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29 de agosto de 2019

Moro: Projeto segue orientação de Bolsonaro para reduzir criminalidade violenta



O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse nesta quinta-feira, 29, que o projeto “Em Frente Brasil”, para redução da criminalidade violenta, foi desenvolvido seguindo orientações do presidente Jair Bolsonaro. “Esse projeto só é possível através da união do governo federal para enfrentamento dessa criminalidade”, afirmou.

Moro fez o aceno ao presidente em cerimônia no Planalto após semanas de desgaste entre eles. No começo da cerimônia, Bolsonaro pediu para Moro atrasar a sua entrada para acompanhá-lo. Ambos foram aplaudidos pelos presentes. Os demais ministros entraram separadamente.

Moro afirmou que a criminalidade tem caído em ritmo mais rápido no governo Bolsonaro, o que, segundo ele, não tem sido corretamente observado pela imprensa. “Não me lembro de outro período com redução de 20% dos homicídios nos 4 primeiros meses de governo”, disse ele.

“É certo que não devemos ignorar esforços que governadores e prefeitos estão fazendo, mas é inegável mérito do governo federal e do presidente”, disse Moro.

O ministro afirmou que a ideia do projeto é, além de reduzir crimes violentos, trabalhar de forma preventiva ao melhorar políticas públicas nos municípios. “Também temos de enfrentar causas da criminalidade, eventualmente relacionadas a degradação urbana e abandono”, disse.

O “Em Frente Brasil” prevê a união das forças de segurança municipal, estadual e federal para atacar o problema de violência urbana. O projeto-piloto será feito em cinco cidades, uma em cada região do País: Ananindeua (PA), Paulista (PE), Cariacica (ES), São José dos Pinhais (PR) e Goiânia (GO). A ideia é aliar medidas de segurança pública e ações sociais e econômicas.

(Estadão Conteúdo) 

Quinta-feira, 29 de agosto ás 17:00


Veto e corrupção


É consenso que a corrupção é o grande mal do Brasil. Segundo dados da ONU, são desviados 200 bilhões de reais de dinheiro público por ano, uma verdadeira afronta em um país com índices alarmantes de pobreza e de exclusão. O dinheiro do povo sai literalmente pelo ralo pelos dilapidadores das verbas públicas.

Apesar de todo o esforço da Lava Jato, ainda há muito a ser investigado, denunciado e julgado. É que os denunciados na operação até o momento são acusados de terem desviado cerca de 10 bilhões de reais, o que representa 5% (cinco por cento) da corrupção anual brasileira, conforme estudo da Organização das Nações Unidas.

Não por outra razão, ouvimos falar em estancar a sangria da operação, dando a impressão de ser impossível a continuidade das investigações. Alguns defendem que se deve varrer a sujeira para baixo do tapete e começar tudo novamente. Por incrível e ridículo que possa parecer, ouvem-se vozes defendendo “quem roubou, roubou, daqui para frente não rouba mais. ”

Na Itália, durante a operação Mãos Limpas, houve a adoção de medidas semelhantes às tomadas recentemente no Brasil. Entre elas, a criminalização da atividade cotidiana das autoridades responsáveis pela apuração e julgamento dos crimes de corrupção. A tentativa é punir o juiz por julgar, o promotor por denunciar e a polícia por executar a prisão e investigar. Um verdadeiro contrassenso em um país onde a impunidade de crimes graves campeia.

Antonio Di Prieto, magistrado italiano responsável pela operação, foi acionado judicial e administrativamente de tal sorte que não teve paz para continuar as investigações. Infelizmente, hoje a Itália convive com índices de corrupção parecidos com os da época anterior à operação Mãos Limpas.

Entre nós, no recente projeto do abuso de autoridade aprovado pelo Congresso Nacional ainda persiste o crime de interpretação, ao punir criminalmente o juiz que decretar a prisão de alguém se o Tribunal a revogar. Também cometerá crime se não mandar soltar o preso imediatamente e assim for reconhecido pelo Tribunal em grau de recurso.

A prevalecer esse entendimento, todas as vezes que o Tribunal conceder Habeas Corpus a algum preso, o juiz estará cometendo crime. É uma inversão das posições dos protagonistas de um processo. O juiz passa a ser réu, e este passa a ser o acusador. Caso não haja veto do artigo nono do referido projeto de lei, será exigir muito do magistrado a autorização de qualquer operação, em um enorme favorecimento aos criminosos.

Essa possibilidade é concreta porque se o Ministério Público não se manifestar no prazo legal, o réu poderá exercer o direito de propor a ação penal. Isso gerará uma disfunção dentro do processo penal porque entrega os atos da magistratura à análise do Ministério Público.

Não se sustenta a alegação de que o Judiciário é quem julgará seus membros nos casos de abuso de autoridade. Essa afirmação teria valor em caso do crime ser de abuso, não de interpretação. Tirar a paz do juiz criminal não se justifica em um Estado que se quer afirmar de Direito.

Da mesma maneira, é preocupante transformar a atividade policial de algemar um preso em crime. A análise dessa situação é instantânea, no calor dos acontecimentos, não sendo plausível que se queira punir o policial por uma situação igual a essa, totalmente diferente de torturar alguém para obter uma confissão judicial.

Apurar, denunciar e julgar crimes, em especial de corrupção, são atividades cotidianas de delegados, promotores e juízes e não podem e nem devem ser criminalizadas. O veto é uma necessidade para quem deseja evitar tanta impunidade.

Por: Roberto Veloso, juiz federal, foi presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

Quinta-feira, 29 de agosto ás 12:00

26 de agosto de 2019

Roberto Jefferson negocia com Caiado cargos para o PTB entrar em sua base em Goiás



O governador Ronaldo Caiado (DEM) recebeu, na quarta-feira, 21, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e o presidente da Goiás Parcerias, Eduardo Macedo, em almoço. Caiado negocia com Roberto Jefferson uma adesão do PTB à sua base de apoio em Goiás. Se a negociação de Caiado com Jefferson der certo, o PTB sai em definitivo das mãos de Jovair Arantes (ex-deputado federal) e vai para as mãos de Eduardo Macedo, como deseja Caiado.

Roberto Jefferson, condenado no escândalo do mensalão por corrupção (era réu confesso), congratulou Caiado no almoço pela gestão nesses primeiros oito meses de mandato. A parceria de Caiado com Jefferson, no entanto, pode trazer problemas a Caiado no discurso da moralidade administrativa, tão forte no discurso do governador goiano. Afinal, o problema é fazer aliança com condenados por corrupção ou só é problema se o condenado por corrupção for aliado do PT? 

(Por: Poder Goiás)

Segunda-feira, (26/08/2018)