O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou na sexta-feira, 9, que o
apresentador Luciano Huck "está considerando" se candidatar à
Presidência da República, em entrevista à Rádio Guaíba. O tucano falou da
proximidade dele com o empresário, disse que jantou com Huck, na noite de
quinta-feira, 8, e reafirmou que vai apoiar o governador Geraldo Alckmin
(PSDB), mesmo que o comunicador tenha boas ideias e empatia da população.
“Ele
está considerando a possibilidade, mas ele trabalha na Globo, tem um contrato e
tem que pesar essas coisas todas. Ele tem que ver por qual seria o partido e
como vai ser. Que eu saiba, não há uma decisão por parte dele e não é uma
decisão fácil. É uma decisão que tem que ser dele. Eu não vou imaginar que eu
possa influir, pois ele sabe a minha posição”, disse.
O
ex-presidente contou que mantém relação de amizade com a família de Huck. ‘Eu
vi nos jornais que ele esteve comigo, ontem, e de fato ele esteve e jantou
comigo. Ele de vez em quando janta comigo, eu vou na casa dele, o padrasto dele
é meu amigo, a mãe dele é minha amiga, nós somos amigos de família e eu
converso com Luciano. Eu não sei que decisão ele vai tomar. Agora, eu tenho
partido, eu sou do PSDB, que terá o seu candidato. Então, uma coisa não implica
na outra. Eu acho que ele é uma pessoa bem intencionada que tem contato com o
povo e pode trazer algumas ideias para o País. Mas, eu vou seguir a linha do
meu partido”, afirmou.
No
rastro dos elogios do ex-presidente ao empresário, alas do PSDB têm externado
desgosto com atual situação. “Não é só com o Luciano Huck, eu falo com muita
gente. Por exemplo, eu recebi recentemente o governador do Espírito Santo, que
é meu amigo e é do PMDB. Estive com Rodrigo Maia e por aí vai. Eu acho que a
democracia exige que você tenha uma relação aberta com os outros. Jantei com
Fernando Haddad, que foi prefeito de São Paulo e é do PT, então quer dizer que
estou apoiando Haddad? Não, quer dizer que somos civilizados e trocamos ideias
a respeito do País”, afirmou.
FHC
reforçou que o governador de São Paulo será o nome defendido durante a corrida
eleitoral. “Quando Geraldo Alckmin foi designado para ser presidente do PSDB,
eu apoiei. Eu sabia e não sou uma pessoa ingênua, que isso seria uma
pré-condição para ele ser candidato. Então, eu apoiei com consciência isso.
Claro que eu apoio Geraldo”, afirmou. (AE)
Sábado,
10 de fevereiro, 2018 ás 00hs05