A
Polícia Federal (PF) concluiu, na terça-feira (16/10), o inquérito e indiciou o
presidente da República, Michel Temer, por favorecimento de empresas na edição
de decretos para o setor portuário, caso conhecido como “Decreto dos Portos”. O
relatório foi entregue ao ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no
Supremo Tribunal Federal (STF), que deve encaminhar o documento para
manifestação da Procuradoria Geral da República (PGR).
Além
de Temer, foram indiciados sua filha Maristela Temer, o ex-assessor e ‘homem da
mala’ Rodrigo Rocha Loures, o ex-diretor da Rodrimar Antônio Celso Grecco e
outras seis pessoas.
O
delegado da PF Cleyber Malta Lopes apontou a ocorrência dos crimes de corrupção
passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa dividida em quatro
núcleos: político, administrativo, empresarial e operacional.
Lopes
pediu a prisão de quatro investigados, entre eles o coronel João Baptista Lima
Filho, amigo do presidente. A PF pediu também o bloqueio de bens de todos os
indiciados, inclusive de Temer.
A
Polícia Federal investigou durante 11 meses a edição do decreto e as pessoas
ligadas a Temer. A suspeita é de que a empresa de arquitetura Argeplan , do
amigo de Temer, Coronel João Baptista Lima Filho, tenha sido utilizada para
receber propina do setor portuário, em nome de Michel Temer.
Também
houve investigação sobre a reforma feita na casa de Maristela, filha de Temer,
entre 2013 e 2015, o apartamento passou por obras, sendo que a suspeita é que
pelo menos R$ 1 milhão tenha vindo do setor portuário.
O
inquérito do “Decreto dos Portos” foi aberto a pedido do ex-procurador-geral da
República Rodrigo Janot com base nas delações de executivos do Grupo J&F. O
ministro Barroso prorrogou a conclusão do inquérito por quatro vezes.
Logo após o fim de seu mandato como
presidente, Michel poderá fazer companhia a lula lá em Curitiba. (DP)
Quarta-feira,
17 de outubro, 2018 ás 09:30
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