A
Polícia Federal concluiu que há indícios de que o presidente Michel Temer e os
ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha
(Casa Civil) cometeram crime de corrupção. A informação consta do relatório
final do inquérito que investigou o chamado “quadrilhão” do PMDB na Câmara.
Também
há, conforme o relatório, evidências de envolvimento do ex-ministro Geddel
Vieira Lima (Secretaria de Governo) dos ex-presidentes da Câmara Henrique
Eduardo Alves e Eduardo Cunha no suposto esquema. Os três estão atualmente
presos.
As
investigações apontaram que os integrantes da cúpula do PMDB na Câmara
participavam de uma organização criminosa voltada para obter, direta e
indiretamente, vantagens indevidas em órgãos da administração pública. O
suposto esquema envolvia, segundo a PF, crimes de corrupção ativa e passiva,
lavagem de dinheiro, fraude em licitações, evasão de divisas, entre outros
delitos com penas superiores a quatro anos de prisão.
O
relatório sobre o caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta
segunda-feira. Caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se
denuncia Temer e seus ministros, com base nas conclusões do inquérito.
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar até o fim desta
semana sua segunda denúncia contra Temer. Uma das possibilidades é de que os
crimes atribuídos ao “quadrilhão” do PMDB da Câmara já constem da peça de acusação,
juntamente com os delitos apontados pelo delator Lúcio Bolonha Funaro. A
colaboração dele já foi homologada pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da
Lava Jato na Corte.
A
investigação é fruto do principal inquérito da Lava Jato, que foi desmembrado e
já gerou outras denúncias, como as contra as cúpulas do PMDB do Senado e do PP.
(Estadão
Conteúdo)
Terça-feira
12 de setembro, 2017 ás 00hs05
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