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Amigos SP

23 de novembro de 2019

Congresso testa rotas para a volta da prisão de réu condenado em segunda instância


Continua intensa a movimentação no Congresso, como deve ser, para que a decisão do Supremo de que sentença só pode começar a ser cumprida depois de esgotados todos os inúmeros recursos não reinstitua o primado da impunidade dos ricos e poderosos — aqueles que conseguem contratar o serviço de advogados competentes em explorar o emaranhado da legislação.

Deputados e senadores trabalham no único caminho possível para que no Brasil se volte a executar a pena a partir da condenação em segunda instância, como na grande maioria dos países: deixando mais clara a regra no enunciado das leis.

Há dubiedades que terminam dando margem a que se faça da Constituição e do Código de Processo Penal leituras contraditórias. A prisão em segunda instância vigorou de 1941 a 1999, quando a jurisprudência foi mudada para o “trânsito em julgado” — o esgotamento total dos recursos —, regra que foi seguida até 2016. Voltou a prisão em segunda instância, suspensa agora. Um vaivém indesejado.

Senado e Câmara trabalham em dois caminhos: o de alterações na Constituição — mais difícil, por exigir quórum qualificado de três quintos (60%) dos votos em cada Casa do Congresso, e em dois turnos — e o do projeto de lei comum, para o qual é necessária apenas maioria simples. Há proposta de emenda (PEC) a fim de alterar o inciso 57 do artigo 5º, dos direitos e deveres individuais e coletivos, para permitir, de forma clara, o início antecipado da execução da sentença.

Juristas não aconselham a alternativa, porque o artigo 5º é cláusula pétrea, só pode ser alterado por Constituinte. Sem abandonar esta tentativa, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou na quarta outra PEC, esta para alterar dispositivos (artigos 102º e 105º) não blindados. Visa a revogar os recursos “extraordinários” e “especiais”, impetrados junto ao Supremo e ao Superior Tribunal de Justiça. Com isso, o trânsito em julgado passaria a ocorrer de fato no fim da segunda instância, o que não impede o condenado de continuar a recorrer aos tribunais, pois sua inocência continua presumida.

Faz todo sentido, porque é nas duas primeiras instâncias que se julgam de fato os processos, confrontando-se provas e depoimentos. Nas instâncias seguintes, discutem-se apenas aspectos jurídicos. Tanto que a proporção de revisões de sentenças no STJ e STF é mínima.

É praticamente certo que, aprovado pelo Congresso, o cumprimento antecipado da sentença voltará de alguma forma ao Supremo Tribunal Federal. O presidente da Casa, ministro Dias Toffoli, já declarou não ver problema em que o Congresso institua a jurisprudência, desde que não fira cláusula pétrea.

Com cinco ministros da Corte favoráveis à prisão em segunda instância, vencidos pelo voto de minerva do próprio Toffoli, a proposta poderia sair vencedora com o apoio do presidente da Corte. Os políticos precisam levar isto em conta. (O Globo)


Sábado, 23 de Novembro, 2019 ás 08:40

21 de novembro de 2019

Governo do DF assina proposta de aumento para Policiais Militares e Bombeiros



Uma proposta feita a “várias mãos” foi assim que o governador Ibaneis Rocha classificou a proposta de aumento salarial para a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). “O GDF e a União estão tentando solucionar um problema de cerca de 20 anos. O governador empenhou toda a sua equipe para que nos achemos juntos a solução, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro”.

O texto foi assinado durante cerimônia no Palácio do Buriti, nesta quarta-feira (20). Agora a proposta segue para avaliação do presidente Jair Bolsonaro, caso tenha seu aval, faltará ainda aprovação do Congresso Nacional. Isso tudo, porque tanto a PM quanto o Corpo de Bombeiros são mantidos pela União.

Durante seu discurso, Ibaneis ressaltou que a negociação com o governo federal ocorre desde o início do ano. “Foram inúmeras reuniões no Palácio do Planalto até que construíssemos essa proposta a várias mãos. Então sai com um endosso da presidência da República e tem muita chance de avançar”.
O governador também lembrou que essa é uma reivindicação muito antiga das corporações. “Estamos solucionando um problema de 20 anos que nenhum governo, nem o Estadual, nem o Federal, teve coragem de avançar”.

Esse aumento não vai gerar nenhum acréscimo ao Fundo Constitucional: “O próprio reajuste que vem naturalmente no próximo ano cobre todas as despesas”. “Está  tudo equacionado. O que precisamos agora é de um entendimento do Congresso Nacional para que tramite o mais rápido possível”.

Em 2020, a ordem será de R$ 379.113.996,00, observado o orçamento previsto no Fundo Constitucional do DF. Para os exercícios seguintes, os valores serão de R$824.249.675,00 em 2021; R$1.246.367.477,00 em 2023. Isso representará uma despesa anual de R$1.609.433.586,00 a para de 2024, quando todas as parcelas estarão integralizadas. 

(Com informações Agência Brasília)

Quinta-feira, 21 de Novembro, 2019 ás 12:19

19 de novembro de 2019

“Quarta-feira, novamente, o STF trará mais instabilidade à Nação”



Em mais um texto divulgado nas redes sociais, o jurista Modesto Carvalhosa foi impecável em suas colocações

Como faz todas as semanas, nesta quarta-feira, dia 20, o STF novamente trará mais instabilidade às instituições democráticas, cumprindo mais uma etapa na sua inexorável trajetória de destruir todos os mecanismos de combate à corrupção.

Não bastassem as “medidas” que já tomou contra a Operação Lava Jato, para eliminá-la do mapa, o Pretório Excelso agora vai “decidir” que todas e quaisquer investigações de lavagem de dinheiro precisam ter prévia autorização judicial.

Sustentam os garantistas da impunidade que os corruptos, traficantes de armas, de drogas e também as organizações criminosas gozam de sigilo em suas movimentações financeiras.

Por isso, os computadores de 4.ª geração que detectam e lêem os crimes financeiros no BC, na Receita Federal e no antigo COAF, não podem automaticamente transmitir aqueles dados à Polícia Federal e ao Ministério Público e nem remetê-los às agências de combate ao crime dos outros países envolvidos.

    Em nenhuma nação do mundo civilizado existe esse requisito de autorização prévia do Judiciário para o início de investigações de lavagem de dinheiro pela polícia e pelos promotores de justiça.

A lavagem de dinheiro é um delito multinacional, em que todas as agências de combate ao crime dos diversos países estão entrelaçadas, direta e automaticamente.

Por essas e demais “decisões” semanais da nossa Suprema Corte a favor do crime é que o Brasil já foi severamente advertido pela OCDE, devendo sofrer graves sanções internacionais.

O povo brasileiro não aceita mais essa afronta aos seus sentimentos patrióticos, à sua honra e à sua segurança. (Diario do Brasil )

Terça-feira, 19 de Novembro, 2019 ás 18:00

10 de novembro de 2019

Procurador manda a real: “Congresso não fará nada e ainda tentará mudar a lei da ficha limpa”



O procurador aposentado Carlos Fernando dos Santos Lima, o mais antigo membro da força-tarefa da Operação Lava Jato, disse que o Congresso não vai alterar a legislação para permitir a prisão de condenados em 2ª instância:

“Não se iludam com pessoas tentando desmobilizar a indignação com o ‘salva ladrões’, pois o Congresso, sem milhões de pessoas nas ruas, não aprovará nada, nem o fim do foro, nem a prisão após segunda instância, nem projeto Moro, nem nada que não seja tirar dinheiro do seu bolso”

Lima, que atualmente está aposentado, disse que o pior ainda está por vir:

“E o pior ainda está por vir. Vão tentar mudar a lei da ficha limpa enquanto o STF anulará as condenações de diversos condenados, especialmente Lula. Assim, não haverá barreira para que ladrões dos cofres públicos voltem para os palácios, para as mordomias, e para as velhas práticas corruptas, turbinados ainda pelos fundões bilionários sustentados pelos seus impostos. ”

(Diário do Brasil)

Domingo, 10 de novembro ás 18:00