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14 de maio de 2022

SENADOR CONSEGUE 29 VOTOS E VAI COLOCAR EM PAUTA FIM DA REELEIÇÃO NO EXECUTIVO

 


O senador Jorge Kajuru (Podemos) conseguiu os 29 votos, dois a mais do que mínimo necessário, para colocar em pauta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pode colocar fim à reeleição no Executivo.

 

 Em abril, ele tinha 16 votos favoráveis à mudança na legislação. Faltavam 11, número que foi alcançado na sexta-feira (13/5). O objetivo do paramentar é que o país passe a ter mandatos únicos, de cinco anos consecutivos, ao invés da possibilidade de dois mandatos de quatro anos cada. A alteração alcança os cargos de prefeito, governador e presidente.

 

O congressista afirma que teria potencial para alcançar entre 40 e 45 assinaturas, número que representaria cerca de metade do quantitativo total de senadores brasileiros, 81, mas ele preferiu antecipar o protocolo da PEC, cujo número é 12/2022. O registro foi feito na quinta-feira, 12. Segundo ele, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), se comprometeu a colocar a PEC em pauta assim que ele conseguisse o número de votos necessários. “O presidente do Senado Rodrigo Pacheco abraçou a nossa pauta. Ele disse que assina embaixo, concorda plenamente com o fim da reeleição”, diz. Se aprovada, a PEC será válida já para as próximas eleições, a partir de 2024, quando se tem o pleito municipal com a escolha dos prefeitos.

 

Senador que divide com Kajuru a articulação do projeto, Eduardo Girão (Podemos-CE) entende que, no atual sistema o político já começa o mandato pensando em estratégias para que consiga ser reeleito. “Daí começa populismo, irresponsabilidade, uma série de coisas que faz aumentar a inflação”, ilustra. Para Kajuru, desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, de 1995 e 2003, todas as reeleições foram “um desastre” e a possibilidade de disputa consecutiva favorece a corrupção. “

 

De acordo com Girão, não houve diálogo com todos os senadores porque há um número substancial deles que ainda cumpre atividade parlamentar de forma remota. “A gente não chegou a pedir. Esse sistema remoto é muito ruim, no meu ponto de vista, porque eu acho que o debate não tem profundidade. Muitos senadores não tem ido à Brasília”, justifica. Por isso, Kajuru e Girão priorizaram os congressistas que estão em atividades presenciais.

 

*Jornal opção

Sábado, 14 de maio 2022 às 13:38

3 de maio de 2022

ESTATAIS PODEM PERDER SERVIÇOS DE SANEAMENTO EM MAIS DE MIL CIDADES

Mais de mil municípios podem deixar de ter estatais como prestadoras de serviços de saneamento porque as empresas públicas não conseguiram comprovar que têm capacidade para atingir as metas do novo marco legal do setor. O cenário abre espaço para empresas privadas disputarem os serviços de água e esgoto sanitário nessas cidades, que precisarão providenciar novos operadores enquanto encerram os contratos com as estatais.

 

O levantamento foi feito pela consultoria FT Economics, a partir de cruzamento dos dados do segmento, entre eles da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA). Essa etapa do marco legal foi elaborada para tirar prestadoras que não teriam arcado com os investimentos necessários para a universalização da oferta de água e esgoto no País.

 

Atualmente, as estatais são as principais operadoras do setor. Esse modelo, porém, não foi capaz de injetar recursos suficientes para atender a população. Hoje, quase metade dos brasileiros vive sem acesso à rede de esgoto e quase 16% não são atendidos com rede de água. Pelas metas da lei, até 2033 as empresas precisam garantir o atendimento de água potável a 99% da população e o de coleta e tratamento de esgoto, a 90%.

 

Segundo o estudo, 28% do total de municípios onde operam as empresas estaduais deixará de ser atendido por essas companhias. Diante desse novo cenário, o marco legal incentiva que os municípios promovam leilões para contratar um novo operador. O secretário nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, Pedro Maranhão, afirmou que o governo federal trabalha para que haja um período de transição nesses locais, a fim de que as populações não fiquem desatendidas. “Essas empresas públicas, bem ou mal, prestam serviços. E geralmente é mal, tanto é que não comprovaram capacidade. Mas não se pode correr o risco de amanhã ela suspender os trabalhos”, disse.

 

Capital da Bahia e quarta cidade mais populosa do País, Salvador está entre os mais de mil municípios que poderão ter de encontrar uma nova forma de prestação dos serviços de água e esgoto. A capital baiana é atendida pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), mas o contrato com a estatal já está vencido. Segundo o novo marco legal do saneamento, nessas situações de precariedade as prefeituras devem buscar um novo operador.

 

Ao Estadão/Broadcast, a prefeitura afirmou que o Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado está sendo elaborado e que o futuro da prestação de serviços de saneamento na capital baiana está em discussão. “Após a conclusão de sua elaboração, o plano será encaminhado à Câmara Municipal como projeto de lei para votação do Legislativo que, após promulgação, irá regulamentar os serviços de saneamento no município. Sendo assim, o tema ainda está em discussão”, afirmou a prefeitura. A Embasa também foi procurada, mas não se manifestou.

 

O caso de Salvador exemplifica um dos motivos que devem levar empresas públicas estaduais a perder participação no setor de saneamento. Entre outras razões, está a reprovação dos contratos pelas agências reguladoras no processo de comprovação de capacidade econômico-financeira e a decisão de algumas das estatais de abrir mão de parte de seus negócios.

 

Para Felipe Tavares, sócio da consultoria FT Economics e responsável pelo estudo, o contexto de abandono é resultado de erros das próprias estatais, que teriam negligenciado as atividades ao longo do tempo e tornado a conta da universalização “cara demais”.

 

Há ainda outros motivos que abrem caminho para municípios procurarem novos operadores, como é o caso da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). No Estado, nove municípios atendidos pela Sabesp poderão embarcar na busca. Ao Estadão/Broadcast, a estatal afirmou que as cidades continuarão a ser atendidas por ela até que decidam pela “eventual licitação” das atividades.

 

A companhia de saneamento destacou ainda que a condição desses municípios não implica interrupção automática do serviço, podendo a cidade manter a prestação por meio do atual prestador pelo “período necessário para o efetivo encerramento do contrato e para a transferência do serviço para novo prestador”, disse a estatal, que busca “indenizações” pelos investimentos já feitos.

 

Dois motivos levaram os nove municípios a essa situação. No caso de Águas de Santa Bárbara, Bofete, Dourado, Nova Guataporanga e Socorro, as cidades não fizeram parte do processo de comprovação da capacidade da estatal por não integrarem a unidade regional de saneamento atendida pela Sabesp. O bloco foi criado por lei no ano passado, junto de outros três, em atendimento à regra de regionalização dos serviços imposta pelo marco legal. A lei reuniu 370 dos 375 municípios atendidos pela estatal em São Paulo em um único bloco. Os cinco restantes foram distribuídos para outras unidades.

 

Os outros quatro municípios afetados (Agudos, Campo Limpo Paulista, Laranjal Paulista e Quintana) chegaram a integrar o processo de comprovação econômico-financeira da Sabesp, mas as prefeituras decidiram não assinar os termos aditivos para incorporação ou adequação das metas de universalização.

 

Também há cidades que deixarão de ser atendidas porque as estatais nem chegaram a apresentar os documentos de comprovação de capacidade, lista antecipada pelo Estadão/Broadcast em janeiro. Nesse caso, todos os contratos de municípios operados pelas companhias estão em situação precária. É o caso de cidades do Acre, Amazonas, Maranhão, Piauí, Roraima e Tocantins, por exemplo.

 

Segundo o secretário Nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, Pedro Maranhão, o governo fará contato com as prefeituras para ajudar na resolução e definição de como um novo operador entrará na cidade. “Vamos atrás dos municípios para saber como ajudamos nesse problema. Para ver se forma algum bloco, algum consórcio”, citou Maranhão.

 

*O Estado de S. Paulo.

Terça-feira, 03 de maio 2022 às 13:40

2 de maio de 2022

COMEÇA A 2 ª ETAPA DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA INFLUENZA E SARAMPO

 

O Ministério da Saúde iniciou segunda-feira (2/5) a 2 ª etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza e Sarampo. Até o dia 3 de junho, além de idosos e trabalhadores da área de saúde, a imunização será estendida a crianças com idade entre 6 meses e menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias). Gestantes e puérperas, povos indígenas, professores e pessoas com comorbidades também devem se vacinar. A expectativa é de que 90% do público-alvo da campanha que tem 76,5 milhões de brasileiros seja imunizado nas cerca de 38 mil unidades básicas de saúde (UBS) do país.

 

“É importante tomar [a vacina] em qualquer época. As vacinas do Plano Nacional de Imunização (PNI) estão disponíveis. Gastamos mais de R$ 4 bilhões com vacinas para o PNI, fora a da covid-19. O governo investiu cerca de R$ 30 bilhões em vacinas contra covid-19”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

 

De acordo com o ministério, no caso das crianças de seis meses a menores de 5 anos que já receberam ao menos uma dose da vacina Influenza ao longo da vida em anos anteriores, deve se considerar o esquema vacinal com a apenas uma dose em 2022. Já para as crianças que serão vacinadas pela primeira vez, a orientação é agendar a segunda dose da vacina contra gripe para 30 dias após a primeira dose. No caso das crianças que precisam tomar a vacina contra o sarampo, não há necessidade de cumprir intervalo com a vacina da gripe. As duas vacinas poderão ser administradas no mesmo dia.

 

O objetivo da campanha, segundo o Ministério da Saúde, é prevenir o surgimento de complicações decorrentes das doenças, evitando novos óbitos e possível pressão sobre o sistema de saúde. Ao todo, o Governo Federal enviou mais de 80 milhões de doses do imunizante da gripe aos estados e ao Distrito Federal para que a vacinação aconteça.

 

ABr

Segunda-feira, 02 de maio 2022 às 12:23       

25 de abril de 2022

NÃO FAÇA DO SEU VOTO UMA ARMA

A cada dia, todos os dias, diversas vezes ao dia, nós tomamos pequenas decisões que orientam nossas atitudes: pular da cama ou dormir mais meia hora, ir à academia ou ficar de preguiça, repetir o prato ou comer a sobremesa, poupar ou gastar dinheiro.

 

E, tão presentes quanto as pequenas, são as grandes decisões que acarretam as grandes repercussões em nossas vidas: a escolha da profissão, a mudança de emprego, casar, ter ou não ter filhos, mudar de cidade, separar ou manter o casamento.

 

Assim, durante alguns anos, vamos colecionando nossas pequenas e grandes decisões, e, consequentemente, colhendo as consequências recíprocas de cada – e a cada – ato. A isso, comumente, damos o nome ‘passado’ ou ‘história de vida’.

 

Cada um de nós possui sua própria história, e cada um de nós a escreveu até aqui, à sua feição e modo, de acordo com o tal livre arbítrio. Os grandes sucessos ou os retumbantes fracassos invariavelmente seguiram-se ao modo e estilo de vida de cada um.

 

Assim, nós somos um uníssono eco do que fizemos. Exceção feita a acasos e infortúnios, estes sim incontroláveis e imponderáveis. Por isso, cada vez mais, creio, cada vez menos, no destino, no acaso, na sorte ou no azar, e no “não é justo, eu não mereço”.

 

Claro que, repito! há exceções, lamentáveis por sinal, mas, via de regra, de uma forma ou de outra, fazemos (ou fizemos) por merecer: Os prós e contras, o ônus e o bônus, o sorriso ou o choro. Pouca coisa nessa vida acontece de fato por mero acaso.

 

Que cada um de nós atente bem para isso, principalmente os mais jovens, que ainda nem acertaram tanto e nem erraram muito. A escolha dos amigos, do cônjuge e do emprego; a decisão de fumar, beber, se drogar; seguir as regras ou burlar as leis; dirigir ou ir de táxi.

 

Tudo isso conta, sim, e deve ser avaliado com atenção, pois, se diária e isoladamente, nada tem tanta importância assim, em conjunto, após algum tempo, irá se transformar na paz ou na tormenta, no sono ou na insônia, no regozijo ou no arrependimento.

 

Nossa vida é inevitavelmente atrelada aos caminhos do País. Nossas escolhas coletivas – sociais e políticas – devem ser tomadas com o mesmo zelo e atenção que as individuais, pois as consequências, ao final, não distinguirão indivíduos e sociedade.

 

IstoÉ

Segunda-feira, 25 de abril 2022 às 20:53