O
Hospital da Região Leste (HRL, antigo Hospital do Paranoá) deu o primeiro passo
para a regulação da cirurgia eletiva na Secretaria de Saúde. A unidade foi
escolhida como projeto-piloto e começou a inserir, no sistema de regulação, os
cerca de 500 pacientes que aguardam, na região, por cirurgia geral – muitos
esperando desde 2015. O objetivo é dar transparência à fila e reduzir o tempo
de espera.
“Estava
acontecendo de chamarmos o paciente para a cirurgia e, quando ele chegava, os
exames pré-cirúrgicos já estavam desatualizados e o procedimento acabava sendo
desmarcado. Para evitar esse problema, fizemos um mutirão para atualizar os
exames de 50% desta fila e, em breve, iremos chamar o restante para fazer o
mesmo”, explica a gerente de Assistência Cirúrgica do HRL, Luciane Carvalho.
Assim,
uma equipe entrou em contato com 200 pacientes desta fila, dos quais 71 não
compareceram e 125 foram atendidos. Todos passaram por uma reavaliação com o
cirurgião e já tiveram exames básicos agendados para esta semana. “Aqueles que
precisaram de eletrocardiograma e raio-x fizeram os exames logo após a consulta
e os que necessitam de risco cirúrgico também já foram agendados”, observa
Luciane.
Com
todos os resultados em mãos, as cirurgias começarão a ser realizadas. A previsão
é de que sejam operadas de 20 a 25 pessoas por mês. “Além dessa fila de cerca
de 500 pacientes, aqueles que vão entrando, diariamente, após as consultas
também serão regulados”, complementa a gerente. A maioria dos procedimentos é
para retirada de cálculo na vesícula e hérnia inguinal.
Transparência
Os
pacientes que estão nesta fila e ainda não foram chamados devem ser incluídos
nas consultas ambulatoriais semanais. “Na primeira etapa, chamamos a quantidade
que conseguiríamos fazer de cirurgia antes que os exames pré-operatórios
vencessem”, explica Luciane.
“O
fato de estarmos regulando estes pacientes, via sistema da secretaria, é que
teremos condições de classificar por prioridade relacionada à condição clínica
e também por tempo em que a pessoa está esperando. Então, se for vermelho, terá
prioridade, independentemente de quando entrou na fila. Porém, se tivermos três
pacientes com condições clínicas semelhantes, será operado aquele que aguarda
há mais tempo”, explica a gerente.
Além
disso, ela esclarece que, estando o paciente em uma fila regulada por um médico
de fora da equipe e disponível a quem quiser acessar, ficará mais fácil ao
paciente entender por que ele ocupa aquele lugar na fila. “Muitos não
compreendem porque pessoas são passadas na frente dele. Ali, ficará clara essa
classificação e ele terá uma noção de quando deve ser feito o seu
procedimento”, justifica Luciane.
Segundo
o diretor do Complexo Regulador da Secretaria de Saúde, Petrus Sanchez, até o
final deste ano, todas as cirurgias eletivas da rede pública deverão ser
reguladas, como está sendo feito no Hospital da Região Leste. (Com Agência
Brasília)
Quinta-feira,
11 de julho, 2019 ás 12:00
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