O
presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir na noite desta terça-feira (13/08) o
recém-nomeado secretário de imprensa do Palácio do Planalto, Paulo Fona.
O
histórico profissional do jornalista (ele foi um dos fundadores do PT e
secretário de Comunicação do governo de Rodrigo Rollemberg, do PSB) teria
incomodado o presidente, segundo o próprio ex-secretário, mas isso não é
verdade. Até porque o histórico de qualquer auxiliar do governo é submetido a
severo exame da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) antes de o convite
ser formalizado.
A
demissão de Fona foi decidida durante a reunião do presidente Jair Bolsonaro
como Conselho de Governo, pela manhã. Nessa reunião, os ministros foram
unânimes na avaliação de que “o maior problema” do governo era sua área de
comunicação. E todos concordaram que o ex-secretário de Imprensa seria “muito
fraco” e que não estaria “dando conta”.
Fona
tem extenso currículo como secretário de Comunicação de governos do PSB, MDB e
PSDB, em Brasília e no Rio Grande do Sul. Ele foi o quarto a ocupar a
Secretaria desde o início do mandato em janeiro. A nomeação de Fona para o
cargo foi publicada no Diário Oficial da União na última quarta-feira (7). O
cargo estava vago havia mais de um mês.
Paulo
Fona divulgou a seguinte nota:
“A
decisão da minha exoneração pelo Presidente da República me pegou de surpresa.
Fui convidado para assumir a Secretaria de Imprensa, alertei-os de meu histórico
e minha postura profissional e a intenção de ajudar na melhoria do
relacionamento com a mídia em geral. O desafio era imenso, sempre soube, mas
esperava maior profissionalismo, o que não encontrei. Em todos os governos que
passei de diferentes partidos – MDB, PSDB e PSB – sempre trabalhei com o
objetivo de tornar a Comunicação mais ágil, eficiente e transparente e leal às
propostas da gestão.
Foi
assim que aprendi a trabalhar ao longo de quase quatro décadas, nos principais
veículos de comunicação do país e nas secretarias de Comunicação do Distrito
Federal, por duas vezes, e do Rio Grande do Sul. Com meu pai aprendi a
respeitar as pessoas e os cargos públicos que me foram confiados. Construí
minha carreira profissional com meus próprios méritos e defeitos. Obrigado a
todos os jornalistas que me acolheram de maneira calorosa e esperançosa de que
o relacionamento mudaria”.
O
secretário anterior, Fernando Diniz, ficou menos de 30 dias na função. Fona foi
escolhido pelo chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social, Fábio
Wajngarten. (DP)
Quarta-feira,
14 de agosto, 2019 ás 11:00
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