O
ano letivo na rede pública do Distrito Federal (DF) começa segunda-feira (11/02)
com a implementação do modelo cívico-militar em quatro escolas de regiões ao
redor do Plano Piloto, área central de Brasília. São elas o Centro Educacional
(CED) 308 do Recanto das Emas, CED 7 de Ceilândia, CED 1 da Estrutural e CED 3
de Sobradinho. Os colégios foram escolhidos a partir da análise socioeconômica
da região, índices de violência e aproveitamento escolar. O modelo seguido é o
adotado em Goiás, que reúne 50 colégios que seguem o sistema.
No
país há 120 escolas com gestão compartilhada entre professores e militares. O
modelo é defendido pelo governo federal, que pretende incentivar a expansão
dessas escolas. A Agência Brasil acompanhou as reuniões que foram feitas nas
férias nessas escolas, com mães, pais, responsáveis, professores e estudantes.
O
governo do DF (GDF) reconheceu a aprovação das unidades e começa nesta
segunda-feira a implementar o modelo. A primeira semana será de adaptação. Os
estudantes só usarão as fardas, típicas de escolas militares, no terceiro mês
de aula.
A
Secretaria de Educação do DF informou que se as práticas funcionarem,
apresentando bons resultados, poderão ser estendidas para o restante da rede
pública, que atualmente tem 693 escolas. Uma das primeiras práticas replicadas
deverá ser um aplicativo para comunicação direta com os pais.
Porém,
o modelo de educação cívico-militar divide opiniões. Os favoráveis defendem que
o sistema gera índices elevados de aproveitamento escolar e o ensino de
disciplina e regras. Os contrários afirmam que não cabe à polícia atuar dentro
da escola e que o ideal é intensificar a segurança externa dos colégios.
Decisão
O
modelo de gestão compartilhada, na qual os militares cuidam da parte
administrativa e os professores da parte pedagógica da escola, foi anunciado em
11 de janeiro pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
Nas
férias escolares, houve reuniões nas quatro unidades de ensino escolhidas como
piloto. Segundo o governo do DF, para a escolha dos colégios foram considerados
a violência na região, o baixo nível socioeconômico e o desempenho em
avaliações do Ministério da Educação (MEC).
Outro
critério foi a estrutura física da escola, que deveria estar apta a receber as
atividades esportivas e musicais no contraturno.
No
DF, a meta é implantar mais 36 unidades até o fim do ano. O GDF espera, até o
fim do atual mandato, em 2022, chegar a 200 escolas. (ABr)
Segunda-feira,
11 de fevereiro, 2019 ás 10:07
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