da tarde de hoje (31). Também foram soltos os empresários Jorge Luiz Salomão e Sérgio Lúcio Silva de Andrade, além do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal Afrânio Roberto de Souza Filho.

A decisão foi do desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Guedes já havia decidido, na manhã desta quarta-feira, pela soltura do também ex-governador Agnelo Queiroz. Eles foram soltos oito dias após terem tido a prisão temporária decretada pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1).

Na decisão referente a Agnelo, o desembargador acatou o argumento da defesa de que a prisão temporária de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, que havia sido autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, deveria durar somente enquanto a PF cumpria diligências para coleta de provas, já realizadas. A assessoria da Justiça Federal não informou detalhes da decisão que libertou os demais acusados.

Todos teriam participado de esquemas de desvios de recursos de obras no DF, detalhados em delações premiadas de executivos da empreiteira Andrade Gutierrez, que integrava o consórcio de reconstrução do Estádio Mané Garrincha, junto com a Via Engenharia. De acordo com o juiz federal, existem várias provas de que as supostas irregularidades não se restringem às obras envolvendo o estádio.

A reconstrução do antigo Mané Garrincha foi estimada inicialmente em R$ 690 milhões, mas acabou custando cerca de R$ 1,5 bilhão, o que fez com que o estádio se tornasse o mais caro entre os 12 que receberam os jogos da Copa do Mundo de 2014. O dinheiro saiu dos cofres da Terracap, empresa pública do governo do Distrito Federal, cujo capital é formado por 51% do GDF e 49% da União.

O caso começou a ser investigado em setembro de 2016, a partir de depoimentos de três executivos da construtora Andrade Gutierrez, em colaboração premiada firmada junto à Procuradoria-Geral da República (PGR). As informações de que houve fraude na licitação foram confirmadas por diretores da Odebrecht que afirmaram – também em colaboração premiada – que em decorrência dessa combinação prévia, a empresa participou da licitação apresentando um valor superior ao oferecido pela Andrade Gutierrez, que depois retribuiu o "favor" na licitação para as obras da Arena Pernambuco.

Quinta-feira, 1º de Junho, 2017 as 10hs00