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4 de janeiro de 2024

VACINAÇÃO CONTRA A DENGUE NO SUS

 

Dourados (MS) iniciou campanha inédita de vacinação gratuita contra a dengue. Imunizante deverá ser disponibilizado também em outras regiões do país pelo SUS a partir de fevereiro.

 

A cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, iniciou na quarta-feira (03/01) uma inédita campanha gratuita de vacinação contra a dengue, que deve alcançar cerca de 150 mil pessoas. A ação do município é uma parceria com o laboratório japonês Takeda, que desenvolveu a vacina Qdenga.

 

A prefeitura de Dourados informou que o laboratório já entregou cerca de 90 mil doses, que foram distribuídas para todas as unidades básicas de saúde da cidade.

 

A partir de fevereiro, a vacina também deve ser aplicada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em diversas regiões do país - num primeiro momento, apenas para um público definido e moradores de regiões prioritárias, ainda não informadas pelo Ministério da Saúde, que comprou cerca de 5 milhões de doses.

 

Aprovada em março de 2023 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina já está disponível na rede privada de saúde desde julho, com preços entre R$ 300 a R$ 800 a dose. Por meio do SUS, a vacina será gratuita e para os cofres públicos teve um custo de R$ 95 por dose, valor alcançado após negociações.

 

O Brasil registrou 1,6 milhão de casos de dengue nos primeiros onze meses de 2023, aumento de 15,8% em relação ao mesmo período de 2022 (1,3 milhão de casos), segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde.

 

Ainda de acordo com a pasta, em 2023 o pais bateu recorde de mortes por dengue: foram registradas 1.079 mortes pela doença até o dia 27 de dezembro. Em 2022, 1.053 pessoas morreram de dengue.

Quem pode tomar a vacina?

 

A vacina pode ser aplicada em pessoas de 4 a 59 anos de idade. De acordo com a empresa fabricante, não há diferença entre indivíduos que tiveram contato com o vírus ou não.

 

Inicialmente, a vacina não será disponibilizada em larga escala e terá público e regiões prioritárias, ainda não informadas pelo ministério. A incorporação do imunizante foi analisada e aprovada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec). A previsão é que sejam cerca de 5 milhões de doses em 2024, de fevereiro a novembro.

Quantas doses são necessárias?

 

O ciclo de imunização com a Qdenga é completo com duas doses, sendo que a segunda deve ser aplicada três meses após a primeira. Nos ensaios clínicos, a eficácia geral registrada foi de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo, após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%. Segundo o laboratório Takeda, a vacina garante imunização contra a doença por até cinco anos.

Quem é o fabricante?

 

A vacina da dengue é produzida pela Takeda Pharmaceutical Company, farmacêutica japonesa fundada em 1781, também responsável pela produção de medicamentos para diabetes, hipertensão, insônia, refluxo, entre outros. A Qdenga, com duas doses, previne a propagação dos quatro diferentes serotipos do vírus da dengue propagados pelo mosquito Aedes aegypt.

Transmissão e prevenção

 

Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, os principais sintomas da doença são febre alta, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo.

 

A dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença, pode causar dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, letargia e sangramento de mucosa. A dengue hemorrágica é mais comum durante uma segunda infecção.

 

O melhor método para prevenção da dengue é reduzir a infestação de mosquitos, não deixando água parada e acumulada, que costuma ser usada pelo Aedes como criadouro.

 

*Terra

Quinta-feira, 04 de janeiro 2024 às 15:18

28 de outubro de 2020

BUTANTÃ DIZ QUE DEMORA NA LIBERAÇÃO DE INSUMOS PELA ANVISA ATRASA PRODUÇÃO DE VACINA CONTRA COVID

 


O diretor do Instituto Butantã, Dimas Covas, declarou nesta quarta-feira, 28, que a demora na liberação para importação de insumos pode impactar na produção nacional da CoronaVac, vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Butantã e em fase de testes. Segundo ele, a solicitação aguarda aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) há mais de um mês, desde 23 de setembro.

"Desde quando nós iniciamos todo esse processo da vacina, obviamente que cada dia conta. E a nossa previsão era para iniciar a produção da vacina na segunda quinzena de outubro”, destacou Covas em coletiva de imprensa sobre medidas estaduais no combate à pandemia da covid-19, realizada no Palácio dos Bandeirantes.

 

"Esse atraso na emissão dessa autorização pode ter sim efeito na produção da vacina. Cada dia que nós aguardamos essa autorização significa um dia a menos de vacina”, completou.

 

Segundo ele, a solicitação entrou na terça-feira, 27, no circuito deliberativo da agência e o resultado deve sair até 5 de novembro. “Esperamos que essa decisão seja tomada o mais rapidamente possível pela Anvisa, que diversas vezes manifestou a sua independência e o seu apoio ao desenvolvimento de vacinas”, comentou. “O Butantã está pronto para começar a produzir. ”

 

Dimas Covas ainda informou que o Butantã também aguarda autorização das autoridades chinesas para exportar nos próximos dias as 6 milhões de doses já prontas da Coronavac, que serão acondicionadas até a comprovação da eficácia e início da vacinação.

 

Também na coletiva, o governador João Doria (PSDB) voltou a declarar que defende uma campanha nacional de imunização, mas disse que, se isso não ocorrer, o Butantã pode disponibilizar o imunizante a outros Estados que tiverem interesse. Além disso, afirmou que São Paulo poderá bancar as demais doses para atingir o número de 100 milhões mesmo sem verba do Ministério da Saúde.

 

"Infelizmente, se houver uma negativa por ações de ordem política ou ideológica, São Paulo, mediante a aprovação da Anvisa comprará a vacina, distribuirá a vacina e disponibilizará para todos os governos estaduais que desejarem adquirir a coronavac para a imunização da sua população", disse.

 

Ele também fez críticas a posições de aliados do presidente Jair Bolsonaro em relação à vacinação. “Acreditamos que a birra política não pode vencer o bom senso e a insensatez não pode vencer a esperança”, declarou.

 

Procurada pelo Estadão, a Anvisa não se manifestou sobre o tema até o momento.

*Estadão

Quarta-feira, 28 de outubro, 2020 ás 18:00 


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14 de agosto de 2020

EM 10 DIAS ANVISA DEVE RECEBER PEDIDO DE REGISTRO DE SOROS DE CAVALOS



Nos próximos cinco a dez dias, será encaminhado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pedido do grupo de pesquisadores de várias instituições científicas para continuidade do projeto que desenvolve um produto à base de soros de cavalos para o tratamento da covid-19. A informação foi dada sexta-feira (14/8), pelo coordenador do projeto, Jerson Lima Silva, do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Ao longo da próxima semana, os pesquisadores vão pedir à Anvisa uma reunião oficial sobre o projeto que envolve também o Instituto Vital Brazil (IVB), o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Jerson Lima Silva disse que a Anvisa está correta ao destacar que sem o pedido de condução de estudo ou de registro de produto feito a partir do soro de equinos para tratamento da covid-19 não é possível para a Agência fazer qualquer avaliação ou pronunciamento em relação à qualidade, segurança e eficácia desse produto. De acordo com a Anvisa, não é possível também fazer qualquer afirmação sobre expectativa de aprovação e de tempo antes que haja uma solicitação formal sobre o produto em questão.

Silva afirmou que o encaminhamento do pedido e sua aprovação são condições essenciais para que sejam iniciados os testes clínicos com pacientes com diagnóstico confirmado de covid-19 que estejam internados, mas não se encontram em unidades de terapia intensiva. Os testes vão comparar quem recebeu o tratamento com quem não recebeu. Esses estudos clínicos serão efetuados em parceria com o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor).

Os trabalhos dos pesquisadores foram iniciados em maio deste ano com cavalos do Instituto Vital Brazil (IVB) e confirmaram que soros produzidos por equinos para o tratamento da covid-19 têm, em alguns casos, até 100 vezes mais potência em termos de anticorpos neutralizantes do vírus gerador da doença.

A função da Anvisa é avaliar os pedidos de registro e autorizações de estudos apresentados pelos laboratórios farmacêuticos que têm interesse em colocar seus medicamentos e vacinas no Brasil. A avaliação da Agência tem foco na qualidade, segurança e eficácia, que são os requisitos fundamentais para qualquer medicamento ou vacina. Segundo a Anvisa, desde o início da pandemia do novo coronavírus, foram editadas pelo órgão várias medidas que “dão prioridade total para qualquer medicamento ou vacina que tenha como foco o enfrentamento da covid-19”.

As solicitações de autorização de estudo clínico (teste em humanos) têm sido avaliadas pela Anvisa no prazo de 72 horas. Para conseguir esse prazo, são realizadas reuniões com as empresas e é acionado o comitê de avaliação de estudos clínicos, registros e mudanças pós-registro de medicamentos para prevenção ou tratamento da covid-19, que é uma estrutura interna da Anvisa, informou a assessoria de imprensa da Agência. (ABr)

Sexta-feira, 14 de agosto, 2020 ás 14:00