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29 de novembro de 2015

PMDB DEFINE COMISSÃO PROVISÓRIA DE GOIÁS



Sem presidente desde que findou o mandato do ex-deputado Samuel Belchior, no dia 29 de outubro, o diretório nacional do PMDB nomeou na sexta-feira, dia 27 de novembro, a nova comissão provisória do partido em Goiás. A portaria com as nomeações foi enviada pelo diretório nacional ao diretório regional ainda na sexta-feira.

O deputado federal Pedro Chaves foi escolhido presidente da comissão provisória da legenda, que terá como membros o deputado federal Daniel Vilela, os deputados estaduais José Nelto, Adib Elias e Ernesto Roller, o ex-presidente da sigla, Nailton Oliveira, e a ex-deputada federal, Iris Araújo, que é a atual 2ª vice-presidente do diretório nacional. Esta comissão tem até 90 dias, contados da data de sua nomeação, para realizar convenção e eleger o novo diretório e a nova comissão executiva do PMDB de Goiás.

A escolha dos nomes foi feita depois que o vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, ouviu as principais lideranças do partido em Goiás, entre elas o ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, o prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, e as bancadas estadual e federal do PMDB.

2016
Esse vácuo de um mês no comando regional do PMDB preocupava as lideranças do partido, que temiam prejuízo para a sigla nas articulações visando às eleições municipais do ano que vem. Muitos peemedebistas avaliam que o fato de o partido ter ficado sem uma liderança oficial como presidente deixou as figuras do interior estão sem saber o que fazer, uma vez que não havia e ainda não há delineamento em relação às eleições por parte do partido.
Entretanto, dentro do PMDB há quem enxerga que o fato não prejudica em nada. O argumento maior é de que as bases da legenda no interior já estão consolidadas e as problemáticas da cúpula estadual do PMDB não afetarão o desempenho do partido neste momento que antecede o período eleitoral.

Líder no interior do Estado, em especial na região nordeste de Goiás, o deputado federal Pedro Chaves, o novo presidente temporário da sigla, pondera quanto ao prejuízo do partido. Segundo ele, até aqui não há como calcular.

Há, entretanto, no PMDB, a avaliação de que o interior é independente e já tem consolidação em termos de base. O fato de a presidência estadual ter ficado tanto tempo vaga não afetará no rendimento e nos diálogos para 2016. “Não prejudica em nada. Todos os municípios já estão com comissão provisória”, afirmou o deputado estadual José Nelto.

“O PMDB é um partido grande, democrático, tem muitas lideranças, interesses de todos os lados, ruim era se ninguém quisesse ser presidente do partido. O trabalho desta comissão provisória vai ser para procurar uma palavra difícil no PMDB, consenso”, declara o líder da legenda na Assembleia Legislativa, José Nelto.

Na disputa
Dentro do contexto para sucessão provisória do partido, o deputado estadual Adib Elias, que também estava cotado para assumir o comando estadual do PMDB, afirma que o que ocorreu no partido neste momento é salutar. Para ele, agremiação grande tem que ter disputas. Adib Elias acredita que isso fará com que a legenda cresce ainda mais. “Acho que isso não prejudica o partido. Partido grande tem que ter briga. Partido pequeno que não tem. Isso é importante”, declarou.

Lamentando a situação, o deputado estadual Paulo Cézar Martins (PMDB) considera que a agremiação poderá sofrer os impactos da falta de agilidade no processo eleitoral de 2016. Segundo peemedebista, os líderes do interior ficam sem direção e muitos deles não sabem dos planos e metas do partido. “Acho que isso prejudica muito. O líder tem que chamar para conversar. Eu estou cobrando. O partido precisa de uma posição definitiva para resolver esses problemas”, finalizou.

Marcione Barreira 

Domingo, 29 de novembro de 2015

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