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14 de setembro de 2016

GOVERNADORES DE 14 ESTADOS AMEAƇAM DECRETAR CALAMIDADE FINANCEIRA




Governadores de pelo menos 14 estados do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste ameaƧaram decretar situaĆ§Ć£o de calamidade financeira, caso o governo federal nĆ£o conceda a ajuda de R$ 7 bilhƵes para repor as perdas com os repasses federais. Por cerca de duas horas e meia, eles se reuniram com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pressionaram pela concessĆ£o de um auxĆ­lio para compensar a queda de receitas.

De acordo com os governadores, o objetivo Ć© que os 14 estados soltem uma nota conjunta na prĆ³xima semana para alertar o governo federal. Caso a ajuda nĆ£o seja concedida, eles pretendem decretar o estado de calamidade financeira, como o Rio de Janeiro fez em junho. Do Nordeste, apenas CearĆ” e MaranhĆ£o nĆ£o tomariam a medida.

Pela proposta apresentada hoje, os governadores pediram a antecipaĆ§Ć£o de R$ 7 bilhƵes de recursos da repatriaĆ§Ć£o (pagamento de tributos sobre recursos mantidos no exterior) que entrarĆ£o nos cofres federais atĆ© o fim de outubro. Originalmente, os estados propunham que a ajuda fosse equivalente Ć  queda total de R$ 14 bilhƵes nos repasses da UniĆ£o ao Fundo de ParticipaĆ§Ć£o dos Estados em 2016 em relaĆ§Ć£o ao ano passado.

AlĆ©m dos governadores do Norte e do Nordeste, governadores do Centro-Oeste e do ParanĆ” pediram o pagamento de R$ 1,9 bilhĆ£o que o governo federal deve ao fundo que garante a reposiĆ§Ć£o das perdas tributĆ”rias da Lei Kandir, que isenta as exportaƧƵes de produtos agropecuĆ”rios de Imposto sobre a CirculaĆ§Ć£o de Mercadorias e ServiƧos (ICMS). Todos os anos, os estados precisam negociar com a UniĆ£o o pagamento da compensaĆ§Ć£o.

O encontro reuniu governadores do Distrito Federal e de 16 estados: Acre, AmapĆ”, Amazonas, Bahia, CearĆ”, GoiĆ”s, Mato Grosso, ParaĆ­ba, Pernambuco, ParanĆ”, PiauĆ­, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins. Segundo o governador do PiauĆ­, Wellington Dias, o governador do Rio, Luiz Fernando PezĆ£o, compareceu Ć  reuniĆ£o em solidariedade aos estados do Norte e do Nordeste. Em junho, o estado recebeu ajuda financeira de R$ 2,9 bilhƵes da UniĆ£o apĆ³s decretar estado de calamidade financeira.

De acordo com Dias, o governo federal estĆ” em dĆ©bito com os governos do Norte e do Nordeste, que, mesmo com baixo nĆ­vel de endividamento, entraram no acordo para renegociar a dĆ­vida dos estados com a UniĆ£o. “A economia do meu estado estĆ” crescendo. A receita com ICMS [do PiauĆ­] estĆ” aumentando, o que estĆ” caindo sĆ£o as transferĆŖncias do Fundo de ParticipaĆ§Ć£o dos Estados [repasses da UniĆ£o]. O dinheiro que falta ameaƧa a saĆŗde pĆŗblica, a manutenĆ§Ć£o das cadeias. A ajuda federal precisa ser imediata”, disse.

Segundo o governador da ParaĆ­ba, Ricardo Coutinho, Meirelles informou que, no momento, a UniĆ£o nĆ£o tem condiƧƵes de conceder o auxĆ­lio aos estados. De acordo com ele, o ministro informou que a equipe econĆ“mica precisa conhecer o montante que entrarĆ” com a repatriaĆ§Ć£o para ver se conseguirĆ” cumprir a meta de dĆ©ficit primĆ”rio – resultado negativo sem considerar os juros da dĆ­vida pĆŗblica – de R$ 170,5 bilhƵes para 2016.

“O problema todo Ć© que, neste paĆ­s, quem fez o dever de casa, se endividou menos, cortou gastos, diante de uma crise de trĆŖs anos em que o PIB [Produto Interno Bruto] caiu 7%, a maior depressĆ£o econĆ“mica que esse paĆ­s jĆ” viu, se vĆŖ hoje na condiĆ§Ć£o de que todo trabalho feito corre o risco de ser perdido por falta de um auxĆ­lio que se faz necessĆ”rio”, advertiu Coutinho. (AGr)
Quarta-feira, 14 de setembro, 2016

PAUTA TRABALHISTA MARCARƁ PRIMEIRA SESSƃO DE CƁRMEN LƚCIA NA PRESIDƊNCIA DO STF
A primeira sessĆ£o de julgamentos da ministra Carmen LĆŗcia na presidĆŖncia do Supremo Tribunal Federal (STF) serĆ” dedicada a pautas relacionadas aos direitos dos trabalhadores. Na sessĆ£o de hoje (14), prevista para comeƧar Ć s 14h, estĆ£o pautados nove processos, que tratam de hora extra para mulheres, responsabilidade dos Ć³rgĆ£os pĆŗblicos sobre trabalhadores terceirizados e jornada de trabalho de bombeiros civis.

No primeiro julgamento, a Corte vai julgar a validade de uma norma da ConsolidaĆ§Ć£o das Leis do Trabalho (CLT) que determina, em caso de jornada extraordinĆ”ria, descanso obrigatĆ³rio de, no mĆ­nimo, 15 minutos para mulheres antes do inĆ­cio da prorrogaĆ§Ć£o do horĆ”rio. Participam da aĆ§Ć£o a AssociaĆ§Ć£o Brasileira de Supermercados (ABRAS) e a FederaĆ§Ć£o Brasileira de Bancos (Febraban).

TambĆ©m estĆ” na pauta do plenĆ”rio a obrigatoriedade do governo de assumir questƵes trabalhistas de empresas terceirizadas. Em BrasĆ­lia, por exemplo, Ć© comum empresas prestadoras de serviƧos de limpeza em Ć³rgĆ£os pĆŗblicos decretarem falĆŖncia e deixar os funcionĆ”rios sem receber salĆ”rios.

A terceira aĆ§Ć£o trata da carga horĆ”ria estabelecida pela bombeiros civis e foi protocolada pela Procuradoria-Geral da RepĆŗblica. A procuradoria defende alteraĆ§Ć£o na jornada, estabelecida na lei especĆ­fica da categoria, que definiu 12 horas de trabalho por 36 de descanso.

Na segunda-feira(12), ao tomar posse na presidĆŖncia do Supremo, Carmen LĆŗcia defendeu a transformaĆ§Ć£o do JudiciĆ”rio para atender Ć s demandas do cidadĆ£o. (ABr)
Quarta-feira, 14 de setembro, 2016

APƓS CRƍTICAS, PT FAZ RESTRIƇƕES A DILMA NO COMANDO DA PERSEU ABRAMO

 
A possibilidade de a presidente cassada Dilma Rousseff presidir a FundaĆ§Ć£o Perseu Abramo, ligada ao PT, foi criticada, na noite desta terƧa-feira, durante reuniĆ£o entre o ex-presidente Luiz InĆ”cio Lula da Silva e as bancadas do partido na CĆ¢mara e no Senado.

O presidente do PT, Rui FalcĆ£o, convidou Dilma para substituir MĆ”rcio Pochmann Ć  frente da FundaĆ§Ć£o, mas muitos na legenda nĆ£o gostaram da ideia. AtĆ© mesmo Lula disse, segundo relato dos presentes, que Dilma precisa entender que a fundaĆ§Ć£o Ć© um "colegiado" e lĆ” ela terĆ” de ouvir opiniƵes, nĆ£o podendo mandar sozinha.

Questionado pelo Estado apĆ³s a reuniĆ£o, realizada num hotel em BrasĆ­lia, FalcĆ£o nĆ£o quis tecer comentĆ”rios sobre a nova polĆŖmica. "Eu convidei e ela aceitou", afirmou o presidente do PT. Quando era presidente da RepĆŗblica, Dilma sempre foi alvo de crĆ­ticas de petistas, para quem ela nĆ£o ouvia ninguĆ©m, nem mesmo Lula.

Treze dias apĆ³s o Senado aprovar o impeachment de Dilma, o PT tambĆ©m jĆ” se prepara para discutir a apresentaĆ§Ć£o de um programa com alternativas para o Brasil.

Apesar de decidir por uma oposiĆ§Ć£o implacĆ”vel ao governo comandado por Michel Temer, o partido quer fazer um contraponto Ć  gestĆ£o dele e mostrar que tĆŖm propostas para o PaĆ­s. "Precisamos nos preparar para voltar ao governo, e temos de reforƧar o PT", afirmou Lula, de acordo com relato dos participantes do encontro. "NĆ³s saĆ­mos desse processo andando, de cabeƧa erguida", disse o deputado Wadih Damous (PT-RJ), numa referĆŖncia Ć  queda de Dilma com a preservaĆ§Ć£o de seu direito de ocupar cargos pĆŗblicos.

Em fevereiro, quando completou 36 anos, o PT lanƧou um plano nacional de emergĆŖncia em que criticava o ajuste fiscal sob Dilma e propunha a criaĆ§Ć£o de um Fundo Nacional de Desenvolvimento e Emprego, com o uso de parte das reservas internacionais. ƀ Ć©poca, o partido jĆ” dizia que vivia uma "encruzilhada entre o passado e o futuro".

Lula ouviu deputados e senadores preocupados com as campanhas municipais, no momento em que o PT enfrenta sua maior crise. Mesmo assim, a avaliaĆ§Ć£o foi a de que a cassaĆ§Ć£o do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) provocarĆ” grande estrago no governo e na base aliada de Temer, uma vez que ele ameaƧa fazer delaƧƵes premiadas envolvendo atĆ© mesmo ministros.
Quarta-feira, 14 de setembro, 2016

PRESIDENTE DO TSE GARANTE ELEIƇƕES LIMPAS: URNAS SƃO INVIOLƁVEIS

Depois de a PolĆ­cia Federal deflagrar operaĆ§Ć£o contra um grupo que ameaƧava fraudar urnas eletrĆ“nicas, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, garantiu nesta terƧa-feira, 13, em nota, que a realizaĆ§Ć£o das eleiƧƵes no prĆ³ximo mĆŖs "continua segura" e que a urna Ć© "um equipamento que tem se mostrado inviolĆ”vel".

A PolĆ­cia Federal deflagrou na manhĆ£ desta terƧa-feira a OperaĆ§Ć£o ClĆ­stenes contra um grupo que prometia fraudar urnas eletrĆ“nicas nas eleiƧƵes municipais de 2016.

Foram cumpridos trĆŖs mandados de prisĆ£o preventiva, dois em BrasĆ­lia (DF) e um em Xangri-lĆ” (RS), e trĆŖs mandados de conduĆ§Ć£o coercitiva, em Xangri-lĆ”, Canoas (RS) e Piripiri (PI), alĆ©m de cinco mandados de busca e apreensĆ£o, em Canoas, Xangri-lĆ”, GoiĆ¢nia (GO) e dois em BrasĆ­lia.

"Vale ressaltar que as atitudes dessas pessoas nĆ£o colocam em risco o pleito eleitoral, uma vez que, eles sĆ£o investigados por estelionato. Portanto, a votaĆ§Ć£o no prĆ³ximo dia 2 de outubro, alĆ©m de garantida, continua segura como foi atĆ© hoje, desde a criaĆ§Ć£o da urna eletrĆ“nica", escreveu o ministro, em nota divulgada pela assessoria de imprensa do TSE.

De acordo com Gilmar Mendes, a operaĆ§Ć£o da PF deixa claro que "a seguranƧa da urna nĆ£o foi violada". O ministro destacou ainda que a atuaĆ§Ć£o dos policiais ocorreu no mesmo dia em que as urnas comeƧam a ser carregadas com o sistema de votaĆ§Ć£o, sem, portanto, a possibilidade de alteraƧƵes.

"A JustiƧa Eleitoral recebeu a notĆ­cia da operaĆ§Ć£o com muito pesar e alerta para que candidatos e cidadĆ£os nĆ£o caiam em golpes como esse. A urna Ć© um equipamento que tem se mostrado inviolĆ”vel e todo o processo de votaĆ§Ć£o Ć© extremamente seguro. Em 20 anos de histĆ³ria da urna, nĆ£o houve uma fraude sequer no processo eleitoral brasileiro", ressaltou o ministro. (AE)

Quarta-feira, 14 de setembro, 2016



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