Sem
presidente desde que findou o mandato do ex-deputado Samuel Belchior, no dia 29
de outubro, o diretório nacional do PMDB nomeou na sexta-feira, dia 27 de
novembro, a nova comissão provisória do partido em Goiás. A portaria com as
nomeações foi enviada pelo diretório nacional ao diretório regional ainda na
sexta-feira.
O
deputado federal Pedro Chaves foi escolhido presidente da comissão provisória
da legenda, que terá como membros o deputado federal Daniel Vilela, os
deputados estaduais José Nelto, Adib Elias e Ernesto Roller, o ex-presidente da
sigla, Nailton Oliveira, e a ex-deputada federal, Iris Araújo, que é a atual 2ª
vice-presidente do diretório nacional. Esta comissão tem até 90 dias, contados
da data de sua nomeação, para realizar convenção e eleger o novo diretório e a
nova comissão executiva do PMDB de Goiás.
A
escolha dos nomes foi feita depois que o vice-presidente da República e
presidente nacional do PMDB, Michel Temer, ouviu as principais lideranças do
partido em Goiás, entre elas o ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, o prefeito
de Aparecida, Maguito Vilela, e as bancadas estadual e federal do PMDB.
2016
Esse
vácuo de um mês no comando regional do PMDB preocupava as lideranças do
partido, que temiam prejuízo para a sigla nas articulações visando às eleições
municipais do ano que vem. Muitos peemedebistas avaliam que o fato de o partido
ter ficado sem uma liderança oficial como presidente deixou as figuras do
interior estão sem saber o que fazer, uma vez que não havia e ainda não há
delineamento em relação às eleições por parte do partido.
Entretanto,
dentro do PMDB há quem enxerga que o fato não prejudica em nada. O argumento
maior é de que as bases da legenda no interior já estão consolidadas e as
problemáticas da cúpula estadual do PMDB não afetarão o desempenho do partido
neste momento que antecede o período eleitoral.
Líder
no interior do Estado, em especial na região nordeste de Goiás, o deputado
federal Pedro Chaves, o novo presidente temporário da sigla, pondera quanto ao
prejuízo do partido. Segundo ele, até aqui não há como calcular.
Há,
entretanto, no PMDB, a avaliação de que o interior é independente e já tem
consolidação em termos de base. O fato de a presidência estadual ter ficado
tanto tempo vaga não afetará no rendimento e nos diálogos para 2016. “Não
prejudica em nada. Todos os municípios já estão com comissão provisória”,
afirmou o deputado estadual José Nelto.
“O
PMDB é um partido grande, democrático, tem muitas lideranças, interesses de
todos os lados, ruim era se ninguém quisesse ser presidente do partido. O
trabalho desta comissão provisória vai ser para procurar uma palavra difícil no
PMDB, consenso”, declara o líder da legenda na Assembleia Legislativa, José
Nelto.
Na
disputa
Dentro
do contexto para sucessão provisória do partido, o deputado estadual Adib
Elias, que também estava cotado para assumir o comando estadual do PMDB, afirma
que o que ocorreu no partido neste momento é salutar. Para ele, agremiação
grande tem que ter disputas. Adib Elias acredita que isso fará com que a
legenda cresce ainda mais. “Acho que isso não prejudica o partido. Partido
grande tem que ter briga. Partido pequeno que não tem. Isso é importante”,
declarou.
Lamentando
a situação, o deputado estadual Paulo Cézar Martins (PMDB) considera que a agremiação
poderá sofrer os impactos da falta de agilidade no processo eleitoral de 2016.
Segundo peemedebista, os líderes do interior ficam sem direção e muitos deles
não sabem dos planos e metas do partido. “Acho que isso prejudica muito. O
líder tem que chamar para conversar. Eu estou cobrando. O partido precisa de
uma posição definitiva para resolver esses problemas”, finalizou.
Marcione
Barreira
Domingo,
29 de novembro de 2015
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