A
Operação Lava Jato rastreia os valores movimentados pelo o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva em sua empresa de palestras, a LILS Palestras, Eventos e
Publicações. Em 2014, ano de deflagração da fase ostensiva das investigações de
cartel e corrupção na Petrobrás, foi registrado a distribuição de R$ 5,3
milhões em lucros ao petista dos R$ 7,5 milhões em dividendos retirados da
empresa desde que ela foi aberta em 2011, após deixar a Presidência da
República.
Réu
desde a semana passada por supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro no escândalo Petrobrás, Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões em
propinas em reformas e benfeitorias no triplex do Edifício Solaris, no Guarujá
(SP) – parte dos R$ 87 milhões pagos pela OAS por três contratos na estatal.
“A LILS Palestras, Eventos e Publicações
distribuiu a Lula, a título de lucro, R$ 7.589.936,14, ou seja, 36% do total
auferido pela entidade no período (destacando-se que a maior retirada, de R$
5.670.270,72 aconteceu em 2014, ano da deflagração da fase ostensiva da
‘Operação Lava Jato’)”, registram os procuradores da Lava Jato, na primeira
denúncia que levou Lula ao banco dos réus, em Curitiba, na terça-feira, 20.
As
informações são de um documento produzido em março pela Lava Jato, inicialmente
anexado ao pedido de condução coercitiva de Lula, quando foi alvo da Operação
Aletheia. As movimentações financeiras da LILS e do Instituto Lula são alvo de
um inquérito ainda aberto na Polícia Federal, que deve resultar em nova
denúncia criminal da Procuradoria contra o ex-presidente, ainda esse ano.
Criada
para que o ex-presidente pudesse dar palestras, a LILS movimentou entre 2011 e
2015 um total de R$ 52,3 milhões. Foram R$ 27 milhões recebidos, a maior parte
de empreiteiras e grandes empresas, e R$ 25,2 milhões em débitos.
A
Lava Jato passou a investigar a LILS depois que identificaram que R$ 9,9
milhões recebidos pela empresa tiveram como origem seis empreiteiras acusadas
de cartel e corrupção na Petrobrás.
As
empreiteiras investigadas por pagamentos de palestras de Lula são a Odebrecht,
Queiroz Galvão, OAS, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e UTC. Executivos das
três últimas fizeram delação premiada e confessaram pagar propinas – nenhum
confessou, nos termos tornados públicos até aqui, corrupção no dinheiro de
palestras de Lula. Os executivos da Odebrecht ainda negociam um acordo.
As
suspeitas da Lava Jato são que os pagamentos por palestras realizadas por Lula
a partir de 2011 podem ter ocultado propinas do esquema de cartel e desvios nos
contratos da estatal. Além da empresa de palestra, estão sob investigação as
doações e contribuições feitas para o Instituto Lula.
“Lula
manteve relação próxima com diversos executivos dessas companhias. Além da
proximidade, identificou-se que o Instituto Luiz Inácio Lula da Silva e a
L.I.L.S., entidades em que Lula é a figura máxima, receberam aportes
multimilionários das empreiteiras participantes da organização criminosa.”
Coaf
Relatório
do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da
Fazenda, mostra que a LILS aplicou R$ 35,17 milhões em fundos de investimento,
entre abril de 2011 e maio de 2015. Os valores foram investidos via BB Gestão
de Recursos – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.
Os
técnicos alertam sobre possível ocorrência de “operações cujos valores se
afiguram objetivamente incompatíveis com a ocupação profissional, os
rendimentos e/ou a situação patrimonial/financeira de qualquer das partes
envolvidas”.
No
documento da Lava Jato anexado à denúncia, a força-tarefa registra que “não
obstante sua estrutura bastante limitada, mormente para a prestação de serviços
de ‘organização de feiras, congressos, exposições e festas’, foi possível
verificar no curso das investigações da Lava Jato que a LILS foi destinatária, nos últimos anos, de
vultosos recursos”.
O
Coaf registrou também que no período de 2011 e 2015 a LILS aplicou R$ 5 milhões
no Brasilprev. O documento registra que a LILS tem como sócios Lula, com 98%, e
o presidente do Instituto Lula, Paulo Tarciso Okamotto – também réu no processo
contra o ex-presidente na Lava Jato em Curitiba.
“Ex-presidente da República, atualmente
cadastrado com empresário, com renda mensal no valor de R$ 3.753,36”,
registra o Coaf.
O
ex-presidente apresentou documentos para comprovar que realizou as palestras
para qual foi contratado. Segundo o Instituto Lula, que registrou publicamente
todos os serviços, foram 72 palestras, ao custo de US$ 200 mil cada.
Não
há irregularidades em se dar palestras, registram os investigadores, porém os
pagamentos das empreiteiras do cartel chamam a atenção.
“Os
altos valores repassados a LILS Palestras nos últimos anos, somados à
circunstância de que no âmbito das investigações da Operação Lava Jato têm sido
identificadas diversas operações de lavagem de dinheiro mediante a celebração
de contratos de prestação de serviços e/ou consultoria com empresas sem
estrutura física e pessoal relevante, algumas inclusive constituídas por
ex-agentes públicos e políticos de destaque no governo federal, indica a
necessidade de melhor averiguar tais transações.”
Pagadores e recebedores
O
Coaf listou quem foram os principais pagadores da LILS e como foram efetuados
esses créditos na conta da empresa do Banco do Brasil, entre 2011 e 2015. A
Odebrecht é a que mais paga: R$ 3 milhões.
O
presidente afastado do Grupo Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, e executivos
da empresa negociam desde o início do ano um acordo de delação premiada com a
Procuradoria Geral da República (PGR) e Ministério Público Federal, em
Curitiba.
O
ex-presidente Lula e Okamotto são os dois que mais receberam da LILS, mostra
relatório do Coaf. O ex-presidente, segundo o documento do Coaf, recebeu R$
1,51 milhão entre 2011 e 2015. Okamotto, R$ R$ 1,10 milhão. A terceira maior
destinatária é a filha de Lula Lurian Cordeiro Lula da Silva, que recebeu R$
365 mil. Há pagamentos ainda para outros filhos, Luis Cláudio Lula da Silva, R$
209 mil e Sandro Luis Lula da Silva, e para a campanha de vereador do filho
Marcos Claudio Lula da Silva, R$ 50 mil.
Propinas
Os
dados de documentos anexados à primeira denúncia formal contra Lula, em
Curitiba, estão sendo cruzados com informações registradas por Lula e seus
familiares, amigos e sócios. As suspeitas são que as movimentações financeiras
da LILS e do Instituto Lula serviram para ocultar propinas.
No
material produzido pela PF, os peritos comparam as datas de recebimentos pela
LILS por palestras com o período em que as empreiteiras pagaram propinas a dois
ex-diretores da Petrobrás: Paulo Roberto Costa, ex-Abastecimento e primeiro
delator da Lava Jato, e Renato Duque, ex-Serviços. Esse último, cota do PT no
esquema de fatiamento político da estatal entre PT, PMDB e PP.
“Insta
destacar, inclusive, que os períodos nos quais as empreiteiras Camargo Corrêa e
Queiroz Galvão efetuaram pagamentos de propinas à Paulo Roberto Costa, via
Costa Globa, coincidem com o período em que efetuaram pagamentos a LILS
Palestras, Eventos e Publicações por serviços pretensamente prestados.”
Costa
foi o primeiro delator da Lava Jata a confessar o esquema Petrobrás. Ele
apontou em 2014 ao juiz federal Sergio Moro que a corrupção era sistêmica no
governo federal, abrangendo além da área de petróleo e gás, energia, rodovias,
ferrovias e aeroportos.
Pela
Costa Globa ele recebeu “propinas atrasadas das empreiteiras: a Camargo Corrêa,
no valor de R$ 3 milhões, Queiroz Galvão, R$ 600 mil, Iesa Óleo & Gás, R$
1,2 milhão e Engevix, R$ 665 mil.. Dessas, as duas primeiras efetuaram
pagamentos a LILS.
O
MPF destaca que Costa, que foi diretor de Abastecimento da Petrobrás entre maio de 2004 e abril de 2012,
e
Renato Duque, que ocupou a Diretoria de Serviços da estatal de janeiro de 2003
a abril de 2013, terem aberto empresas de consultoria – respectivamente, as
empresas Costa Global e D3TM – para continuarem “a receber valores de propina
sob a forma de contratos falsos de prestação de serviços”.
No
processo criminal aberto pelo juiz federal Sérgio Moro na terça-feira, 20, Lula
é acusado pelo envolvimento com R$ 87 milhões de propinas pagas pela OAS, por
três contratos da Petrobrás. A acusação aceita aponta que R$ 3,7 milhões desse
montante foram pagos ao ex-presidente de forma oculta no triplex 164-A do
Edifício Solaris no Guarujá (SP) e no custeio do armazenamento de bens pessoais
do petista ente 2011 e 2016.
Além
do inquérito aberto sobre a LILS e Instituto Lula, o ex-presidente ainda é alvo
de um inquérito por corrupção e lavagem de dinheiro na compra e reforma do
Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que a Lava Jato diz ser dele – o petista
nega – e de investigações por associação à organização criminosa e obstrução às
investigações do escândalo Petrobrás, em Brasília – no Supremo Tribunal Federal
(STF) e na Justiça Federal do Distrito Federal.
COM A PALAVRA, LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVA
Em
publicação divulgada pelo Instituto Lula, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva informa que “de 2011 a 2015, Lula deu 72 palestras empresariais pagas,
para 45 empresas contratantes no Brasil e em todas as partes do mundo”.
“Lula
discursou em reuniões de diretoria, seminários para dirigentes de empresas,
encontros com clientes e confraternizações dos mais diversos setores –
financeiro, alimentício, construção, bebidas, comércio, comunicações e outros.”
Segundo
informa o documento, “todas as receitas e despesas da empresa LILS foram
devidamente contabilizadas e seus rendimentos registrados nas declarações de
Imposto de Renda dos dois sócios”.
“A
LILS estabeleceu um contrato padrão para ser utilizado em cada palestra e tomou
como referência o valor em reais equivalente a 200 mil dólares, de acordo com a
taxa de câmbio da época da palestra, semelhante ao cobrado por outros
ex-presidentes de projeção internacional.” (AE)
Quinta-feira,
29 de setembro, 2016
MARCONI ANTECIPA VOLTA APÓS
ATENTADO EM GOIÁS
Marconi
Perillo (PSDB), governador de Goiás, anunciou em seu Twitter que está voltando
dos Estados Unidos para acompanhar de perto a situação após o ataque que
vitimou o ex-prefeito de Itumbiara Zé Gomes (PTB) e feriu o vice-governador do
estado, José Eliton (PSDB).
"Desde
que soube da notícia, cancelei a agenda da missão comercial nos Estados Unidos,
com objetivo de retornar imediatamente a Goiás", disse ele no Twitter.
Na
tarde da última quarta-feira, 28, um atirador disparou contra os políticos
durante uma carreata em Itumbiara, matando o candidato a prefeito José Gomes da
Rocha, que governou a cidade entre 2005 e 2012, e o cabo da PM Vanilson João
Pereira. Eliton, que participava do ato em apoio a Gomes, foi ferido no
abdômen. Ele passou por uma cirurgia em um hospital de Goiânia e passa bem.
Também foi ferido no ataque o advogado da prefeitura Célio Rezende, também
levado para a capital.
"Desejo
pronta recuperação ao amigo José Eliton e ao senhor Célio Rezende. E espero que
a paz e tolerância voltem a prevalecer em Goiás", postou ainda o
governador.
O
autor dos disparos foi identificado como Gilberto Ferreira do Amaral, auxiliar
de serviços gerais da Secretaria Municipal de Saúde de Itumbiara. Ele foi morto
por seguranças durante a troca de tiros. A motivação e os detalhes do atentado
estão sendo investigados pela polícia. (Agência Sputinik)
Quinta-feira,
29 de setembro, 2016
JOVAIR QUE
ESTAVA NA CARREATA CHAMOU O CRIME DE 'BARBARIDADE'
O
líder do PTB na Câmara dos Deputados, Jovair Arantes (GO), classificou como
"barbaridade" e um "atentado contra a democracia" o
assassinato do candidato do PTB à prefeitura de Itumbiara (GO), José Gomes
Rocha, na tarde de quarta-feira (28). Arantes testemunhou o crime.
"O
que aconteceu foi uma barbaridade, um atentado contra a democracia, contra os
sonhos da cidade, contra a família de Itumbiara, contra as pessoas da
região", afirmou Arantes ao Broadcast Político. "Nosso candidato era
amado pela cidade. Foi a maior liderança individual que já conheci",
disse.
Arantes
conta que a carreata em que ele e José Gomes Rocha participavam era o
praticamente o primeiro grande ato público da campanha do candidato do PTB.
"Os atos que tinham sido feitos antes foram apenas o lançamento da
candidatura e algumas reuniões. Seria o primeiro e único ato hoje",
afirmou.
O
líder do PTB diz que a população estava "entusiasmada" com o ato
público. "Não parecia carreata pedindo voto, parecia carreata da
vitória", conta. "Do nada surgiu esse rapaz. Ele ia matar todos nós,
se não fosse um herói chamado Vanilson (Rodrigues, cabo da Polícia Militar) que
nos salvou", diz.
Rodrigues
trocou tiros com o acusado de matar o candidato e matou o autor do crime, mas
também acabou morto. O vice-governador de Goiás e Secretário da Segurança do
Estado, José Eliton, que também participava da carreata, foi baleado.
Jovair
Arantes afirma que o autor dos disparos é um "adversário político" do
candidato na região. O líder do PTB afirma que somente após o velório de José
Gomes Rocha é que eles vão decidir o futuro da chapa, que deve seguir na
disputa eleitoral. O primeiro turno está marcado para o próximo domingo, 2 de
outubro.
Histórico político
O
candidato do PTB a prefeito de Itumbiara já tinha sido prefeito da cidade por
dois mandatos. O primeiro deles começou em 2004, quando ainda estava no PMDB.
Em 2008 foi reeleito para um novo mandato, com 84,4% dos votos. Em 2012, elegeu
seu então vice-prefeito, Chico Balla (PTB), como seu sucessor.
José
Gomes Rocha também foi deputado federal por quatro mandatos, entre 1989 e 2003.
Em seguida, elegeu-se deputado estadual, mas ficou apenas por pouco tempo no
cargo, pois se elegeu prefeito. Em 1989, ele foi coordenador regional da
campanha do senador Fernando Collor, então no PRN, para presidente.
O
candidato assassinado foi um dos 38 deputados que votaram contra a abertura do
processo de impeachment de Collor na Câmara, na sessão do dia 29 de setembro de
1992.
GILMAR MENDES REPUDIA MORTE
DE CANDIDATO E PEDE ACOMPANHAMENTO DA PF
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro
Gilmar Mendes, informou quarta-feira (28), em nota, "que repudia" a
morte do candidato à prefeitura de Itumbiara (GO), José Gomes da Rocha (PTB).
Por meio da assessoria de imprensa do TSE, Gilmar Mendes
manifestou que "reafirma o seu compromisso em cobrar investigação dos
possíveis atentados políticos contra candidatos às eleições de 2016, nos
últimos meses".
A nota destaca que o presidente da Corte Eleitoral visitou
recentemente dois cartórios eleitorais no Estado do Rio de Janeiro "para
ver de perto a realidade da região por causa do grande número de mortes
envolvendo políticos, pré-candidatos e candidatos nessas eleições e prometeu
fazer o mesmo em outras localidades".
"Além disso, o presidente do TSE enviou recentemente
ofício ao ministro da Justiça, Alexandre Moraes, para que a Polícia Federal
acompanhe as investigações sobre os assassinatos de candidatos nas eleições
deste ano, tanto no Estado do Rio quanto no restante do País", finaliza a
nota.
O candidato a prefeito José Gomes da Rocha (PTB), o Zé Gomes,
foi executado nesta quarta-feira (28) com tiro na cabeça. O autor dos disparos,
o funcionário público Gilberto Ferreira do Amaral, e o policial militar
Vanilson Rodrigues morreram minutos depois em tiroteio. (AE)
Eliton está internado no
Hugol
O
vice-governador José Eliton, baleado no atentado ocorrido em Itumbiara, está
internado no Hugol, em Goiânia, e seu quadro de saúde é estável. Eliton respira
com a ajuda de aparelhos e não corre risco de vida. Ele chegou na Capital,
transferido de Itumbiara, no final da noite de quarta-feira e seguiu direto
para o hospital estadual, na Região Noroeste.
O
tiro acertou Eliton na região da barriga, ele passou por procedimento médico na
cidade do Sul do Estado e depois foi transferido para Goiânia. Ele estava na
caminhoneta que fazia carreata pelas ruas de Itumbiara quando um homem começou
a disparar em direção ao grupo. O ex-prefeito José Gomes morreu e o advogado
Célio Rezende também ficou ferido.
O
policial militar Vanilson João, que trocou tiros com o atirador, também morreu.
Vanilson atuava na segurança do comboio. O governador Marconi Perillo, que
estava em missão comercial nos Estados Unidos, já providenciou seu retorno a
Goiás.
(EBC)
Quinta-feira,
29 de setembro, 2016
ESPECIALISTA ESCLARECE DÚVIDAS SOBRE O QUE É PERMITIDO NO DIA DAS
ELEIÇÕES
O dia do voto é marcado por inúmeras
regras e restrições, que se não cumpridas, podem levar ao pagamento de multas
ou a detenção de 6 meses a um ano. É preciso ter atenção. Pensando isso, a
advogada Renatta Lima, que já atuou por mais de 10 anos no Tribunal Superior
Eleitoral e é especialista em Direito Eleitoral, esclarece algumas dúvidas.
Renatta faz parte da equipe de advogados do escritório Bento, Muniz e Monteiro
Advocacia.
Calendário
eleitoral
3 dias antes
1.
Último dia para a divulgação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e
na televisão (Lei nº 9.504/1997)
2.
Último dia para propaganda política mediante reuniões públicas ou
promoção de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa, entre as
8 e as 24 horas, com exceção do comício de encerramento da campanha, que poderá
ser prorrogado por mais duas horas (Código Eleitoral, art. 240, parágrafo
único, e Lei nº 9.504/1997)
3.
Último dia para a realização de debate no rádio e na televisão, admitida
a extensão do debate cuja transmissão se inicie nesta data e se estenda até as
7 horas do dia 30 de setembro de 2016.
2 dias antes
1.
Último dia para a divulgação paga, na imprensa escrita, de propaganda
eleitoral e a reprodução, na Internet, de jornal impresso com propaganda
eleitoral (Lei nº 9.504/1997)
2.
Data em que o presidente da mesa receptora que não tiver recebido o
material destinado à votação deverá diligenciar para recebê-lo (Código
Eleitoral, art. 133, § 2º).
1 dia antes
1.
Último dia para a entrega da segunda via do título eleitoral (Código
Eleitoral, art. 69, parágrafo único).
Lembrando que o eleitor pode votar com qualquer documento oficial com
foto, tal como RG, Passaporte, Carteira de trabalho
2.
Último dia para a propaganda eleitoral mediante alto-falantes ou
amplificadores de som, entre as 8 e as 22 horas (Lei nº 9.504/1997)
3.
Último dia, até as 22 horas, para a distribuição de material gráfico e a
promoção de caminhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela
cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos (Lei nº 9.504/1997)
DIA
DAS ELEIÇÕES
1.
É permitida a manifestação individual e silenciosa da preferência do
eleitor por partido político, coligação ou candidato (Lei nº 9.504/1997)
2.
É vedada, até o término da votação, a aglomeração de pessoas portando
vestuário padronizado, bem como bandeiras, broches, dísticos e adesivos que
caracterizem manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos (Lei nº
9.504/1997)
3.
É proibido aos servidores da Justiça Eleitoral, aos mesários e aos
escrutinadores o uso de vestuário ou objeto que contenha qualquer propaganda de
partido político, de coligação ou de candidato (Lei nº 9.504/1997)
4.
É vedado ao eleitor portar aparelho de telefonia celular, máquinas
fotográficas, filmadoras, equipamento de radiocomunicação ou qualquer
instrumento que possa comprometer o sigilo do voto, devendo a mesa receptora,
em caso de porte, reter esses objetos enquanto o eleitor estiver votando (Lei
nº 9.504/1997)
5.
É vedado aos fiscais partidários, nos trabalhos de votação, o uso de
vestuário padronizado, sendo-lhes permitido tão só o uso de crachás com o nome
e a sigla do partido político ou coligação (Lei nº 9.504/1997)
6.
É crime o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de
comício ou carreata, a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de
urna e a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou
de seus candidatos (Lei nº 9.504/1997)
É crime violar ou tentar violar o
sigilo do voto?
Sim, é crime punível com detenção de
até dois anos (art. 312 do Código Eleitoral). Por isso é proibido o eleitor
entrar no recinto da cabina de votação,
portando aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas, filmadoras,
equipamento de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer o
sigilo do voto, devendo a mesa receptora, em caso de porte, reter esses objetos
enquanto o eleitor estiver votando
O
que é proibido fazer no dia da eleição?
A arregimentação de eleitor ou boca de
urna. Portanto, é proibida a aglomeração de pessoas portando vestuário
padronizado e os instrumentos de propaganda, de modo a caracterizar
manifestação coletiva, apenas a manifestação silenciosa e espontânea do eleitor
é permitida no dia da eleição. É proibida a distribuição de qualquer serviço
por candidato, comitê ou partido político, tais como combustível, transporte ou
alimentação para o eleitor no dia da eleição, seja na cidade ou na zona rural,
sob pena de reclusão de quatro a seis anos e pagamento de multa (art. 302 do
Código Eleitoral e Resolução-TSE nº 9.641/1974). Lembrando que 1º /10 é o último dia para a
propaganda eleitoral mediante alto-falantes ou amplificadores de som, entre as
8 e as 22 horas (Lei nº 9.504/1997), bem como para a distribuição de material
gráfico e a promoção de caminhada, carreata, passeata ou carro de som que
transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos (Lei nº
9.504/1997)
Posso
votar de bermuda, usar bóton ou camiseta do meu candidato?
Sim, a lei eleitoral permite, no dia
das eleições, a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor
por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso
de bandeiras, broches, dísticos e adesivos (art. 39-A da Lei nº 9.504/1997).
Posso distribuir “santinhos” na hora
de votar?
Não. Só pode haver distribuição de
material de campanha eleitoral até as 22 horas do dia que antecede a eleição.
Posso
distribuir propaganda no dia da eleição?
Não. A propaganda de boca de urna e a
arregimentação de eleitor no dia da eleição constituem crime eleitoral,
puníveis com detenção de seis meses a um ano, com alternativa de prestação de
serviços à comunidade pelo mesmo período e multa no valor de R$5.320,50 a
R$15.961,50 (art. 39, § 5º, incisos II e III, e § 9º, da Lei nº
9.504/1997). Tal conduta também pode
resultar na cassação do mandato, multa e na inelegibilidade do candidato
beneficiado.
A
boca de urna é um crime que pode ocorrer somente no horário de votação?
A realização de boca de urna é
proibida por lei e consiste na distribuição de material de propaganda política
ou a prática de aliciamento, coação ou manifestação tendente a influir na
vontade do eleitor. Somente ocorre no
dia, mas não está limitado ao horário de votação, mas ao dia inteiro (art. 39,
§ 5º, incisos II e III, e § 9º, da Lei nº 9.504/1997).
Quinta-feira,
29 de setembro, 2016
GOVERNO TEMER DESTRAVA OBRAS DO MINHA CASA
Às
vésperas do primeiro turno das eleições municipais, o governo Michel Temer
anuncia hoje as regras para o primeiro lote de contratações do Minha Casa Minha
Vida da gestão peemedebista. A meta é contratar 40 mil novas moradias ainda em
2016 na faixa 1,5 do programa, que foi promessa de campanha à reeleição da
presidente cassada Dilma Rousseff, ainda em 2014. Mas as obras nunca saíram do
papel.
O
governo Temer espera que o início das contratações ainda este ano contribua
para aquecer o setor da construção civil e impulsionar a economia,
principalmente com geração de novos empregos. Também é um agrado à classe média
e uma agenda positiva para o governo em meio à recessão.
A
faixa 1,5, criada para beneficiar a classe média baixa, é destinada a famílias
com renda mensal de até R$ 2.350 e conta com subsídio do FGTS e do Tesouro. A
ideia no governo Dilma era atender famílias que tinham renda superior aos
limites da faixa 1 (onde as moradias são totalmente subsidiada pelo Tesouro),
mas não tinham orçamento suficiente para se habilitar à faixa 2 (onde o
subsídio é menor). Em março deste ano, em meio ao acirramento do processo de
impeachment, Dilma chegou a anunciar a novidade em evento no Palácio do
Planalto, mas sua equipe não conseguiu tornar viável essa parte do programa.
Os
imóveis que serão oferecidos no programa terão valor máximo de R$ 135 mil nas
regiões metropolitanas de São Paulo e Rio e no Distrito Federal. Até um terço
do valor (R$ 45 mil) pode ser integralmente subsidiado pelo FGTS (90%) e
Tesouro (10%), dependendo da faixa de renda (quanto maior a renda, menor o
subsídio integral). Os R$ 90 mil restantes, nesse caso, são financiados pela
Caixa a longo prazo, com juros, também subsidiados, de 5% ao ano. Nas outras
regiões do País, os valores dos imóveis e dos subsídios têm algumas variações.
Para
a faixa 1,5 do MCMV serão destinados R$ 3,8 bilhões. Desse valor, R$ 1,4 bilhão
será para pagar os descontos no valor dos imóveis, sendo R$ 1,26 bilhão bancado
pelo FGTS e R$ 140 milhões pelo Tesouro. Os outros R$ 2,4 bilhões sairão também
do FGTS por meio de financiamentos com juro subsidiado. O subsídio da faixa 1,5
é maior do que o dado na faixa 2 (famílias com renda de até R$ 3,6 mil). A
seleção dos beneficiários não será feita pelas prefeituras – como na faixa 1 –
mas pelos bancos (Caixa e BB) e pelas próprias construtoras, que analisarão o
enquadramento das famílias nos critérios.
O
ministro das Cidades, Bruno Araújo, extinguiu o sorteio que tinha sido
determinado pela equipe de Dilma para a seleção dos beneficiários da faixa 1,5.
Segundo a secretária Nacional de Habitação, Henriqueta Arantes, os novos
critérios atendem a um maior número de famílias, além de garantir isonomia ao
processo. O ministério fixou que cada empreendimento tenha, no máximo, 500 mil
moradias. (AE)
Quinta-feira,
29 de setembro, 2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário