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27 de novembro de 2017

PETROBRAS E PARCEIROS INICIAM PRODUÇÃO NO PRÉ-SAL DO BLOCO DE LIBRA




A Petrobras informou a entrada em produção do bloco de Libra, localizado no pré-sal da Bacia de Santos. A produção teve início neste domingo (26), a partir da FPSO Pioneiro de Libra, unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo e gás natural.

Segundo nota divulgada hoje (27) pela estatal, a atividade no bloco gigante de Libra, por sua magnitude, potencial de produção, boa qualidade do óleo e o alto valor comercial, abre novas oportunidades de negócios na indústria petrolífera offshore brasileira.

Ainda em fase de testes de longa duração e sistemas de produção antecipada, a FPSO Pioneira de Libra é a primeira unidade da Petrobras equipada para injetar todo o gás produzido durante os testes.

A Petrobras informa que, até o momento, foram perfurados 12 poços no bloco de Libra e que o bloco tem capacidade de processar, diariamente até 50 mil barris de petróleo e 4 milhões de metros cúbicos de gás associado.

O início de produção de Libra ocorre cerca de quatro anos depois de o bloco ter sido arrematado no primeiro leilão do pré-sal no regime de partilha. Com duração prevista de um ano, o teste  tem o objetivo de avaliar o comportamento do reservatório de petróleo e ampliar o conhecimento das características da jazida.

Segundo a estatal, depois da conclusão do primeiro teste, a FPSO será deslocada para operar os sistemas de produção antecipada em outros poços do mesmo prospecto, “com o objetivo de aumentar ainda mais o conhecimento da jazida e também de apoiar o desenvolvimento e otimização de todas as futuras unidades a serem instaladas na área”.

Liderado pela Petrobras, com 40% de participação, o consórcio de Libra tem ainda a Shell como parceira com 20% de participação; a Total (20%); as chinesas CNPC (10%) e CNOOC (10%). O consórcio ainda conta com a participação da companhia estatal Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), que é a gestora do contrato. (ABr)

Segunda-feira, 27 de novembro, 2017 ás 14hs30

26 de novembro de 2017

MINISTRO QUER MAIS ALUNOS POBRES EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS


O ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, disse nessa sexta-feira (24) que o maior desafio educacional no Brasil é a qualidade do ensino. E defendeu maior participação de alunos de renda mais baixa em instituições públicas que, geralmente, recebem estudantes de condições financeiras mais elevadas porque tiveram um nível de ensino anterior de melhor qualidade.

As declarações foram dadas antes de o ministro ser homenageado pela Academia Brasileira de Educação (ABE), com o prêmio Fernando Azevedo - O Educador do Ano, no Teatro da Fundação Cesgranrio, em Rio Comprido, no Rio de Janeiro.
“Isso, de certo modo, é também uma distorção. Quero alunos mais pobres cursando universidades públicas, para que eles possam ter cada vez mais oportunidades nas suas vidas”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil.

O ministro comentou que o Brasil tem um bom padrão de ensino superior público e também há instituições privadas em excelente qualidade, mas defendeu a busca por avanços mais significativos, porque ainda não se consegue alcançar o patamar global que se vê na Europa, na América do Norte e na Ásia.

Para o ministro, melhorar a qualidade da educação básica é um dever imediato, não apenas no campo das políticas sociais, mas na perspectiva do desenvolvimento econômico, uma vez que o Brasil perde espaço quando o tema é competitividade.

“Não há dúvida de que a educação brasileira, hoje, é uma tragédia humana de dimensões incalculáveis no futuro das nossas crianças e jovens”, afirmou, durante a cerimônia de premiação.

TEM QUE SER AGENDA

Mendonça filho disse ainda que a Reforma do Ensino deve ser avaliada, sem que o Brasil assista passivamente às eternas discussões no campo da educação. “Enquanto a educação não for uma agenda da sociedade brasileira, não alcançaremos as mudanças profundas e necessárias. Em um Brasil dividido por divergências políticas e ideológicas, defendo que a educação deve ser o grande vetor de convergência nacional”, afirmou.

O ministro lembrou que, quando foi convidado pelo presidente Michel Temer, em maio de 2016, para assumir o cargo, os diagnósticos ruins eram abundantes e, por isso, era preciso agir rápido para mudar essa realidade. De lá para cá, de acordo com o ministro, foram tiradas do papel ações como a reforma do ensino médio, que tinha sido discutida há mais de 20 anos sem chegar a lugar algum.

“É preciso agir, fazer acontecer, corrigir rumos. Com essa diretriz, a nossa gestão está promovendo ações estruturantes, como a reforma no ensino médio, mudança fundamental que deixa o currículo flexível, articulando com o ensino técnico profissionalizante e ao mesmo tempo facultando ao jovem o famoso protagonismo juvenil”, disse.

O ministro destacou a política de indução das escolas em tempo integral, que vai ampliar as matrículas neste período escolar, pela primeira vez, com apoio do MEC. Contou que, das 8 milhões de matrículas no ensino médio em todo o país, apenas cerca de 300 mil são em educação em tempo integral. “Estamos assegurando, com investimento de R$ 1,5 bilhão, o incremento em torno de 500 mil matrículas em três anos”, afirmou Mendonça Filho.

(Com informações da Agência Brasil)

Domingo, 26 de novembro, 2017 ás 12hs00

25 de novembro de 2017

EM 2018 NÃO VOTE POR VOCÊ. VOTE PELO PAÍS.




É duro ter que reconhecer, mas a crise política que nos atormenta, desde sempre, tem, em nós eleitores, a sua fonte primária. Das urnas, fecundadas pelo voto de cada cidadão, brotam os legítimos representantes da sociedade. Bons ou maus, eles tomam posse do que receberam e com eles temos que seguir, mesmo desconfiando de que o destino final dessa jornada acabe sempre onde começou.

Andamos em círculos e de mãos vazias por vontade própria, escolhendo tipos bem parecidos com nós mesmos. Gestamos, em cada eleição, quem, lá em frente, desviará, sem remorsos, os recursos da saúde. E quando chega o inesperado, nós, os eleitores, ou somos obrigados a suprir o vácuo deixado na Saúde e vamos atrás de um plano, ou ficamos deitados em macas sujas e improvisadas nos corredores superlotados dos hospitais à espera de um atendimento de emergência que nunca chega, nem nos damos conta de que estamos naquela situação terminal por nossos próprios atos cívicos.

Para aqueles que conseguem escapar ilesos dos hospitais infectados e das ruas assassinas, novas eleições virão e a oportunidade de repetir o mesmo gesto, escolhendo os mesmos tipos, com raras exceções para que tudo permaneça do mesmo jeito por gerações.

Somos nossos próprios algozes. Dentro desse formato de sociedade que escolhemos como ideal para todos, nem nos damos conta de que mudar a forma de se fazer política é fácil. Difícil é começar essa mudança em nós mesmos. Nenhuma reforma política coerente virá de nossos representantes, uma vez que recusamos essa mesma reforma em nossos hábitos diários.

Lima Barreto (1881-1922) dizia que o “Brasil não tem povo, tem público” para justificar não só a apatia que demonstramos com relação à nossa própria história, mas a indiferença de cada um com o destino de todos. É preciso lembrar que todos os políticos que hoje se encontram encarcerados foram, um dia, devidamente escolhidos e ungidos com o nosso voto. De certa forma somos cúmplices passivos dessa gente.

Especialistas em segurança pública defendem abertamente a tese de que a perpetuação das facções criminosas em muitos redutos do país se deve, em parte, à colaboração voluntária de parcela significativa de moradores locais. Cientes desse desdém da população com relação ao destino do país, muitos políticos, mesmo carregando nas costas inúmeros processos judiciais, por crimes vários, permanecem e se lançam em campanhas pelo Brasil afora, certos da conivência de muitos eleitores.

Ao custo Brasil se soma a classe política atual, acrescenta-se parcela significativa desse público que não se avexa em ter seu futuro roubado bem diante dos próprios olhos e de todos. Talvez não seja por acaso que muitos historiadores classificam o povo como sendo “uma porção de ninguém”.

Por Circe Cunha

Sábado, 25 de novembro, 2017 ás 11hs40