Após
parecer jurídico da consultoria do Senado que não aconselha a instalação da
investigação, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Lava Toga pode não sair do
papel. Com a rejeição, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre pode
simplesmente engavetar o pedido. “Previsível demais, mas vamos para outra
esfera da justiça”, reagiu o senador Jorge Kajuru, um dos principais
articuladores da proposta.
“A
maioria dos consultores ou trabalha no IPD do Gilmar Mendes ou é aluno. Quem
manda nessa consultoria é quem nunca quis a CPI da Toga”, afirmou o senador ao
se referir, provavelmente, ao Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) de
propriedade do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para
evitar um novo arquivamento da CPI, Kajuru disse ainda que irá à justiça para
garantir que o plenário soberano decida sobre o tema. No entanto, também está em
andamento uma força-tarefa de aliados do governo federal que tentam convencer
pelo menos cinco parlamentares a retirarem suas assinaturas do pedido de
instalação da CPI.
Para
esse movimento, os rumos da investigação seriam incertos e poderiam desencadear
uma crise no País, com enormes prejuízos inclusive à votação de pautas
importantes para a gestão Bolsonaro como a reforma da previdência.
Vale
lembrar que dos 29 nomes que assinaram o requerimento para a retomada da Lava
Toga, que já foi arquivada uma vez, dois são do PSL. Com três assinaturas a
menos, o projeto que vai investigar a atuação dos ministros do Supremo Tribunal
Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Não terá prosseguimento. (Jornal
Opção)
Terça-feira,
26 de março, 2019 ás 10:34
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