"NÃO HÁ DEMOCRACIA ONDE O VOTO É OBRIGATÓRIO"
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26 de novembro de 2014
MENSAGEM
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Águas Lindas,
Juventude Liberal.,
Mensagem,
Socorro Pires
QUEM FICA SENTADO NA ZONA DE CONFORTO, TEM EXATAMENTE O QUE MERECE!
Oi
Gente!! Estava aqui pensando nas mudanças pelas quais passamos no decorrer da
nossa vida e em como elas podem nos afetar positiva ou negativamente,
dependendo apenas da nossa postura.
Andei
relendo muitos arquivos antigos aqui no blog, lá daquela época em que eu vinha
aqui compartilhar com vocês minhas tentativas frustradas de emagrecer!
Por
um tempo fiquei com pena de mim, relendo todas as situações constrangedoras e
humilhantes que vivi quando era obesa. Em algumas postagens cheguei à chorar e
nem conseguia acreditar que me sujeitei à tantas coisas degradantes e além
disso ainda tive coragem de me expor aqui, relatando em detalhes momentos tão
íntimos!
À
medida que ia lendo ia caindo na real....
Que
pena o quê?
Eu
estava apenas colhendo os frutos da minha covardia!
Acho
que no fundo, essa autopiedade, durante muito tempo me fez ficar tranquila na
zona de conforto.
Quem
não gosta de ser o centro das atenções? Eu hoje em dia adoro!!
Porém hoje em dia gosto de chamar atenção por
bons feitos, por atitudes admiráveis e não por estar no fundo do poço,
deprimida e digna da dó alheia!
A
obesidade é uma doença e precisa de tratamento. Acontece que por não ser vista
assim, fica muito complicado até mesmo para buscarmos essa ajuda.
Outro
fator agravante, é que ela não é uma doença apenas física, logo precisa de
tratamento multifatorial, o que muitas vezes é negligenciado.
Enfim,
onde quero chegar com todo esse rodeio?
Bem
simples!
Enquanto
você ficar olhando para si mesmo com pena e se sentindo a pior pessoa da terra,
enquanto se sentir o coitadinho que é injustiçado a todo momento, é exatamente
isso que será!
Foi
assim comigo!
Não
tenha dúvidas de que será assim com você.
Eu
decidi operar o estômago para resolver o problema e deu muito certo!
Você
não precisa fazer o mesmo!
Pode
optar por algo menos radical, mas vou logo avisando que seja qual for a decisão
que tomar, precisará se dedicar totalmente à ela, ou então, certamente
fracassará!
Nada
na vida acontece por acaso ou é lindamente fácil!
Isso
é apenas conto de fadas, mas estamos na vida real e aqui as coisas são um pouco
mais sérias e complexas!!
A
boa notícia é que se você fizer a sua parte, exatamente como deve ser feita,
colherá bons frutos!
Hoje
eu tenho a vida que sempre quis ter!!
Aí
você imagina assim....
"
A Lu hoje não tem problemas, anda cheia de dinheiro, tudo é fácil pra ela e não
tem mesmo do que reclamar!"
Engana-se
quem pensa dessa forma!!
Tenho
um milhão de problemas como todos, alguns mais graves, outros menos, mas são
problemas!!
Não
vivo cheia de dinheiro! Pelo contrário! Ando é cheia de contas pra pagar e
trabalho duro pra conseguir manter tudo em dia!
E
nada é assim tão fácil pra mim! Pelo menos não é mais fácil do que para as
outras pessoas! Afinal, não sou melhor, nem pior que ninguém!
O
que acontece é que eu escolhi ser a autora da minha própria vida, ao invés de
deixar que a
vivam
por mim!
Já
me viram por aí, em redes sociais reclamando ou me lamentando das mazelas da
vida?
Não,
né? Nem verão!!
Problemas
meus são problemas meus e esta exposição desnecessária, passa longe de ser o
que eu quero!
Sabe
gente... Todo mundo diz querer poder escrever sua própria história, mas
enquanto você entregar a caneta para que outros a escrevam, continuará sendo
escravo das opiniões alheias!!
Está
em suas mãos mudar, quebrar a rotina, dar o seu melhor e ter nas mãos o
controle da sua própria vida!!
Isso
faz a diferença em todas as áreas!!
Ser
digno de dó não é legal. Então faça a sua parte para mudar isso!!
Se
você não se amar e se respeitar primeiro, ninguém mais o fará por você!!
Bjoosss
Lu Fernandes
Quarta-feira,
26 de novembro,2014
18 de novembro de 2014
ALFABETIZAÇÃO DOS ALUNOS: O QUE O PREFEITO PODE FAZER?
Enquanto
alunos das escolas privadas são alfabetizados aos seis anos de idade, a maioria
dos alunos da rede pública nem sequer é alfabetizada pela escola - a criança
aprende a ler por um processo de ensaio e erro e carrega dificuldades de
leitura para o resto da vida
Este
é o terceiro de uma série de dez artigos a respeito de medidas eficazes que o
prefeito pode implementar a curto prazo, com poucos recursos, como estratégia
de iniciar um processo de mudança. Nenhuma dessas medidas, isoladamente ou
mesmo em conjunto, assegura a formação de uma rede de ensino de alta qualidade.
Mas todas elas constituem ações relevantes em si mesmo, e que, se bem
implementadas, podem servir de campo de aprendizagem e de capital político para
implementar reformas mais profundas.
Alunos
que não sabem ler ainda constituem um problema crônico em todo o país: vivemos
o fenômeno do analfabetismo escolar. O prefeito pode escolher entre dois
ângulos de ataque do problema: alfabetização dos alunos no 1º ano – que é a
série escolar certa para alfabetizar, ou alfabetização dos alunos do 2º, 3º, 4º
e 5º anos que não foram alfabetizados – as vítimas do analfabetismo escolar.
No
Brasil, todo mundo – inclusive prefeitos -
sabem que: (1) nas escolas privadas as crianças são alfabetizadas aos
seis anos de idade. Os filhos dos prefeitos geralmente estudam nessas escolas;
(2) nas escolas públicas não existe norma – cada rede de ensino faz do seu
jeito; (3) a maioria dos alunos da rede pública não é alfabetizada pela escola:
a criança aprende a ler por um processo de ensaio e erro, e carrega
dificuldades de leitura para o resto da vida.
Os
dados disponíveis no Brasil mostram que não existe uma política e um processo
eficaz de alfabetização na maioria das redes de ensino. Se o aluno não foi
alfabetizado no 1º ou 2º ano (séries em que supostamente há um professor alfabetizador),
é pouco provável que ele tenha um professor no 3º ano que o alfabetize.
No
entanto, o fato do aluno não ser capaz de ler não impede que o aluno chegue ao
5º ano. Isso sugere que as políticas de aprovar ou reprovar são muito
arbitrárias.
O
que um prefeito pode fazer para rever essa situação? Eis algumas ideias
específicas.
Primeiro: o
prefeito precisa saber onde está pisando. Se no seu município tem um programa
de ensino, e se o programa de ensino foi bem feito, o programa deve dizer que o
aluno deve ser alfabetizado no 1º ano. Portanto, o problema é ter e fazer
cumprir o programa de ensino.
Segundo: se o
município não tem programa de ensino, o prefeito precisa tomar partido, o
partido do aluno. A tônica deve ser “matricule seu filho na escola pública, eu
garanto que no final do ano ele vai saber ler e escrever”. Isso é tudo que os
pais esperam da escola – pelo menos para início de conversa.
Se
as escolas particulares em todo o país – seja qual for o nível socioeconômico
do aluno – alfabetizam as crianças no 1º ano, não há razão para que seja
diferente na escola pública. Portanto, com base no seu mandato, mesmo que a
Secretaria de Educação não tenha feito o seu “dever de casa”, o prefeito deve
garantir aos pais que seus filhos serão alfabetizados. Caberá à Secretaria
encontrar as soluções. E qualquer
solução começa no princípio: no programa de ensino.
Terceiro: o
Prefeito pode ajudar a Secretaria a encontrar soluções, sugerindo critérios,
como, por exemplo, perguntar aos professores do 2º ano o que os alunos precisam
saber de leitura e escrita para dar conta do programa do 2º ano. Ou verificar
como fazem os municípios e as escolas que alfabetizam os alunos no 1º ano:
métodos, materiais, estratégias, etc. Existem algumas poucas centenas de casos
de sucesso no Brasil. O suficiente para comprovar que isso é possível.
Também
é importante verificar o que dizem as evidências científicas a respeito do
assunto. No Brasil, por exemplo, há um relatório da Academia Brasileira de
Ciências (ABC) que trata do assunto.
Quarto: com
base nessa análise, propor uma solução para o município. A solução deve ser
fundamentada em evidências e incluir os mecanismos para avaliar os
resultados.
Nota de advertência:
a questão da alfabetização no Brasil tornou-se objeto de lutas pedagógicas
infrutíferas. Qualquer cidadão sabe dizer se seu filho foi alfabetizado ou não.
Mas quando o assunto vem para a esfera dos educadores brasileiros, instaura-se
uma discussão sem fim Os resultados disso são desastrosos. No Brasil, o governo
federal trouxe a si o problema, mas se mostrou incapaz de dar uma definição
adequada do que seja alfabetizar, não consegue propor um programa de ensino e
continua tergiversando a respeito da idade certa: ora diz que a idade é 6 anos,
ora que é 7, ora que é até 8, demonstrando total incompetência no trato da
questão. O PNAIC – Programa de Alfabetização na Idade Certa - é a crônica de um
fracasso anunciado: com base em definições imprecisas, ele usa estratégias
inadequadas e delegou às universidades, cujos professores não têm qualquer
experiência em alfabetizar crianças – a tarefa de formar professores alfabetizadores.
Para viabilizar politicamente o seu programa criou o bolsa-alfabetização. Não
se conhecem quaisquer resultados desse programa, apenas os seus elevados
custos.
Portanto,
se o Prefeito quiser avançar, ele precisa fazer diferente do que vem acontecendo.
E precisa fazer de forma acertada, e não apenas fazer diferente. As soluções
existem, são conhecidas, há exemplos a partir dos quais se podem aprender. Para
avançar é preciso que o Prefeito tenha coragem e dedicação, e escolha um
Secretário consciente de que para melhorar é preciso mudar.
João
Batista Araújo e Oliveira é presidente do Instituto Alfa Beto.
Terça-feira,
18 de outubro, 2014.
11 de novembro de 2014
PMDB DEVE ANTECIPAR MUDANÇA EM DIRETÓRIOS
Tema
foi abordado ontem em reunião da executiva. Expulsão dos infiéis fica para
Comissão de Ética
O
PMDB deve antecipar para o início do próximo ano a eleição para o diretório
estadual. A decisão foi tomada ontem(10) em reunião da direção do partido, que
contou com a presença de todos os membros da executiva e que deveria deliberar
sobre a expulsão de rebeldes da legenda. Segundo o presidente regional da
sigla, deputado Samuel Belchior, a eleição da nova direção deve ocorrer até
fevereiro de 2015. Na sequência, os diretórios municipais também devem ser
renovados. De acordo com o presidente, a intenção é dar novo fôlego ao partido
para as eleições municipais, cujas disputas devem ocorrer em todos as 246
cidades do Estado, e, consequentemente, fortalecer a legenda para o pleito de
2018.
As
eleições dos diretórios estavam marcadas para dezembro, mas a Executiva
Nacional do PMDB decidiu prorrogar os mandatos dos diretórios nacional,
estaduais e municipais do partido até o próximo ano. Ofício circular assinado
pelo presidente nacional, Michel Temer, foi encaminhado às representações
peemedebistas de todo o País, dando conta da decisão, justificada pelo
andamento do processo eleitoral e a proximidade das datas entre o pleito e as
eleições dos diretórios. Pelo documento, os mandatos dos presidentes municipais
poderiam ser estendidos até 31 de agosto de 2015, e os dos presidentes
regionais, até 31 de outubro.
Ao
deixar a reunião de ontem, que durou cerca de três horas, Samuel agradeceu a
oportunidade de ficar mais tempo na direção do partido, mas disse que a
renovação é necessária e que deve começar a planejar, de imediato, o chamamento
dos membros do partido para as convenções. Segundo ele, ainda não há candidatos
declarados ao cargo. “Mas eu tenho certeza que, num partido do tamanho do PMDB,
não vai faltar candidatos”, afirmou. Segundo todos os participantes do
encontro, a renovação dos diretórios foi o tema central da reunião, que teria
tratado superficialmente da expulsão dos membros infiéis, que declararam apoio
ao governador Marconi Perillo (PSDB) no pleito de outubro.
Expulsões
serão analisadas por comissão de ética
A
expulsão de membros do PMDB que teriam sido infiéis às deliberações da sigla
durante as eleições estaduais foi, segundo os presentes, tema secundário no
encontro ocorrido ontem. A questão tem sido tema de divergência dentro da
legenda, dividida entre o grupo que apoia a expulsão sumária e o grupo que
defende diálogo e reconciliação. Na turma dos que defendem a expulsão, o
deputado estadual Luis Carlos do Carmo chegou ao encontro pregando a fidelidade
dos companheiros e a reorganização do partido. Com discurso mais duro, o
deputado estadual eleito José Nelto comparou os infiéis a Judas (Iscariotes,
personagem bíblico). “Ninguém perdoa traição”, pontuou.
Daniel
Vilela, Leandro Vilela e Pedro Chaves defenderam o diálogo e julgaram que a
expulsão pode contribuir para o enfraquecimento da legenda. “Muitos já vinham
expondo seu posicionamento antes do processo eleitoral”, considerou Leandro,
sobre membros do partido que foram contrários ao lançamento de Iris Rezende
para a disputa. Deputado federal eleito, Daniel Vilela disse que a debandada de
integrantes não foi responsável pela derrota do partido nas urnas. Para ele, a
sigla deve trabalhar para recuperar os membros infiéis e adotar linha
programática de apresentação de projetos de políticas públicas. “Quem quer
retomar projeto de vitória não pode pensar em caça às bruxas”, disse.
Ao
deixarem a reunião, os membros da executiva e os deputados eleitos confirmaram
que a questão sobre o expurgo dos infiéis será analisada pela comissão de ética
do partido. Segundo José Nelto, no entanto, a sinalização é que a expulsão se
confirme. Embora o tema tenha sido tratado de maneira cautelosa na saída da
reunião, durante o encontro o que se ouviu do lado de fora foram exposições
exaltadas. “O que houve lá dentro foi uma verdadeira lavagem de roupa suja”,
confessou um dos participantes. Questionado sobre os gritos ouvidos do lado de
fora da sala de reuniões, Nelto disse ser normal o confronto de ideias. “Em
política tem choro e grito mesmo”, disse.
A
deputada federal Iris Araújo, que não conseguiu se reeleger nas últimas
eleições, saiu da reunião sem comentar as deliberações da executiva, mas
confessou ter pedido o desligamento do cargo. Ela deixou o local cerca de uma
hora antes do fim do encontro partidário. (F.G.)
Terça-feira,
11 de outubro, 2014
24 de outubro de 2014
O SEGUNDO TURNO É DOMINGO, MAS O BRASIL JÁ PERDEU
“Perdemos
a oportunidade de elevar o nível do debate eleitoral, de realizar um debate
programático. Perdemos a paciência, a tolerância e o respeito. Perdemos
conhecidos, amigos e familiares. Nós nos perdemos”
Dê
Aécio ou dê Dilma, já perdemos. Tucanos e petistas perderam. Aqueles que votam
nulo perderam. Aqueles que não votam perderam. Aqueles que escolheram seu voto
de forma crítica, porém convicta, também perderam. Todos perderam. Perdemos. A
sociedade brasileira foi quem perdeu nessas eleições, antes mesmo dos
resultados do segundo turno serem anunciados.
As
redes sociais se tornaram verdadeiros campos de batalha. Quem não se descabelou
ou morreu de nervoso ao entrar no Facebook nesse período eleitoral que atire a
primeira pedra! Quantos amigos flagrei entoando o mantra “não vou comentar, não
vou comentar, não vou comentar!”. Tarde demais, já haviam comentado. E eu já
havia comentado, e todos já haviam comentado.
Como
se não bastasse o baixo nível do debate dos nossos candidatos, tão criticado
pela população, conseguimos ser mais simplistas ainda na desqualificação e
desconstrução uns dos outros: “Quem vota no Aécio é manipulado pela grande
mídia e quer ver pobre se foder. Quem vota na Dilma tá ganhando Bolsa Família e
é corrupto. Quem vota no PT é petralha. Quem vota no PSDB é tucanalha ou reaça
ou os dois”.
Expressar
a própria opinião virou sinônimo de ser julgado. Abrir seu voto e dizer quem é
seu candidato virou um ato de coragem. De repente, ficou mais fácil ganhar na
Mega Sena do que encontrar pessoas dispostas a discutir de forma respeitosa.
Duvido que exista alguém que tenha declarado seu voto e não tenha recebido
comentários como “Afff, como assim?”, “Você tá zuando, né?”, “Coitada,
desandou!”, “Nossa, perdi minhas esperanças agora!”.
Os
planos de governo, propostas, compromissos, base aliada, apoiadores e tudo o
mais que interessa para melhorar a vida dos cidadãos foram esquecidos, deixados
de lado, como sequer existissem. Afinal, para que saber o que propõe o Aécio e
quem é sua base aliada se o que me interessa é tirar o PT do poder? Ou para que
conhecer os compromissos da Dilma se o Aécio é um cheirador e eu não sou
coxinha para votar nele?
Ah,
perdemos, e como perdemos! Dos comentários foram surgindo os discursos de ódio
cada vez mais inflamados. Xingamentos, tons violentos, ofensas e baixarias.
Argumentos embasados e civilizados sumiram, entraram em extinção. A violência é
evidente e nos deparamos com um país dividido, tristemente rasgado. Os valores
democráticos foram colocados em xeque. Política virou futebol, religião. Com
direito a briga de torcidas organizadas.
Ver
crescer o ódio dentro de uma mesma nação me tira um pouco o orgulho de ser
brasileira. E o que mais dói nisso tudo é ver que, até aqui, essas torcidas só
apareceram a cada quatro anos, como em uma Copa do Mundo. E depois de domingo,
como abóbora, tudo volta a ser como era antes. Teremos salvado (ou condenado) o
país do comunismo ou do neoliberalismo e as redes sociais seguirão
insuportáveis por mais alguns dias (e realmente espero que seja só por mais
alguns dias, e que essa tensão não perdure). Mas a missão será dada como
cumprida pela maioria da população, que orgulhosa pensa que seu dever acaba ali
nas urnas.
Do
debate desqualificado seguiremos com a participação cidadã enfraquecida. Muitas pessoas só irão discutir política
novamente daqui quatro anos. Serão poucos os que continuarão acompanhando,
criticando e cobrando aquele que for eleito, sendo seu candidato ou não, na
luta por um Brasil melhor.
A
festa terá acabado, a luz se apagado e o povo sumido. Perdemos (e muito), José!
POR:
NICOLE VERILLO
Sexta-feira,
24 de outubro, 2014.
11 de outubro de 2014
ANIVERSARIO DE ÁGUAS LINDAS
Conforme
acordo de lideranças, juntamente com a festa da padroeira Nossa Senhora
Aparecida e dia das crianças é também comemorado o aniversário de Águas Lindas
de Goiás no entorno do distrito federal.
Por
falta de compromisso com a cultura local os políticos e entidades
representativas não tem dado a devida importância a essa data que fica
reservada apenas para os corações dos pioneiros que lutaram por sua
emancipação.
Por: Carlos Mossoró
Sábado,
11 de outubro, 2014.
10 de outubro de 2014
SEXO E PODER NUNCA ESTIVERAM TÃO JUNTOS NESTA ELEIÇÃO
Do
uso recreativo do aparelho excretor, até as presidenciáveis que trafegam no
labirinto machista da política, nunca antes na história deste país o sexo
esteve tão em evidência numa campanha
Tudo
tem a ver com sexo, menos sexo. Sexo tem a ver com poder. A cirúrgica frase,
citada na série House of Cards, serve de lâmina para a corrida eleitoral no
Brasil este ano. A dois dias do pleito mais tumultuado desde a
redemocratização, sexo e poder nunca estiveram tão adequados à posição de coito
político.
A
memória deve me garantir afirmar que nunca na história deste país, como diz
aquele outro, tivemos tantas questões ligadas à sexualidade cuspidas e
subestimadas pelos principais candidatos à Presidência desta República. Desde
quando começa a vida, ou o direito à mulher decidir fazer com o que traz no
corpo, até o uso recreativo do aparelho excretor, que há quem defenda que ele
só serve para eliminar fezes.
O
Brasil é uma nação que historicamente é uma adolescente deslumbrada com elogios
dos que vêm do além-mar e falam línguas estrangeiras aos ouvidos, sedentos por
seus recursos físicos, desde florestas vorazmente estupradas por madeireiros às
mulheres que economizam nas cobertas quando precisam mostrar o valor de seus
ataques e retrancas. Ninguém joga às escuras: sexo e poder.
O
dia 5 de outubro de 2014 também marcará a presença de três famintas por ajustar
ao corpo a faixa de líder de 202 milhões, talvez a par que correm o risco de
perder o equilíbrio entre poder e afeto, duas forças que se confrontam porque
duelistas e rivais. Mais que isso, e Dilma Rousseff (PT) sabe muito bem porque
já degustou tamanha autoridade, o trono encaixado em ambiente masculino.
O
trono outorgado por nós, brasileiros, por obrigação e não por vontade própria,
é assento em que a regência exige raciocínio lógico, acatos, renúncias,
inclusive de certas ferramentas do feminino. Isso se pensarmos no lado sombrio
do poder, mas a mulher que chega a este labirinto perversamente machista pode,
sim, manter alguns signos que a forjaram como tal.
Dilma
criou uma personagem para lidar com a rudeza de seu ofício: conjunto de blazer
com mangas três quartos, todos com cortes idênticos, calça sempre em acordo com
o tom da escolha para cobrir o tronco, e sapatos sempre baixos, sem cadarços, e
jóias semi-invisíveis. Nada que a transforme em Cristina Kirchner, ao menos no
que podemos enxergar.
Dilma
usa um uniforme que nubla sua sexualidade. Além disso, tornou-a uma mulher
assexuada que, de antemão, avisa em mesas de reunião no Palácio do Planalto ou
em plenário da ONU que o gênero nunca estará em questão no seu armamento
discursivo. Seria menosprezar seus genes e sua inteligência.
Marina
Silva (PSB), ainda sua principal concorrente, opta por outra armadura para o
confronto. Sacraliza-se como uma mulher do não, que nega a comunicação do seu
corpo. Ao contrário, busca a não-cor, a não-maquiagem, a não-ênfase, a
não-agressividade, nada que a feminilizaria ou, intrinsecamente, a fragilizaria.
Fragilizar-se é compatível com o cargo que essas senhoras almejam?
Marina,
assim, é um ser sem sexo que busca lutar de igual com os que são algo. O que a
trai é sua voz que se parte pelas sílabas que ela nem pensa em hifenizar,
denuncia insegurança ou subterfúgios para envelopar o ego. Uma fonoaudióloga ou
uma antropóloga quebraria esses paradigmas? A ver.
Luciana
Genro (PSOL), ao contrário, usa o cabelo com fios se rebelando entre si como
arma do feminino, arma-se de português impecável com todos os erres e esses
adequados aos pronomes pessoais e oblíquos que deseja atingir, e defende
claramente avanços objetivos em relação a aborto e sexualidade. Essa, sim,
pequena nas pesquisas, mas com grande empatia entre libertários, não se
preocupa sequer em alisar fios ou bons modos.
Três
mulheres e seus disfarces nítidos para acinzentar a concorrência com ternos
azuis marinhos e gravatas despersonalizadas dos homens, confortáveis no topo da
cadeia alimentar. No caso de Aécio Neves (PSDB) sublinhou a juventude e um sorriso
matematicamente treinado para aquecer hormônios femininos. Eduardo Jorge (PV),
o outro que merece ser citado nessa conversa, vem costurando o perfil de homem
sensível, engraçado, irreverente que ele, espertamente, sabe que é a
masculinidade em alta para as próximas temporadas. O homem que aceita seu
feminino.
Falou-se
de quase tudo na campanha deste ano, e pouco pareceu crível, da fala a
programas de governo escritos "a lápis". Parece que tudo é nada, um
Brasil gasoso para os próximos anos. O que realmente promoveu ebulições nas
redes sociais, sejam elas entre computadores ou entre lençóis, foram questões
diretamente ligadas a questões privadas, precisamente ao corpo. Músculos e
vísceras, além do astro do momento, o aparelho excretor, tendo que ouvir de
invasores o que podem ou não fazer. Querem mandar no que não tem ouvidos.
Até
quando a mulher vai pedir licença para ter filho, modificar seu corpo,
mutilar-se ou por que ainda se discute o que as pessoas querem fazer com as
entradas e saídas do organismo? Essa coisa que anda com a gente tem autonomia
para se divertir como, quando, com quem e quantas vezes quiser.
Não
tem pai, mãe, irmão, vizinho, marido, mulher, chefe, professor, síndico,
prefeito, policial, antropólogo, historiador, terapeuta, padre, pastor ou
quaisquer dos invisíveis que vão ter a violência necessária para controlar o
poder supremo que o corpo tem sobre si mesmo.
Você
pode até se camuflar, mas o cheiro que emana dos seus poros um dia vai lhe
denunciar. Você, afinal, não se veste para você. E, sim para o outro. Ele passa
mais tempo o observando que o contrário. Portanto, é o alheio que é sua presa
e, na igual proporção, seu caçador.
Sendo
restrito ao poder em si, pense nos desmanches das tramas políticas, aqui ou no
mundo. Quase sempre há sexo envolvido. Alguém que guardou fotos
comprometedoras, uma amante que não amava, uma ex-mulher traída com segredos
com potência de míssil.
O
cinema, o teatro e a literatura sempre fizeram muito bom uso disso, com suas
mulheres fatais e as quedas de ditadores diante de um par de peitos ou de um
pênis avantajado. Quando sair de casa da próxima vez pense que ao fechar sua
porta está abrindo um mundo de possibilidades de controle e de prazer.
Para
finalizar, cito o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, que morreu há 114 anos,
e sua frase lapidar: “Uma vez tomada a decisão de não dar ouvidos mesmo aos
melhores contra-argumentos: sinal do caráter forte. Também uma ocasional
vontade de ser estúpido”. Poder é decidir se posicionar entre o caráter forte e
a estupidez. Pense também em sexo quando for votar neste domingo.
*João
Luiz Vieira é jornalista profissional há 25 anos, roteirista de TV, autor de
teatro, organizou o e-book Sexo com Todas as Letras, é sócio-proprietário do
site Pau Pra Qualquer Obra, e pós-graduado em Políticas Culturais e Educação
Sexual. Para falar com ele: vieiraluizjoao@gmail.com
Sexta-feira, 10 de outubro 2014.
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