"NÃO HÁ DEMOCRACIA ONDE O VOTO É OBRIGATÓRIO"

Se ainda não é, seja nosso novo seguidor

Amigos SP

9 de janeiro de 2017

RECEITA LIBERA HOJE CONSULTA A LOTE RESIDUAL DO IMPOSTO DE RENDA




A partir das 9 horas desta segunda-feira (9), estará disponível para consulta o lote multiexercício de restituição do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física. Ele contempla restituições residuais referentes aos exercícios de 2008 a 2016, informou a Receita Federal.

O crédito bancário para 177.539 contribuintes será realizado no dia 16 deste mês, totalizando R$ 370 milhões. Desse total, R$ 6,768 milhões serão destinados a contribuintes idosos (21.130) e com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave (2.232).

A correção pela taxa Selic do valor a ser restituído varia de 9,92% (para restituições referentes a 2016) e 91,49% (para as de 2008).
Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na internet, ou ligar para o Receitafone 146.

Na consulta à página da Receita, pelo serviço e-CAC, é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nesta hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

Tablets e smartphones

A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do Imposto de Renda Pessoa Física e situação cadastral no CPF (Cadastro de Pessoa Física).

Com ele será possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do imposto e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requer por meio da internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do BB ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco. (ABr)

'QG' DA LAVA-JATO REÚNE MAIS DE 30 MILHÕES DE ARQUIVOS

Um acervo criminal e histórico de mais de 30 milhões de documentos, guardados em uma sala sem janelas com acesso controlado e monitorado 24 horas por câmeras na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, forma o banco de dados da Operação Lava Jato. A delação da Odebrecht, que deve ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) entre fevereiro e março, vai mais do que duplicar as investigações.

É o maior acervo de provas já produzido pela Polícia Federal em uma investigação contra a corrupção no Brasil. Às vésperas de completar três anos, em março, a Lava Jato teve 36 fases deflagradas, cumpriu 730 mandados de busca e apreensão até aqui e acumulou um total de 1.434 procedimentos instaurados.

No terceiro andar da Superintendência em Curitiba, o centro nervoso da Lava Jato ocupa quatro salas interligadas por portas internas que formam um labirinto circular.

A primeira sala guarda HDs com cópias de segurança dos arquivos digitalizados. Nas prateleiras estão pastas de inquéritos, relatórios, apensos e análises dos mais de 400 inquéritos e procedimentos criminais já abertos pelos delegados.

Na segunda e na quarta salas trabalham equipes de analistas que passam o dia abrindo arquivos apreendidos em buscas, triando dados de relevância para as apurações e produzindo relatórios de análise - um grupo restrito de cerca de 20 investigadores. Cada equipe tem um chefe e está vinculada a um delegado da Lava Jato

Todo o material é digitalizado, indexado e colocado em uma plataforma acessível para permitir buscas em todo o acervo do caso por meio de palavras-chave, uma espécie de Google interno da Lava Jato. O sistema usa programa desenvolvido por um perito da Polícia Federal de São Paulo.

Arquivos

A sala do banco de dados é a terceira. Tem seis metros por três e uma mesa retangular no centro, onde estão um terminal de computador e quatro laptops - todos ligados a dois servidores sob a mesa, que armazenam a integralidade do material apreendido

Nos servidores, com capacidade para pelo menos 30 terabytes de memória, estão guardados planilhas de obras públicas, contratos e registros de pagamentos das maiores empreiteiras do País, arquivos de textos, anotações, agendas de encontros, conversas telefônicas, trocas de mensagens de e-mails e celular de empresários, políticos, lobistas e doleiros. Os servidores guardam também todo o material produzido pelos investigadores: laudos de perícias, relatórios de análises, dados de quebras de sigilos fiscal, bancário e telemático dos investigados.

Os arquivos da corrupção da Odebrecht apreendidos no "departamento da propina", o Setor de Operações Estruturadas, a integralidade dos grampos nos telefones do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus familiares, e documentos apreendidos na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio, integram os arquivos.

O banco de dados da Lava Jato está armazenado em um dos servidores sem acesso à internet, inacessível a hackers. Para fazer buscas, é preciso usar senha pessoal e registrar em uma planilha nome do usuário, data, hora e motivo da pesquisa. No teto, uma câmera voltada para a mesa grava todo movimento nos terminais, dia e noite.

O segundo servidor é o da "rede Lava Jato", o sistema de comunicação interna da equipe de policiais que atua exclusivamente na apuração do caso. A rede é também o canal com o cartório da Justiça Federal, para envio de documentos ao juiz federal Sérgio Moro e aos membros da força-tarefa do Ministério Público Federal, coordenada pelo procurador da República Deltan Dallagnol.

O delegado Maurício Moscardi, um dos coordenadores da equipe da Lava Jato, afirmou que um novo sistema para ampliar as capacidades de armazenamento e processamento dos dados será feito em 2017, com um investimento de mais de R$ 500 mil. (AE)

Segunda-feira, 09 de Janeiro de 2017

6 de janeiro de 2017

CÃES E GATOS AGUARDAM ADOÇÃO NO CENTRO DE ZOONOSES




Por trás dos recintos do Centro de Controle de Zoonoses do Distrito Federal, animais abandonados, resgatados por maus-tratos ou que estavam com risco de doenças esperam por novos donos. Apesar de não ter a função de abrigo, o local acolhe bichos e faz a mediação para que eles encontrem um lar.

O centro existe para identificar e controlar doenças virais que sejam problemas de saúde pública, como a raiva e a leishmaniose. “Os animais saudáveis chegam por motivos variados, como em retirada de invasões, quando as pessoas os deixam para trás”, explica o médico-veterinário da Diretoria de Vigilância Ambiental, da Secretaria de Saúde, Laurício Monteiro. “É importante que o novo dono tenha consciência sobre a guarda responsável”, alerta.

Para adotar, basta ser maior de 18 anos e comprometer-se a cuidar do cão ou do gato, por meio da assinatura de um termo de posse. Isso significa que o proprietário terá que garantir os cuidados do animal, como alimentação, abrigo, assistência veterinária e lazer.

Até a manhã dessa quarta-feira (4), havia 24 bichos disponíveis para adoção: dez cães adultos e 14 gatos filhotes. Eles permanecerão abrigados até que alguém os queira. É o caso de um pitbull macho com problemas degenerativos na córnea, encontrado em agosto, quando invadiu o Centro Educacional 2 de Planaltina. “Como ele tem temperamento forte, as pessoas não têm tanto interesse, mas pode ser recuperado e tem potencial para que a condição visual regrida”, explica Monteiro.

Do total de bichos saudáveis e fora do risco de doenças virais, há dois cães que ainda inspiram cuidados. Uma das seis cadelas adultas tem tumor venéreo transmissível (TVT), um tipo de câncer canino sexualmente contagioso e que não afeta humanos. “Caso ela seja levada, garantimos mais cinco doses do tratamento de quimioterapia”, diz Monteiro. Outra disponível para adoção está com miíase cutânea, um tipo de ferida com tratamento simples, que inclui lavagens, curativos e aplicação de larvicidas.

Qual é a função do Centro de Zoonoses do DF?

Criado em 1978, o centro pertencente à Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde é responsável pela vigilância e pelo controle de doenças virais como raiva, leishmaniose, hantavirose, leptospirose e febre amarela.

Além dos cães e dos gatos, morcegos, roedores, pombos e macacos são testados e mapeados regularmente pelo órgão. O local é dividido em laboratórios e setores específicos para cada tipo de bicho e enfermidade.

Dois veículos são usados para coleta de animais doentes ou que apresentam risco — como cachorros agressivos que invadem casas e áreas públicas. Os carros devem ser acionados apenas quando houver risco à saúde pública, a exemplo de cães sob suspeita de contaminação com leishmaniose ou raiva e que tiveram contato com outros bichos em condomínios, por exemplo.

Após recolhidos, os animais passam por testes. Aqueles comprovadamente saudáveis são vacinados e colocados para adoção. Enquanto esperam por um dono, os bichos recebem alimentação e limpeza diária. Caso chegue algum sem sintomas de doenças virais, os funcionários orientam as pessoas a procurarem abrigos e organizações não governamentais (ONGs) responsáveis por esse trabalho de proteção.

O Centro de Controle de Zoonoses do DF também tem parceria com acadêmicos e pesquisadores da área veterinária da Universidade de Brasília (UnB) e apoia o desenvolvimento de pesquisas e programas de educação em saúde pública.

Controle da leishmaniose e da raiva

Para minorar o risco de transmissão da leishmaniose, que acomete cães, o centro faz exame de sangue gratuito, de segunda a sexta-feira, das 8 às 15 horas, e que detecta a doença em 40 minutos. Em caso positivo, o teste é repetido. Se houver a confirmação e o dono permitir, sacrifica-se o cachorro, como recomenda o Ministério da Saúde.

No caso da raiva, no local funciona também um posto de vacinação gratuita, das 8 às 15 horas, de segunda a sexta-feira. Há outros sete locais (veja lista abaixo) em que os animais podem receber a vacina antirrábica sem custo, além de campanhas de vacinação anual nas áreas urbana e rural do DF. Graças a essa medida, os últimos casos de raiva no DF foram registrados em 2000, em cães, e em 2001, em gatos. (AB)

Sexta-feira, 06 de Janeiro de 2017