Na
quarta-feira (13/09), Moro e Lula vão ficar frente a frente outra vez, apenas
uma semana depois do interrogatório do ex-ministro Antônio Palocci – que
entregou o ex-presidente em um milionário esquema de propinas.
O
juiz da Operação Lava Jato vai interrogar Lula na ação penal em que ele é
acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro supostamente recebido da
empreiteira Odebrecht para compra de um terreno destinado abrigar a sede do
Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao que o petista reside em São
Bernardo do Campo.
É
a segunda vez que Moro e Lula vão se encontrar pessoalmente. Em maio, o
ex-presidente foi interrogado em outro processo, também por corrupção passiva e
lavagem de dinheiro, referente ao triplex do Guarujá, que o petista nega ser
dele.
Nesta
ação, Moro condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão.
O
ex-presidente está recorrendo em liberdade perante o Tribunal Regional Federal
da 4.ª Região (TRF4), a Corte que detém competência para rever ou confirmar
decisões de Moro.
Na
primeira vez que o juiz e o ex-presidente ficaram cara a cara, manifestantes
invadiram Curitiba em apoio a Lula.
O
interrogatório marcado para daqui a dois dias, também é cercado de grande
expectativa, principalmente depois do depoimento de Palocci. As ruas do entorno
do prédio da Justiça Federal em Curitiba serão bloquedas.
A
Moro, Palocci revelou a existência de um ‘pacto de sangue’ supostamente firmado
entre Lula e a empreiteira Odebrecht, incluindo repasse de R$ 300 milhões ao
governo do PT e ao ex-presidente, entre outros itens.
Publicamente,
Lula não se manifestou sobre as revelações de seu ex-ministro. O advogado que o
representa, Cristiano Zanin Martins, declarou que o relato de Palocci é ‘uma
ficção’. A ex-presidente Dilma afirma que o seu também ex-ministro ‘mente’.
Este
segundo processo foi aberto em dezembro de 2016, quando Moro recebeu denúncia
da força-tarefa da Operação Lava Jato. São oito réus ao todo, entre eles Lula e
o próprio Palocci, o ‘italiano’ das planilhas de propinas da Odebrecht.
Até
aqui foram ouvidas 97 testemunhas e cinco dos oito réus.
Lula
tentou adiar o interrogatório alegando que não teve acesso a arquivos do
departamento de propinas da empreiteira. Moro negou o pedido. A defesa recorreu
ao TRF4, mas a Corte manteve para esta quarta, 13, o novo encontro entre o juiz
da Lava Jato e o ex-presidente. (AE)
Segunda-feira
11 de setembro, 2017 ás 14hs45
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